Hoje

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Hoje é um dia como todos os outros. Parece que eu não consigo fazer nada. E tudo o que faço sai mal-feito.

Tenho pesquisas e trabalhos, materiais para arrumar. Mas não estou procrastinando. Estou apenas deitada no cháo do quarto. Olhando para a janela. Pensando tudo o que já fiz.

Não quero fazer nada, e nada me agrada fazer. Talvez, eu só devesse começar algo.

Mal dormi esta noite. Pensando em coisas para fazer, escrever, jogar e conversar.

Agora chega o próprio dia e não sinto vontade de fazer nada. Talvez seja por isso que abri agora mesmo este capítulo. Só para refletir em silêncio. O que faço de melhor.

Tentando achar alguém que também escreve as mais importantes reflexões da sua vida, no mais puro silêncio.

Há crianças lá fora, gritando e se divertindo. Estava pensando, como deve ser bom ser assim de novo. Não pensar nos antigos erros. Não se preocupar com o tédio que está me invadindo agora.

Eu tenho pena delas. Assim como de todas as crianças do mundo. Algum dia elas vão se preocupar, sentir o peso de tudo, ficar com medo das provas. Ter medo do mundo. Para mim isso que significa deixar de ser criança.

Parar de sorrir, lembrar dos problemas, depois se atormentar.

Para mim deixar de ser criança, é chorar por medo do futuro, ou deixar de chorar.

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