Capítulo 8

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— Estás bem? — Brian indagou após ajeitar Jisung confortávelmente no sofá da casa.

— Hyung, eu juro que estou bem!! — Jisung assegurou abrindo um pequeno sorriso confortante.

— Não estás não. O rapaz que te trouxe de volta disse que sequer conseguias andar!

— Eu consigo andar, sim! O Minho estava a mentir! — contra-argumentou fazendo com que o irmão levantasse o cenho erguendo o corpo e cruzando os braços.

— Levanta-te! Agora.

Jisung revirou os olhos e tentou levantar a metade superior do corpo do sofá, todavia, novamente, a dor atingiu o seu estômago e costelas. Fechou os olhos pela pontada dor e caiu de costas no sofá.

— Jisung, que merda aconteceu?! — indagou novamente. Jihyo entrou na sala apressando o passo na direção do irmão mais novo.

— Jisung, meu deus, eu estava tão preocupada! Quase chamei a polícia. Estás bem? O rapaz que te trouxe disse que foi uma gangue. Eu sabia que deveria ter-te levado de carro!

— Uma gangue?! — Brian exasperou olhando culposamente para o rapaz ferido. Jisung abriu a boca para se defender, não tendo oportunidade ao que o irmão o interpelou. — Se disseres que estás bem mais uma vez, eu juro que soco cada parte do teu corpo para ver o "bem" que tu estás!

Jisung rapidamente fechou a boca e pensou meticulosamente nas suas próximas palavras. Ele decidiu que contar a verdade era a melhor opção no momento.

— Eu estava a caminhar na direção da loja de conveniência e resolvi usar o atalho por aquela rua escura pois sabia o quanto a Jihyo noona estava preocupada, então tentei ser o mais rápido que pude. Eu ouvi uma menina a choramingar e afirmar que se perdeu dos pais, mas, no final, ela somente encenava para me atrair até ao irmão, inclusive ele era da gangue. Ele deu-me um soco e os outros dois que estavam com ele chutaram a minha barriga e o meu torso. Aí o Minho entrou e ajudou-me. — Jisung olhou para baixo, brincando com os dedos.

— Precisamos levar-te para o hospital agora mesmo! — Brian levantou-se rapidamente da sua posição sentada.

— Não! — Jisung respondeu imediatamente. — Por favor, não me levem para o hospital!

— Jisung, tu não consegues nem te levantar sem chorar de dor. Uma das tuas costelas provavelmente está partida. Nós vamos para o hospital, quer queiras ou não! — Brian foi pegar um casaco no quarto dele lá em cima. Jisung rapidamente desviou os seus mirantes para Jihyo, parecendo desesperado.

— Noona, por favor, não me leves para o hospital! Eu juro que estou bem. Estarei bem até amanhã! Por favor!

— Hm... Tudo bem... — a mulher suspirou. — Mas se pela manhã ainda não conseguires te levantar, então vamos ao hospital o mais rápido possível!

Ela bagunçou o cabelo de Jisung e se levantou. Jihyo, por fim, subiu as escadas, provavelmente para contar a decisão final ao irmão.

Jisung suspirou em alívio. Ele nunca gostou de hospitais. Ele realmente não conhecia o por quê. Toda a vibração daquele local o deixa ansioso e tenebroso. Raios-X, ressonâncias magnéticas; não eram realmente a coisa dele. Han sempre tentou evitar se ferir para não ter que ir ao pronto-socorro.

Até agora, nos seus dezessete anos de vida, ele nunca teve que ir ao médico porque se lesionou. Claro que ele foi para injeções e check-ups, mas nunca porque estava ferido. A ideia de provavelmente ter que fazer um raio-x para verificar as suas costelas era aterrorizante para ele. Brian voltou para pegar Jisung e levá-lo para a sua cama.

Cicatrizes - Minsung [Tradução]Onde histórias criam vida. Descubra agora