Capítulo seis: Não precisa ficar bravinho, ela só tem cara de malvada.

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Capítulo Seis:

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Capítulo Seis:

Enquanto Gabriel e Lúthienna ajudavam Elizabeth a se deitar em uma das mesas da enfermaria, Taylor buscou reunir todos os instrumentos, unguentos e ervas medicinais disponíveis. Sua mente era uma bagunça aterrorizante de pensamentos inquietos, e o seu corpo parecia prestes a desistir a qualquer instante.

Seus lábios tremiam. Suas costas formigavam de maneira dolorosa. Os olhos ardiam. Ondas de náuseas assolavam o seu estômago com cada vez mais frequência, mas Taylor manteve-se quieta o tempo todo. Ela separou e esterilizou a pinça, tesoura e agulha, além de trazer para perto também a linha e alguns panos úmidos.

Ao erguer a camisa da capitã, Taylor observou o ferimento de perto. Havia um corte profundo com um pedaço do que parecia ser uma adaga e um outro corte superficial que estendia-se no formato de uma linha para cima. Com delicadeza, tocou os arredores da ferida com a ponta dos dedos, o que fez Elizabeth saltar antes de grunhir e desferir uma sequência de palavrões.

Isso significava que a arma estava mais funda do que o esperado. Taylor não queria que suas mãos tremessem e nem que as pessoas as quais contavam com suas habilidades e a observavam com expectativa, percebessem quão assustada ela estava. No entanto, a lancinante dor em sua nuca restringiu os movimentos de sua cabeça e braços, e estava nítido em seus gestos que mover-se de um lado para o outro exigia mais esforço do que deveria.

— Preciso puxar esse pedaço de lâmina para fora — anunciou Taylor para ninguém em particular. Gabriel, com uma das mãos de Elizabeth entre as suas, arqueou as sobrancelhas em uma pergunta silenciosa. — Consigo fazer isso. Acontece que não tenho nada para aliviar a dor e...

Elizabeth revirou os olhos.

— Isso vai doer para caralho — concluiu em tom de obviedade. A voz dela estava muito forte para a quantidade de suor reunido em seu rosto. Taylor assentiu em silêncio. — Imaginei.

— Talvez — disse Gabriel — Pudéssemos deixá-la bêbada.

— Vai demorar — interrompeu Elizabeth — Apenas faça o que precisa fazer com o que tem.

— Tudo bem — sussurrou Taylor. — Você não pode se mover.

— Entendi.

Lúthienna manteve-se à distância, observando.

— Deveríamos segurá-la, por precaução.

Não — um leve indício de desespero transpareceu em seu tom — Não vou me mover. Só... me dê algo para morder.

Quando inclinou a cabeça um pouco para baixo com a pinça em uma das mãos, uma fisgada de dor percorreu as costas de Taylor. Ela mordeu o lábio e começou a tocar a ferida da maneira mais delicada possível, esperando que causasse menos dor do que o esperado; no entanto, os gemidos e queixas de Elizabeth mostraram que a sensação era dilacerante.

Treacherous Sea • tswiftOnde histórias criam vida. Descubra agora