18 - O doce de cada um.

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Rafael saiu da delegacia no final do dia pensando no que a mãe lhe diria por causa da saída de Beatriz da escola. Suspirando abriu sendo surpreendido pelo cheiro de bolo assando, sorriu. Pelo menos a mãe estava de bom humor, ela estar fazendo bolo era um bom sinal.

- Mãe. - Chamou.

- Na cozinha. - Ele sorriu sacudindo a cabeça.

- O cheiro te denunciou. - Disse brincando abraçando-a. - Como foi no trabalho?

- Bem. - Disse cruzando os braços. - E no seu? - Perguntou erguendo a sobrancelha.

- Foi tranquilo. - Disse abrindo a geladeira. - A senhora falou com a Micaela. – Afirmou voltando a olhar em seus olhos.

- Falei! - Respondeu acertando-o com o pano de prato. - Como que minha neta foge da escola e ninguém me diz nada?

- Aí! Não quisemos te preocupar no trabalho, além disso, ela estava bem e em segurança, não havia motivos para te alarmar.

- Graças a Deus que colocou um bom homem para encontra-la. - Disse voltando para o fogão.

- O que a senhora está fazendo? – Perguntou tentando mudar de assunto, Evil era um assunto muito delicado que ele não queria trazer para dentro de casa.

- Um bolo para levarmos para senhor que encontrou a Bia. – Disse calmamente ele cuspiu a água que estava na boca.

- Oi? – Perguntou cético, desde quando sua mãe era tão gentil com estranhos? Certo que este estranho aparentemente encontrou sua única neta, mas e daí? – Por que cargas d'água nós vamos levar um bolo para aquele senhor?

- Para agradecê-lo. Espero que você não tenha assustado o pobre coitado! - Resmungou o encarando.

- Óbvio que não! Eu sou gentil com quem cuida bem da minha sobrinha. - Respondeu educado. - E como pretende levar esse bolo? A senhora não sabe quem ele é ou onde mora.

- Você vai comigo. - Disse voltando a mexer a panela.

- Tá bom. Quando a senhora terminar me avisa, estou no quarto.

Entrou no quarto ligando para Isaac.

- Oi. - Ele atendeu no terceiro toque.

- Você não vai acreditar, mas a minha mãe está fazendo um bolo para o Evil.

- Eu disse! Ou ele quer te testar ou quer conviver com sua família.

- Não posso envolver minha família nisso.

- Você não tem alternativa, a não ser é claro dizermos a verdade à sua mãe?

- Não sei, - disse pensativo - mais acho melhor não, minha mãe não vai segurar a onda se souber que ele tramou para a neta sair da creche.

- Se bem que não sabemos se realmente foi ele. Eu queria ter certeza. – Disse Isaac curioso.

- Quem mais ele iria querer proteger? Seu pai conseguiu as imagens da câmara de segurança da entrada da escola?

- Conseguiu e você não vai acreditar...

- Sem imagens do dia de hoje. - Completou irritado.

- Exatamente, eles foram espertos apagaram as imagens de ontem e de hoje, mais eu tenho uma ideia. - Disse sorridente.

- Que ideia?

- Desenhe todos os homens do Evil que você já viu e veja se a Bia reconhece algum. - Rafael sorriu.

- É uma excelente ideia, só tem um problema não sei quais dos homens que eu vi no bar são homens dele.

- Fácil irmão! Desenhe todos eles, eu sei que você ama desenhar, vai ser moleza.

Deus, o Policial e a Enfermeira.Onde histórias criam vida. Descubra agora