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Vamos falar sobre a vida de Jeon Jungkook. Pai solteiro. Trabalha numa empresa no setor de administração. Sua linda menina era Genevieve de seis anos e onze meses. Morava na Coreia do Sul, até se mudar para Londres, onde co...
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Peço perdão pelo capítulo pequeno, o próximo prometo que vai ser maior.
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Narrador
— Oi... — Amélia chamou atenção de Jungkook que estava focado em olhar a janela. — O que passa nessa sua cabeça? Acabei de ver Genevieve. Está dormindo agora — avisou e Jeon fechou os olhos, pressionando o osso do nariz.
— Eu sou um idiota. Não consigo, nem mesmo me manter saudável pra cuidar dela. A vida deveria ser mais fácil.
— Não é um idiota. Na verdade, é surpreendente que ainda esteja vivo. Você se cobra demais pra fazer tudo pela sua filha e ela não precisa de tanta proteção. Ela está bem, amor — confortou e Jeon sentiu a pele arrepiar pelo apelido dado.
— Como foi pra você? Quando... você sabe? — perguntou sobre o ataque cardíaco e a mulher perdeu o brilho no olhar, se levantando para colocar as mãos no cabelo dele.
— Achei que ia te perder — falou, assustada e deitou ao lado dele. — Você se foi por um momento, eles tiveram que te reanimar com aqueles... aparelhos de choque. Nunca mais faça isso comigo de novo — reclamou, dando um tapa no braço de Jeon.
— Não é como se eu quisesse ter tido um ataque cardíaco.
— A situação com a Vivi é péssima, mas nós vamos sobreviver e vamos fazer isso juntos, me entendeu? — Mesmo que à contragosto, ele concordou com a cabeça com um bico nos lábios.
Alguns dias se passaram e ele recebeu a tão sonhada alta, mas, obviamente, não saiu do hospital, então estranhou ao entrar no quarto de sua filha para voltar a rotina de dormir na poltrona e percebeu que... havia uma cicatriz na sua cabeça. A Amélia encarou o Jungkook, preocupada e estralou os dedos, ansiosa.
— O que aconteceu, Vivi? — perguntou, sentando ao lado dela e analisando sua carequinha, agora, com uma cicatriz que ia de ponta a ponta na sua cabeça. — O que é isso?
— O doutor cortou aqui e aqui... — Ela continuou explicando, mas Jungkook parou de escutar e apenas saiu do quarto, a deixando falando sozinha.
— Jungkook...
— Por que não me contou? Eu tinha o direito de saber que... — Ele parou de falar com mais uma pontada no coração frágil e Amélia arregalou os olhos, se aproximando dele e o puxando para se sentar.
— Exatamente por isso que eu não contei. Você anda tão estressado que qualquer bomba que recebesse ia te deixar mal, eu não queria te ver assim. A cirurgia foi um sucesso, retiraram quase todo o tumor, ela vai melhorar em seis meses de quimioterapia e vai estar livre depois. Nesse mês que passou internado, ela conseguiu se curar da leucemia, ela está livre, claro que só vão declarar isso, depois de cinco anos sem atividade, mas foi uma batalha que ela venceu e está prestes a vencer mais uma e ela precisa do pai dela — contou e Jungkook sentiu um peso que nem sabia que estava segurando sair de dentro do peito.
— Ela vai se curar? — perguntou, inseguro e Amélia sorriu.
— Vai. Ela vai ficar bem, já está bem. Por que não vai falar com ela? Ela está morrendo de saudades de você — pediu e ele se levantou, animado, logo foi avisado que sua filha teria alta no dia seguinte.
