Fate | T. Riddle - Português

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Quando chegou a hora de voltarem para Hogwarts, foi Tom quem começou a ignorar Marcelline.

Ele não se sentava com ela no almoço ou no café da manhã, não falava com ela nas aulas, nem falava com ela na sala comunal da Sonserina. Ela não sabia o que fez de errado, mas acha que esta é a sua vingança.

Ela ainda não havia terminado com Christian. Ela o estava evitando, honestamente. Ela não se importa com ele, só não quer lidar com a dor de cabeça que vem junto com ele.

Ela estava sentada sozinha na Torre de Astronomia. Ela estava observando as estrelas e estava tão contente que não ouviu os passos atrás dela. "Você está me evitando?", ela ouviu e se virou para encontrar Christian.

"Sim", ela respondeu olhando de volta para o céu. O mundo estava tão cheio esta noite. Como ela desejava poder estar lá em cima com eles, juntar-se a eles no céu noturno.

"Por que?"

"Eu não quero falar com você", ela disse e ele se aproximou dela. Ela podia sentir sua respiração e dilatar as narinas.

"Eu fiz algo errado? Você pode me dizer para que possamos resolver as coisas-"

"Eu não quero resolver as coisas com você, Christian!", ela disse abruptamente virando-se para ele. Seu rosto parecia com o coração partido com as palavras dela.

"Você está dizendo que quer terminar comigo?"

"Sim", ela disse e ele parecia que poderia matar alguém.

"É o Tom? Ele está fazendo você dizer isso? Juro, Marcelline, que vou colocar aquele homem em um hospital-"

"Não fale assim dele! Você não sabe de nada, então não tente adivinhar!", ela disse e começou a caminhar em direção às escadas, mas ele a puxou de volta.

"É ele! Eu sabia que havia algo acontecendo entre vocês dois! Você me traiu?!", ele gritou na cara dela.

"Não há nada acontecendo entre mim e Tom! Me deixe ir!", ela disse tentando sair de seu alcance, mas ele não se mexeu.

"Por que você está me deixando então?! Por que você deixou ele ficar com você e não comigo?! Por que você é tão apegada a ele?! Eu sou seu namorado, não ele!"

"Porque estou apaixonada por ele!", ela deixou escapar antes que pudesse pensar. Ela sentiu o aperto dele cair e seu rosto ficar de mau humor. Ele apenas assentiu lentamente, passou por ela e por mais alguém e desceu a Sala de Astronomia.

Ela passou os dedos pelos cabelos e se virou, mas encontrou um peito forte. Ela olhou para cima ver o rosto de Tom olhando para ela com uma expressão estranha.

Merda.

"Tom, eu posso explicar-"

Ele não disse nada, mas desceu as escadas e fugiu. Ele parecia assustado. Ele ficou com medo. Ela ficou com medo. Eles estavam todos assustados. Com medo do amor. Com medo de algo que nunca receberam. Com medo de algo que eles pensavam o pior.

Ela sentiu seus olhos se encherem de lágrimas. Ela se esforçou tanto para que ele não descobrisse. Ela tentou e tentou e tentou, mas ele descobriu. Ela sentiu seu coração quebrar. Ela se odiava. Ela odiava que ela o amasse. Ela amava um homem que nunca a amará de volta. Ela amava um assassino. Ele fez dela uma assassina. Ele a deixou louca. Ele a deixou desequilibrada. Ele a libertou. Ele libertou sua insanidade. Como ela poderia amá-lo?

Ele nunca a amará de volta.

Neste momento ela desejava mais do que qualquer coisa estar no céu com as estrelas. Onde não há amor. Ninguém. Sem sentimentos. Apenas tranquilidade.

Não havia paz quando se tratava dela. Sua mente corria a mil milhas por segundo e tudo em que ela conseguia pensar era nele. Seu sorriso, seu cheiro, suas mãos e pernas, seus olhos, seus cabelos; ele. Ela só conseguia pensar em Tom. Ela só conseguia pensar em como arruinou a melhor coisa que já teve. Isso a fez querer vomitar. Isso a fez soluçar incontrolavelmente. Ela estragou tudo com seus sentimentos estúpidos.

Ela não sabia o que fazer. Ela não tinha ninguém para quem ir. Tom era seu salvador e agora ele a odeia.

Ela se odeia.

Ah, como se lançar da Torre de Astronomia parece cada vez mais plausível.