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Em uma tarde ensolarada, consegui convencer S/n de irmos pelo menos até o jardim de sua casa. Estávamos sentadas lado a lado, os raios de sol iluminando nossos corpos e trazendo uma sensação gigantesca de paz

-- eu sempre quis me casar -- S/n comenta e ri um pouco triste, baixando seu olhar para suas mãos -- acho que sempre gostei de sonhar com coisas impossíveis para mim... Ser escritora, casar, pular de paraquedas, ir a Paris... Tudo muito impossível

-- podemos nos casar... So nós duas... -- falo e ela me encara confusa

-- temos dezessete anos, não podemos nos casar -- responde e eu me levanto, estendendo minha mão para ela

-- legalmente não... Mas podemos fazer nossa própria cerimônia, o ursinho Herói pode ser nosso padrinho, sua calopsita também -- ela ri segurando em minha mão para se levantar

S/n ainda segurava minha mão, seus olhos brilhando com um misto de surpresa e esperança. Pude ver a maneira como sua expressão mudou, como se uma faísca de sua antiga energia e sonhos estivesse sendo reacendida, mesmo que por um momento.

-- Você está falando sério? -- perguntou ela, um sorriso começando a se formar em seus lábios.

-- Claro que estou -- assegurei, sentindo meu próprio coração se aquecer com a ideia. -- Por que não? Podemos fazer qualquer coisa que quisermos. Nossa cerimônia, nossas regras.

Ela riu, aquele riso genuíno que eu tanto amava, que fazia qualquer sombra em meu coração desaparecer instantaneamente.

-- Isso é tão louco -- disse ela, ainda rindo. -- Mas eu adoro a ideia.

Fomos até o jardim, o lugar onde passamos tantos momentos felizes juntas. Era o cenário perfeito. Eu peguei uma flor do jardim e a coloquei atrás da orelha de S/n, como se fosse um véu improvisado. O ursinho Herói e a calopsita foram posicionados como nossos "convidados de honra", testemunhando nosso compromisso.

De mãos dadas, sob o sol que banhava o jardim com sua luz dourada, trocamos promessas. Não havia anéis, não havia documentos legais, mas havia algo muito mais forte e verdadeiro entre nós: amor, compreensão e a promessa de estarmos sempre juntas, não importasse o que viesse pela frente.

-- Eu prometo estar ao seu lado, em todos os momentos, feliz ou triste, em saúde ou doença -- disse eu, sentindo cada palavra ressoar profundamente em meu coração.

-- E eu prometo ser sua luz, seu motivo para sorrir, mesmo quando os dias parecerem escuros -- respondeu S/n, as lágrimas brilhando em seus olhos, mas o sorriso nunca deixando seu rosto.

Nossa cerimônia pode não ter sido legal ou tradicional, mas foi perfeita para nós. Foi um momento de pura felicidade e amor, um lembrete de que, não importa o que o destino nos reservasse, tínhamos uma a outra. E naquele momento ensolarado, no jardim que testemunhou tantos de nossos momentos juntas, prometemos uma à outra, nosso amor eterno, selado não por um papel ou por palavras de um padre, mas pelo compromisso verdadeiro que compartilhávamos.

Como forma de selar de vez a cerimônia, nos beijamos, um beijo lento e extremamente carinhoso. Eu podia sentir a doçura de seus lábios contra os meus

O beijo foi um fechamento mágico para nossa cerimônia improvisada, um momento etéreo que parecia suspender o tempo ao nosso redor. Sua doçura era palpável, os lábios de S/n se movendo contra os meus com uma gentileza que falava volumes, comunicando amor, esperança e uma promessa silenciosa de eternidade, mesmo diante das incertezas da vida.

Podia sentir o calor do sol em nossas costas, o mundo ao nosso redor parecendo abençoar aquele momento, tornando-o ainda mais especial. A conexão que compartilhávamos naquele beijo era profunda, uma ligação que ia além do físico, tocando nossas almas.

Quando nossos lábios finalmente se separaram, ficamos olhando uma para a outra, compartilhando um sorriso que refletia todo o amor e alegria que sentíamos. Nada precisava ser dito; nossos olhares comunicavam tudo.

Esse beijo, lento e carinhoso, selou não apenas nossa cerimônia, mas também o compromisso de permanecermos juntas, contra todas as adversidades. Foi um lembrete de que, enquanto compartilhássemos esse amor, poderíamos enfrentar qualquer coisa. Foi um momento de pura felicidade, uma promessa silenciosa de que, não importa o que acontecesse, sempre teríamos esse amor para nos ancorar, para nos dar força.

E, embora o futuro pudesse ser incerto, naquele momento, estávamos certas de uma coisa: nosso amor era inquebrável, um farol de esperança que nos guiaria através de qualquer tempestade. Esse beijo foi a promessa mais doce de todas, a certeza de que, não importa onde a vida nos levasse, estaríamos sempre juntas, no coração e na alma.

-- Eu... Eu quero que faça amor comigo -- S/n pede baixo e insegura

-- T-Tem certeza?

-- Sim, eu tenho certeza. Eu quero estar com você dessa maneira. Eu te amo, e quero compartilhar isso contigo. -- S/n responde, sua voz ainda baixa, mas firme em sua decisão.

Percebendo a seriedade e a profundidade de seu pedido, e entendendo a importância desse momento para nós duas, decido abordar a situação com todo o cuidado e amor que S/n merece.

-- Então faremos isso de uma maneira que seja confortável e especial para você. Eu te amo, S/n, e quero que este momento seja uma expressão desse amor. -- Digo, segurando suas mãos nas minhas, procurando transmitir segurança e carinho.

A importância de respeitar o conforto e os limites de S/n é primordial, e asseguro que nossa conexão seja fortalecida por esse momento compartilhado, repleto de amor e cuidado mútuo.

My Eternal Sunshine (Ariana/You)Onde histórias criam vida. Descubra agora