Uma vez que saiu do seu esconderijo, o rapaz caiu de joelhos sentindo as lágrimas grossas escorrerem por toda a sua face de tez macia.
— Não... — sussurrou em incredulidade. O rapaz, logo, agarrou a mão dela sentindo a frieza incomum do corpo. — NÃO, NÃO!!!
Gritando em plenos pulmões, o rapaz permitiu-se gritar melancólicamente sentindo a secreção nasal escorrer junto às lágrimas abundantes no seu semblante injucundo.
Era tudo o que podia gritar.
Somente aquela palavra.
A mente traumatizada não conseguia interpretar o que estava a acontecer no momento.
Ele olhou para o que estava na sua frente.
Os seus pais, com expressões medrosas e impotentes mortos no chão... Afogados no próprio sangue.
Ele não conseguia acreditar.
Teria que ser um sonho.
Não...
Um pesadelo.
Como é que as circunstâncias tornaram-se horripilantes? Cruéis? Há uma hora atrás, estava feliz. A endorfina é o principal hormônio da felicidade e bem-estar. Ela é produzida pela hipófise, uma glândula localizada na parte inferior do cérebro, que liberta a endorfina produzida para todo o corpo por meio do sangue. Ele sentia-se, de certa forma, amado, sem sequer imaginar o que aconteceria na hora seguinte. Jamais cogitou experenciar e presenciar uma cena terrível, cheia de amargura...
Aquela não era a vida real, pensou.
Queria morrer.
Queria morrer em vez das pessoas que amava. Ou pelo menos, morrer com eles.
Como iria continuar com a sua vida?
Tudo virou um borrão quando ele ouviu as sirenes da polícia.
Ele sentiu a vibração da porta abrindo-se e os passos dos agentes da polícia a entrar pela casa modesta.
Ele sentiu braços musculosos puxando-o para longe dos seus pais.
Ele viu uma figura ajoelhar-se perante si, bloqueando a sua visão.
Sentiu braços agarrarem os seus ombros e sacudi-lo lentamente.
Ouviu vozes a gritarem para ele, mas a sua mente não conseguia traduzir em palavras.
Ele não conseguia se mover.
A sua mente estava em branco e ele não conseguia pensar corretamente.
Não conseguia falar, mesmo que tentasse.
O seu foco estava apenas nos seus pais, agora, falecidos.
Mas, por alguma razão, ele ouviu claramente o que os paramédicos disseram à polícia enquanto tal imagem ressoava na sua mente.
— Ambos estão mortos.
O próximo procedimento que ele conhecia. Os paramédicos iriam fechar o saco preto que continha os corpos falecidos dos seus pais, e foi quando ele finalmente aceitou o facto de que este não era um sonho traumatizante.
Foi a cruel realidade do mundo e da vida que ele está a viver.
Por que ele?
O que fez para merecer tal coisa?
Por que alguém iria querer fazer isto com ele e a sua família?
Por que simplesmente não o mataram também?
Por que eles lhe deixariam viver sabendo que os seus pais foram assassinados diante dos seus olhos?
Isso foi a obra de um demônio; de um assassino sem escrúpulos.
Todos esses pensamentos rondaram a sua mente enquanto ele era levado para a delegacia.
Foi quando decidiu que viveria neste mundo por um único motivo.
Para se vingar da pessoa que matou os seus pais sem pudor.
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Injucundo: que expressa tristeza
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Cicatrizes - Minsung [Tradução]
Hayran KurguAs cicatrizes no pulso de Minho? Elas são apenas de luta. Ou pelo menos é o que todos assumem. Jisung, por outro lado, tem a sensação de que há uma história mais sombria do que o que todos alegam e ele está determinado a descobrir. No qual Minho é...