Capítulo 41

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Desceu as escadas a correr, olhou em volta e encontrou a pessoa que amava pela primeira vez em semanas.

Jisung estava amarrado como no vídeo. A sua boca era tapada com uma bandana e os olhos do rapaz iluminaram-se quando viu o mafioso. Ele começou a chorar de alívio.

Minho correu até ele e segurou-lhe o rosto. Jisung inclinou-se para o toque, com saudades dele.

— Jisung — o mafioso sussurrou incrédulo, esta era a primeira vez que via o rapaz em semanas e todas as emoções voltaram de repente.

Minho removeu a bandana da boca de Jisung.

— Tive saudades tuas — disse Han entre soluços. Olhou para o mafioso com os olhos marejados e um alívio puro. Minho rapidamente limpou-lhe o rosto das lágrimas que caíam e das que ameaçavam cair.

Jisung olhou para trás do corpo musculado com uma expressão confusa no rosto, mas os seus olhos rapidamente alargaram-se quando percebeu o que ia acontecer, e olhou para o Minho com medo.

— Minho, atrás de ti...

Mas já era tarde demais. De repente, o mafioso foi agarrado pelos braços por duas pessoas e puxado para longe de Han, fazendo com que o rapaz amarrado gritasse de medo. Minho lutou para se libertar, já não era tão forte como costumava ser. Tentou soltar as mãos, mas as duas pessoas que o seguravam tinham um aperto tão forte que, juntamente com a falta de força de Minho naquele momento, ele não conseguiu libertar-se. Em vez disso, foi forçado a ajoelhar-se. Olhou para as pessoas que o seguravam e viu serem muito maiores em tamanho.

Do nada, o Minho ouviu risos, os mesmos risos que o têm assombrado e zombado nos últimos dez anos da sua vida. Os risos que costumavam enviar-lhe medo pelas veias, mas agora faziam o seu sangue ferver. Moonjin desceu lentamente as escadas com os braços cruzados sobre o peito.

— Achaste mesmo que ia ser tão fácil? — Moonjin resmungou enquanto se colocava em frente ao corpo do Lee. — Anda lá, amigo, não sou estúpido, estava à espera que viesses.

— Tu... — Ele abriu a boca para falar, mas antes que pudesse dizer outra palavra, Moonjin rapidamente tapou-lhe a boca com fita adesiva.

— Não quero ouvir a tua voz irritante. — o líder revirou os olhos.

Minho debateu-se novamente contra os guardas e ainda não conseguia mexer-se. Isso trouxe-o de volta aos seus tempos mais sombrios, quando era torturado pelo Moonjin, quando se debatia contra as cordas que o queimavam. Estava de volta à mesma posição, mas desta vez eram os guardas que o seguravam e o Moonjin estava interessado em torturar alguém que não ele.

Moonjin riu-se da tentativa falhada do Minho de se libertar.

— Sabes, esperava mais de ti. És o grande 'Lee Minho'. O homem que consegue nocautear alguém com um só soco. O homem que todos temem, mas aqui estás tu, diante de mim, de joelhos, a lutar para te libertares de dois homens. — Moonjin fez beicinho para ele, zombando antes de revirar os olhos. — És ainda mais patético do que eu antecipava. — ele cruzou os braços e olhou para o membro da gangue, com um sorriso irónico. — Mas gosto de te ver ajoelhado diante de mim como um camponês.

Minho não pôde fazer mais do que olhar fixamente. Não precisava de ouvir Moonjin continuar a falar sobre o quão embaraçosa era esta situação, ele já se sentia envergonhado consigo mesmo.

O chefe resmungou e dirigiu-se a Jisung, que tinha lágrimas a correr-lhe pelo rosto o tempo todo. Moonjin levantou a mão, fazendo-o estremecer muito, assustado com medo de levar outra bofetada. Em vez disso, o líder do WPQO acariciou gentilmente a sua bochecha. Jisung virou a cabeça para o outro lado, tentando evitar o toque de Moonjin, mas é claro que a mão do chefe o seguiu e tocou-lhe na bochecha de qualquer maneira.

Cicatrizes - Minsung [Tradução]Onde histórias criam vida. Descubra agora