17 - Death Eater.

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S/n Decker's point of view

O dia da última prova do Torneio Tribruxo finalmente chegou. Draco está na frente, em seguida vem Harry, depois Krum e por último Fleur.

Aquele que conseguir completar o labirinto primeiro e pegar a taça, será o campeão do Torneio Tribruxo.

Faltavam poucos minutos para a primeira prova começar. Eu andava apressadamente pelos corredores, com a capa da invisibilidade de Harry nas mãos. Gina estava me esperando na comunal da Grifinória, para receber a capa.

De longe, avisto Snape e Moody conversando, ou melhor, discutindo. Em um movimento rápido, ponho a capa sobre o meu corpo e me aproximo dos dois lentamente.

— Tem certeza de que vai funcionar, Crouch? - Snape questiona.

Crouch? Por que Snape chamou o Moody de Crouch?

— Já falei mais de mil vezes que sim, Severo. - Moody, ou Crouch, rosna.

— Ótimo. Malfoy irá garantir que o Potter seja o primeiro a pegar a taça. E é bom que funcione, caso contrário, estamos mortos. - Snape dá um passo para trás.

— Lord Voldemort não irá se decepcionar. Agora já vou indo. Tenho que estar no cemitério quando Potter for teleportado para lá. - Crouch se afasta.

A taça é um portal. É um plano do Voldemort. Ele voltou? Snape é um traidor. O Moody na verdade é o Crouch disfarçado. Preciso avisar ao Harry. Por que Draco está no meio disso?

Mil e uma coisas passam pela minha cabeça nesse momento.

A única coisa que consigo pensar no momento é em correr até Harry e impedi-lo de entrar naquele labirinto.

E é justamente isso que faço. Corro o mais rápido possível até o campo do torneio, mas já era tarde, eles já haviam entrado. Não penso duas vezes antes de entrar também.

Após longos minutos de caminhada entre os corredores do labirinto, escuto vozes familiares. Dou mais alguns passos. Eram eles, Harry e Draco.

Corro até eles, mas antes que pudesse falar qualquer coisa, sinto meu corpo ser sugado e tudo começa a girar.

Abro os olhos lentamente. Minha cabeça doía. Olho ao redor e percebo que estou em um cemitério, provavelmente o mesmo que Moody, ou melhor, Crouch havia mencionado. Harry está preso em uma lápide, com Pedro Pettigrew em sua frente. Esse cara não estava morto?

Sinto uma pressão sobre a minha cintura e algo raspar no meu pescoço.

— Que bom que acordou. - Uma voz familiar sussurra no meu ouvido.

Olho para trás. Era o mesmo homem mascarado que vi saindo do Olivaras naquele dia. Ele tinha sua varinha apontada para mim.

— Não se preocupe. Não vou te fazer mal, princesa. - Ele sussurra novamente.

Era Draco. Por isso tinha achado os olhos do homem familiar. Era o Malfoy por debaixo daquela roupa de Comensal da Morte.

Escuto o grito de Harry e volto minha atenção para ele rapidamente. Ele estava sangrando.

Pedro coleta um pouco do sangue de Harry e joga em um grande caldeirão. Em seguida, ele pega uma figura aterrorizante nos braços.

Parecia um bebê mal formado. Era pálido, gosmento, com uma pele lisa, semelhante a de uma cobra.

Pedro joga essa coisa dentro do caldeirão. Uma fumaça negra começa a subir e logo o cemitério é tomado por uma risada sinistra.

Sinto um arrepio intenso ao ver a figura de Voldemort saindo daquele caldeirão.

Meu coração acelera e minha respiração falha. Draco parece perceber, pois aperta suavemente a minha cintura.

— Ora, ora... - Voldemort fala com uma voz rouca. - Se não é o famoso Harry Potter. Pelo visto, não é tão poderoso quanto pensava não é, Potter? - Os comensais riem junto de Voldemort.

— Draco... - Sussurro.

— Não se preocupe. - Ele sussurra de volta.

Como não vou me preocupar? Voldemort voltou e Harry está vulnerável.

— Vou te dar uma chance, Potter. Apenas uma chance de mostrar do que é capaz. - Voldemort sorri.

Harry e solto. Imediatamente, ele corre e se esconde atrás de uma lápide.

— Ande, seu covarde! Apareça e morra bravamente! - Voldemort grita.

Harry sai de trás da lápide. A varinha dele e de Voldemort eram ligadas por um feixe de luz intensa. É possível perceber um brilho forte vindo de trás de Harry. Observo o mesmo correr e agarrar a taça, sendo levado de volta para o campo do torneio.

— Covarde! - Voldemort rosna. Ele vira o corpo, fazendo com que perceba a minha presença. Engulo seco. - Ah, e quem é essa senhorita? Não devia estar aqui... - Ele dá um passo em minha direção.

— Ela é a herdeira dos Decker, senhor. - Um dos comensais fala.

— Ah, os Decker. São dois dos meus servos mais fiéis. - Meu coração gela.

Servos fiéis? Meus pais não são comensais. Eles... Não podem ser comensais!

— Faça o que quiser. Ela não é útil, pelo menos não agora. - Voldemort se dirige a Draco, que assente.

Uma nuvem de fumaça negra nos envolve. Quando a fumaça passa, percebo que não estávamos mais no cemitério, e sim em um quarto. Não era em Hogwarts, definitivamente não.

Draco vem até mim e retira a máscara, revelando sua feição preocupada.

— Você enlouqueceu? Não devia estar lá! Podia ter morrido! - Ele suspira e passa a mão pelas suas mexas loiras.

Não conseguia falar nada. Ainda estava em choque, tentando encaixar as peças desse quebra-cabeça confuso e processar tudo o que havia acontecido.

— Princesa... - Draco põe a mão no meu queixo, me fazendo olhar para ele. - Vai ficar tudo bem, eu prometo.

— Não, Malfoy, não vai... - Sussurro, sentindo um nó se formar na minha garganta. - Voldemort voltou. Meus pais são Comensais da Morte. Você é um Comensal da Morte. Nada mais faz sentido... Nada!

Draco me olha nos olhos. Ele parecia confuso, assim como eu estava. Rapidamente, ele me puxa para mais perto, me envolvendo em seus braços. Retribuo o abraço com ternura. Era incrível como um simples abraço dele fazia tudo parecer bem.

Notas da autora~

Oi gente! Desculpa pelo sumiço! Precisei me afastar um pouco pra resolver algumas coisas...

Até a próxima. 💚

Secrets | Draco Malfoy ImagineOnde histórias criam vida. Descubra agora