Ciúmes

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Carolynna Borges

-Não pense besteira. Isso não é um almoço romantico ou planejado. - Priscila falou, se afastando um pouco de mim. Vi que ela estava realmente temendo pela própria vida. Minha vontade realmente era mata-la.

Não podia acreditar que ela estava de amizade com a Vanessa, isso não era nem um pouco aceitável ao meu ponto de vista, e isso não ficaria assim.

- É mesmo? Me explica isso ai, então -
Disse, cruzando os braços.

- O elenco todo almoça... junto todos os dias e... - Ela gaguejava, parecia nervosa.

- Nesse dia eu não queria comer no estúdio, e Vanessa disse que não queria também. Então nós fomos juntas almoçar em um restaurante. Nada demais.

- Nada demais? - Repeti o que ela disse, e percebi que Priscila respirava com dificuldade. Estava com medo e nervosa. - Você vai almoçar sozinha com sua ex e não é nada demais pra você?

- É. nada demais. - Ela disse, tentando parecer calma, como se achasse mesmo que não tinha nada demais. Como podia ser tão cínica? Senti que estava muito próxima de assassiná-la. Se Priscila queria me tirar do sério, havia conseguido.

Sem pensar muito bem, peguei uma almofada em cima do sofá e taquei em sua direção. Tacando outras em seguidam. Ela se desviou com os olhos arregalados.

- Ficou louca? - Ela perguntou, assustada.

- VOCÊ QUE DEVE TER FICADO
LOUCA DE FICAR SAINDO COM SUA EX - Gritei e não me aproximei dela. Priscila recuou, mas a segurei pelos braços. - E VOCÊ NEM ME FALOU, ISSO NÃO FOI UM ALMOÇO INOCENTE! ME CONTA A VERDADE!

- Somos amigas, Carol. Se controla! - Ela disse, tentando me fazer soltar seus braços.

- Amigas? - Perguntei, sentindo meu sangue ferver. Aquilo era tão ridículo, que meu cérebro simplesmente parou de processar o que quer que ela estivesse falando naquele momento. - Amigas é o ca...ralho - Disse,
pontuando com um soco em seu braço.
Priscila fez careta, e depois riu.
Aquilo só fez meu ódio aumentar.

- Amor, calma, por favor - Sabina disse tentando me conter e rindo.

- Qual a graça? Do que é que você tá rindo? - Gritei, e Priscila riu ainda mais. - Tem alguma palhaça aqui? Tô de palhaça na história? - Falei, e Priscila riu ainda mais. Ela pareceu perceber que aquilo estava me irritando profundamente, então tentou se conter, mas foi em vão.

- Perai, me escuta! Calma, Carol. - Ela disse tentando segurar o riso, mas ela não conseguia.

- Calma é o caralho, vou te dar uma voadora - Disse avançando pra cima dela e distribuindo socos por todo seu corpo. Priscila ria descontrolada como se eu estivesse fazendo cosquinha nela e aquilo me irritava mais. A joguei no sofá e taquei algumas almofadas nela com toda força que tinha. A intenção era machuca-lá, mas claro que eu não estava tendo sucesso com aquilo. Mas me senti feliz por agredi-lá.

- Tá, chega. Para de me bater. Vem ca - Falou, ficando de pé na minha frente e segurando meus braços.- Por que está tão nervosa, Carol? Isso não é necessário

- Não é necessário? - Falei, um pouco mais alto do que desejava. - Você demorou mais de meses pra ficar comigo porque estava sofrendo por causa dessa puta. Na primeira chance que ela deu, você foi lá se esfregar com ela naquele camarim. E eu vi tudo, você lembra? Como quer que eu aceite vocês duas sendo amigas? Eu não confio nela. E pra falar a verdade, não confio em você com ela também. - Cuspi as palavras, e a essa altura, Priscila já tinha soltado meus braços e ela estava imóvel na minha frente.

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