Capítulo três.

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POV Camila.

— Mila! Espera.

— Oi, chee!

— Não te vi hoje na entrada e nem no intervalo. Tá tudo bem?

— Sabe o que é, eu não estava me sentindo bem hoje e...

— Tá sentindo o quê? É cólica? Porque se for eu tenho um remédinho aqui que... – tadinha, não pensem que não me sinto mal por esconder a verdade. Eu só... não sei como fazer isso. Respirei fundo, me sentindo péssima por ser uma péssima amiga. Ela sempre fez tudo por mim...

— Não é cólica. – ajeitei o óculos e ri do jeito dela. – Só não seria uma boa companhia hoje. – ela me olha desconfiada.

— Hum... então ainda bem que fiz uma nova amiga. – desviou o olhar de mim para as próprias unhas. Como se me ignorasse.

— Hey, você é a melhor amiga do mundo todo. – abracei seu pescoço. Ela não resistiu e me abraçou de volta. Apertei bastante a minha Cheechee e fitei seus olhos. – A gente tem que conversar, mas não hoje. Tem algumas coisas sobre mim que quero compartilhar contigo.

— Como assim? Existe algo sobre sua vida que eu ainda não saiba? - perguntou séria. - Mila, não me diga que virou hetero! – explodi em uma gargalhada que deve ter dado pra escutar lá em Marte.

— ldiota, te amo. – beijei seu rosto, fazendo carinhos com a pontinha do nariz em sua bochecha. Ela sorriu. – Mas, hein. Que história é essa de nova amiga? – torci o nariz, fazendo uma careta boba.

— Pois é, ontem, depois que você foi lá pro treino da sua namorada, conheci uma garota bem bacana. Aliás, olha ela alí. – apontou para um cara alto, bem magrelo, que andava todo desajeitado tentando equilibrar alguns livros.

— Mas aquele não é o Christopher?

— Não, anta. Atrás dele. – abriu um um sorrisão quando o garoto saiu da frente de Normani. – Hey, Mani, aqui!

A garota sorriu largo também quando nos viu, acenou de volta e veio juntar-se a nós.

— Oi, amiga! Que bom te ver! – estranhei toda essa agitação da polinésia. Que porra é essa de "amiga"?

— Oi. – Normani respondeu no mesmo tom empolgado. – Oi, Camila!

— Oi... – respondi sem graça.

— Meninas, vocês vão na festa no sábado? – nos entreolhamos e simultaneamente respondemos:

— Sim! – Dinah.

— Não! – eu.

Normani nos olhou confusa, segurando um riso.

— Digo, Dinah e eu nunca vamos à essas festas. –expliquei.

— E por quê?

— O que a Mila quis dizer é que nunca fomos, mas nessa nós vamos! – afirmou DJ.

— Que maconha é essa que tu andou chupando hein, Dinah Jane? – ela revirou os olhos e a líder de torcida gargalhou. – Desculpe Normani, mas eles não me querem na casa deles e muito menos eu quero me misturar à eles. Nunca nem nos
convidaram! – olhei pra Dinah, a mesma abaixou o olhar meio triste, mas é verdade, nunca nos convidam.

— Estão sendo convidadas agora, pois meus pais vāo viajar no fim de semana e a festa é na minha casa.

— Ahhhhh! Nós vamos, nós vamos! Não é, chancho? – fiquei com dó da Dinah, ela sempre quis saber como eram as festas dos populares e não seria eu a privá-la disso.

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