Acordo sob o Sol de Satã
E todos dormem então.
A quem dar bom dia?
Não a Rafinha, nem Anynha.
As bichinhas não despertaram ainda.
Dou ao Café que me deu vida à noitinha?
Aos meus guardiões adormecidos?
Ao verme de Brás Cubas
Que enriqueceu minha literatura?
Ao Sol que me reduz ao pó?
Talvez um pouco em respeito
A mim mesmo
Dou bom dia ao meu ser
Que sobreviveu à insônia sem ceder.
De fato, a mente não está para morrer.
Logo estarei de volta à rotina de sempre
As resoluções de uma noite longa,
A mais longa de toda minha vida,
Para serem esquecidas.
Tudo que se passou
Os sonhos que o sono escapou
Estarão tão borrados
Como anjos alados.
Essa é a minha vida
Despertando
Para mais um dia.
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Minhas Noites de Insônia
Poesía"Não sou Homero, nem Drummond. Não sou ninguém. Apenas relato o que vejo a quem estiver perto". Nesse enredo composto de vários poemas, o eu lírico (Raimundo) narra a si próprio os pensamentos que lhe aparecem em uma típica noite de insônia, ora com...