Primeiro Bom Dia

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Acordo sob o Sol de Satã

E todos dormem então.

A quem dar bom dia?

Não a Rafinha, nem Anynha.

As bichinhas não despertaram ainda.

Dou ao Café que me deu vida à noitinha?

Aos meus guardiões adormecidos?

Ao verme de Brás Cubas

Que enriqueceu minha literatura?

Ao Sol que me reduz ao pó?


Talvez um pouco em respeito

A mim mesmo

Dou bom dia ao meu ser

Que sobreviveu à insônia sem ceder.

De fato, a mente não está para morrer.


Logo estarei de volta à rotina de sempre

As resoluções de uma noite longa,

A mais longa de toda minha vida,

Para serem esquecidas.

Tudo que se passou

Os sonhos que o sono escapou

Estarão tão borrados

Como anjos alados.


Essa é a minha vida

Despertando

Para mais um dia.

Minhas Noites de InsôniaOnde histórias criam vida. Descubra agora