Lágrimas de São Pedro
Preenchem o horizonte feio.
Da sala de aula escura
Ouço os trovões em fúria
E vejo o pátio se alagar num instante.
Para meus colegas de sala
Nada daquilo importava
Conversavam alheios
A mim e a este mundo sem jeito.
Mais um clarão seguido de trovão
Decido ir para fora então.
Mas mesmo em área coberta
Lágrimas ainda caem em mim.
Ora, como posso viver assim?
Não importa o que eu faça
Continuo me molhando no fim!
Fiz o certo, sei que fiz
Mas ainda me arrependi!
Trovões circundam a escola solitária,
Minha vida imaginária.
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Minhas Noites de Insônia
Poesia"Não sou Homero, nem Drummond. Não sou ninguém. Apenas relato o que vejo a quem estiver perto". Nesse enredo composto de vários poemas, o eu lírico (Raimundo) narra a si próprio os pensamentos que lhe aparecem em uma típica noite de insônia, ora com...