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Mathias

Assim que eu chego em casa, ando para o meu quarto tiro a minha roupa e entro no chuveiro deixando a água quente limpar tudo que está acontecendo os últimos dias e parecia que a minha vida tinha se tornado alguma fanfic, do mocinho que cai no colo do bandido e mesmo que Fehrat, não fosse exatamente o tipo de bandido onde eu sentaria, parecia que a minha vida tinha sido entrelaçada na dele de alguma forma que eu não entendia ainda.

Com esse pensamento eu saio do banheiro, me seco, passo hidratante e o desodorante e o perfume, me visto com um short e uma camiseta e arrumo a casa, mesmo que não estivesse bagunçada, mas parecia que era terapêutico de certa forma e ando para a cozinha, abro a geladeira e as panelas ainda estão do mesmo jeito que a minha mãe deixou e ficariam assim, iria comer alguma besteira e estava sem fome, de qualquer jeito. Meu celular toca e quero fingir que não escutei, mas poderia ser a minha mãe e assim que eu pego vejo que Vera a dona da barraca de comida que trabalha no fim de semana e estranho que ele esteja me ligando, não é comum e talvez algo aconteceu e atendo, ela diz.

_ Oie Matias, como você está? Eu não te acordei, não é?

_ Estou bem e não me acordou não, algo aconteceu, dona Vera? – Pergunto preocupado e ela nega.

_ Não, mas estou preparando a minha famosa feijoada e um churrasco aqui em casa e queria saber se você queria vir almoçar aqui? E sei que tem muita coisa acontecendo na sua vida nos últimos dias, como você me contou sobre o rapaz que vocês terminaram e quero que você se sinta acolhido, já que que sua mãe não está em casa para te dar colo.

Sorrio para o gesto de dona Vera que era um amor de pessoa, mesmo que ela não precisasse me convidar para os seus famosos almoços de domingo e digo.

_ Obrigado e não precisava fazer isso por mim e também é só uma fase difícil, e tenho muita coisa para estudar também. Então não vai dar para ir almoçar com você hoje, desculpe.

Recuso o convite e mesmo sabendo que a comida dela é deliciosa, ainda não me sentia a vontade de estar em ambiente festivos e parecia que a minha história com Patrick que começou de uma forma magica e perfeita, tinha que terminar de uma forma trágica e olho para a janela que dava de frente para rua e vejo Otto ali e parecia que a minha história com Fehrat também tinha começado de um jeito bem estranho com ele colocando segurança na minha cola e balanço a cabeça sabendo que é uma perda de tempo, tentar falar com ele e enfiar um pingo de senso na mente dele.

Vera me chama e avisa.

_ Olha eu não vou aceitar essa desfeita, Mathias. Você merece comer e beber bem hoje, e nem que eu tenha que ir te buscar pessoalmente, mas você vai vim almoçar hoje aqui.

Mordo os lábios tentando encontrar uma desculpa, mas ela parece perceber isso e avisa.

_ Sem desculpas e te espero aqui uma hora.

Desliga a ligação e descubro de onde Fehrat puxou o gênio tão decidido: da sua mãe e mesmo que pudesse simplesmente não ir, algo me fazia apenas aceitar o convite e ir até lá. Me sento no sofá, e fico ali esperando dar a hora e mexo no meu celular, apago todas as fotos e vídeos que tenho com o Patrick, fazer isso é doloroso e faz o meu coração se cortar mais, como se isso fosse possível e não era daquele jeito que eu esperava que as coisas acabassem e na verdade esperava e almejava um relacionamento longo e duradouro, que me nos levasse a um casamento e não a um termino com direito a um belo chifre da parte dele.

Bloqueio o meu celular e já era meio dia e meia, iria subir devagar e era melhor do que ficar me consumindo com os meus demônios em casa, saio de casa e tranco a casa e Otto me encara, ando até ele e digo.

_ Vou almoçar na Vera, vamos?

Ele me encara e vejo a surpresa passar pelo seu rosto, que fica sério rapidamente e anda ao meu lado em silêncio e me sento no banco da praça, ele pergunta.

_ Tudo bem?

_ Sim, tudo e só estou esperando a hora passar, não quero ser o primeiro a chegar e ficar em casa era como se todos os meus demônios estivessem prontos para consumir o resto da minha sanidade. – Desabafo com ele, que apenas me encara sem dizer nada e me desculpo.

_ Desculpe, não deveria ter falado sobre isso com você, Otto.

Ele senta do meu lado e afirma.

_ Olha eu sei que você acha que sou um pau mandado do Fehrat.

_ Bom você fica me vigiando e mesmo quando eu estou em casa, Otto. – Me justifico e ele responde.

_ Você tem um ponto, mas eu na posição de vigia, devo dizer que você esta bem melhor sozinho e sem querer desmerecer seu relacionamento ou você. Mas você era meio lerdo, né.

_ O que? Porque? – Pergunto sem entender e ele responde como se fosse óbvio.

_ Os sinais de que ele não prestava estava todos ali, apitando em vermelho, mas você ignorou todos, por confiar demais.

_ Acho que faria sentido, eu confiar no meu namorado e que parecia um cara fiel, não achei que eu precisava me tornar um paranoico em relação a ele. – Me defendo e se parasse para pensar, Otto tinha razão em me dizer isso, mas não daria o braço a torcer e nem iria admitir. Me levanto e andamos para a casa de Vera em silêncio, ao chegar lá, a casa está lotada e ela vem nos cumprimentar.

_ Oie Mathias e Otto. Entrem e tem cerveja e refrigerante no freezer, fiquem a vontade.

_ Obrigado, Vera.

_ O Fehrat, está aí. – Ela pisca para mim, olho para Otto que não me olha e nem preciso ser um gênio para entender que aquilo foi armado por Fehrat, digo.

_ Vou matar o seu chefe.

_ Sei que vai e vai ser engraçado. – Otto afirma sorrindo e se afasta indo pegar cerveja, e olho ao redor e vejo que Fehrat esta parado na varanda, bebendo cerveja e respiro tão fundo para não voar no pescoço dele, pelo seu sorriso cínico e ando até o freezer e pego uma cerveja, abro e dou alguns goles e parece que aquela bebida é uma das oitavas maravilhas do mundo, ando até onde Fehrat está, me encosto ao lado dele e digo baixo.

_ Só admita que você armou isso e não enfio essa garrafa no seu pescoço.

_ Uau que oi diferente, Mathias.

_ Fehrat não brinca... – O ameaço, e ele olha para mim sorrindo cínico e me seguro para não enfiar quebrar a garrafa, e enfiar na garganta dele.

_ Eu admito que posso ter plantado a semente na mente da minha mãe. – Admite e respiro fundo, enquanto bebo a minha cerveja e digo.

_ Você é inacreditável, Fehrat.

_ Sou esforçado, Mathias.

_ Tanto esforço para nada, porque não terei nada com você.

_ Só o fato de você está aqui, já é uma grande valia, amor. E tenho paciência em subir degrau por degrau para conquistar o seu coração. – Quero rebater suas palavras, mas Vera nos chama.

_ O almoço está pronto, venham comer.

Andamos em direção a cozinha dela, e me sirvo e Fehrat faz o mesmo, me sento na mesa e ele se senta ao meu lado, como a comida que está deliciosa, aproveitando a musica que toca ali.

Meu FielOnde histórias criam vida. Descubra agora