Capítulo oito.

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BOA LEITURA!

POV CAMILA.

Era finzinho de tarde, saí com a musa das galáxias para tomar um sorvetão na praia perto de casa.

— Olhe àquela. - apontou para um amontoado de nuvens que, ao meu ver, não formavam nadica de nada. Encarei aquilo por alguns segundos, tentei ver alguma coisa, mas nada.

— Não sei... - entortei o rosto para um lado, para outro, espremi os olhos e continuei não vendo nada... - Olhe, eu precisaria de mais tempo para uma conclusão exata e...

— Não enrola, Camila. - falou, rindo de mim.

— Como ia dizendo... me parece ser um urso, um urso agachado, provavelmente pronto para fazer o número dois. – o som de sua gargalhada encheu meu peito de algo muito bom, não resisti e logo nossas risadas se misturaram. A linda cena de Lauren rindo, jogando o corpo para traz enquanto o som de uma palma estralada me traz de volta a realidade é algo que levarei para o resto de minha vida.

Tão linda, tão mulher. Ainda não acreditava que havia possuído aquele corpo e saciado seu desejo com o meu. Ainda não acreditava em tudo o que tinha rolado entre nós, que tinha sentido o gosto de seus lábios. Lauren não havia tocado no assunto em momento algum, e eu? Morria de vergonha só de pensar. Então, mesmo com vontade e curiosidade o bastante para saber como ela lidava com tal situação, preferi ficar na minha, pois eu mesma não sabia o que pensar sobre, e então, naquele momento decidi deixar rolar.

— Ai, Camila. Que besta. - continuou com as gargalhadas, às vezes tinha certeza de que Lauren era um tipo de multante cujo o poder principal era me enfeitiçar. Sorri torto, me gabando internamente por ter sido quem lhe causara aquela alegria toda.

— E por acaso a senhorita viu o que ali? - cruzei os braços, esperando uma explicação.

— Uma rosa ué, está mais do que óbvio. - pontuou. Rosa?

— Impossível, olha lá, dá pra ver que ele tá segurando uma folha de bananeira pra limpar o estrago.

— HÁ HÁ HÁ. Muito engraçadinha. - ela se virou para o horizonte e respirou fundo, o silêncio momentâneo foi bom. Logo voltou o olhar para o céu. - Camz! Camzi! Olhe aquela! Gostei... - apontou.

— Misericórdia! - engasguei com o restinho de sorvete que tinha no fundinho da casquinha

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— Misericórdia! - engasguei com o restinho de sorvete que tinha no fundinho da casquinha. Eu sempre mordo embaixo pra sugar o restante de sorvete que fica ali, mas dessa vez não foi uma boa ideia. Tossi feito doida ao ver o que aquelas nuvens formavam. - Esse céu... - falei com dificuldade, a garota me olhou preocupada, mas logo voltou a rir de mim. - Tá meio pornográfico para esse horário, não acha?

— Você é engraçada! - me encarou. Os olhos verdes de sereia estavam concentrados nos meus, meros olhos mortais.

— Você acha?

— Acho! - seu sorriso brilhava e minhas borboletas se remexiam.

— Já me disse isso... - falei, encarando seus olhos, desci o olhar para os lábios sendo umedecidos por sua deliciosa e, com certeza, habilidosa língua. Meu amigo ali de baixo me dizia que já passava da hora de beijá-la. Me aproximei fitando seus olhos e ela os meus. Seu hálito quente era o único entre nós naquele momento.

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