Mas não são só noites brancas
Que fazem um dia irritante
Dar de cara com aquele estudante
Chega a mente arde em chamas.
Aquele mauricinho imbecil!
Já falou de mim pelas costas
Me empurrou sem demora
E em xingamentos explodiu
Quando timidamente respondi.
Cheira mal
Fala mal
E por todos ainda é amado!
Ah, quando o ver de novo, não sei que faço!
Lhe direi umas boas verdades.
Que ele não é nenhuma beldade
Que deveria parar de agir como idiota
E, se possível, ir à...
Essa raiva que sinto
Faz eu me sentir tão vivo!
O sangue a borbulhar
Com meu desejo de brigar
E com a tirania do imbecil acabar.
Me permiti então ser mirabolante
Quando me desse as costas, socaria o meliante
Chutaria sua presunção convencida
Arrancaria seu olhar de mauricinho
Para terminar com esse suplício.
Mas não precisamos de sangue
Como lição já é o bastante.
Meu desejo de brigar, então, foi satisfeito.
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Minhas Noites de Insônia
Poesía"Não sou Homero, nem Drummond. Não sou ninguém. Apenas relato o que vejo a quem estiver perto". Nesse enredo composto de vários poemas, o eu lírico (Raimundo) narra a si próprio os pensamentos que lhe aparecem em uma típica noite de insônia, ora com...