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O inverno atingiu o auge com seu frio. A neve que caiu parecia mais um grosso cobertor branco e você nem conseguia ver Hogwarts. Os alunos estavam saindo da sala quente do Professor Slughorn e entrando suas outras aulas. Tom ficou. Ele tinha uma pergunta muito específica para seu professor favorito.

"Desculpe por ficar mais um pouco, só tenho uma pergunta rápida", ele disse inclinando-se sobre uma mesa enquanto o Professor Slughorn preparava para ele uma xícara de chá quente rápida. Seu sorriso nunca desaparecia enquanto seu aluno favorito bebia seu chá alegremente.

"Qualquer coisa para você, meu garoto", ele disse e Tom retribuiu com um sorriso caloroso.

"Amortentia. A poção do amor mais poderosa. Ela está me deixando em apuros. Posso prepará-la e entendo o que significa fazer tal poção, mas o que não entendo é o que acontece se você for... Concebido sob", ele disse e Slughorn acenou com a cabeça para ele continuar.

"A prole das consequências não pode amar, correto?", ele disse e Slughorn deu-lhe um sorriso tímido.

"Não tenho certeza, Tom. Existe uma teoria. Porém, não é muito comum e poucos ouviram falar dela. É bastante... Por aí, mas acredito firmemente."

"Por favor, conceda-me essa teoria", Tom disse cruzando os braços.

"Existe uma teoria de que se você foi concebido sob uma poção do amor, especificamente Amortentia, que você não pode amar, essa é a teoria comum. Há outra, porém; se você foi concebido sob uma poção do amor, você ama, mas é raro. O fato de que a criança só será capaz de amar uma pessoa em toda a sua vida. Não é uma escolha de quem é, mas esse amor será poderoso. Na verdade, será uma paixão. O amor é poderoso em si mesmo. Eles se sentirão como eles não conseguem pensar ao seu redor. Que eles não têm controle sobre si mesmos e se sentem cedendo aos seus desejos mais profundos. É muito perigoso, especialmente se eles não amam a criança da poção do amor de volta. Isso pode levar à obsessão, sequestro e talvez até assassinato. O amor é muito poderoso, Tom. Ele faz as pessoas fazerem coisas que nunca pensaram que fariam; nunca pensaram que seriam capazes", Slughorn disse e Tom sentiu sua mão ficar dormente.

"Como eles saberiam se não conseguem amar plenamente ou se é apenas uma pessoa?", Tom disse ignorando seu coração acelerado.

"Isso não pode ser determinado. Poucos estão abertos a ser concebidos sob uma poção do amor, então não sei muito sobre isso. Minha teoria, porém, é que eles não sentirão remorso por ninguém. Eles simplesmente continuariam com a vida sem se importar. Se eles encontrarem sua única pessoa, serão atraídos por ela como uma mariposa à luz. Eles se sentirão intoxicados. O cheiro deles-"

"Vai fazê-los sentirem-se confusos?", Tom disse interrompendo Slughorn.

"Exatamente."

Tom sentiu sua pele em alfinetes e agulhas. Tudo o que ele sempre pensou estava errado. Tudo o que ele já sentiu estava errado.

Ele poderia de fato amar.

Apenas uma pessoa.

Uma pessoa com longos cabelos escuros.

Uma pessoa com lábios rosados ​​e deliciosos.

Uma pessoa com fogo na alma.

A corvina com olhos de sonserina.

Marcelline era sua única pessoa.

Era a única pessoa por quem ele seria capaz de sentir alguma coisa. Ela foi a única pessoa que o fez cair de joelhos e implorar. Ela era sua fraqueza. Foi o seu veneno. Foi seu salvador. Era tudo dele.

Ela é tudo dele.

Ele a amava.

E ele estava com tanto medo disso.

Fate | T. Riddle - PortuguêsOnde histórias criam vida. Descubra agora