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Nossa História

Carolynna Borges

Vi Priscila sair do quarto batendo o pé.
Duda, assim como eu, continuou imóvel. Eu sabia que coisa boa isso não ia dar, mas já era tarde pra impedir Priscila de qualquer coisa. Eu estava um pouco apavorada com tudo que tinha visto.

Nunca tinha visto Priscila tão agressiva e com tanta raiva. Por um instante achei que ela fosse matar Duda.

- Temos que ir atrás dela. - Duda pegou na minha mão e me puxou.

- Meu Deus. Como a Vanessa conseguiu fotos intimas minhas? - Era pra ser um pensamento, mas falei em voz alta enquanto Duda me puxava para o elevador. Eu estava um pouco distraída e atordoada. Não conseguia pensar direito.

- Eu não sei, Carol. Só sei que temos que achar Priscila antes que ela ache a Vanessa. - Duda falou e eu a encarei. Só então voltei a realidade e percebi que Priscila não estava ali.

- Onde Priscila foi? - Perguntei e Melanie franziu a testa.

- Você tá bem? - Perguntou, ignorando minha pergunta. Ela parecia aflita e preocupada. Estava inquieta e olhava o tempo todo para os números que iam abaixando do 6° ao 5° andar. Encarei o rosto de Duda e por um momento senti pena dela. A culpa não era toda dela, ela não merecia toda a surra que tomou. Vanessa merecia. Só então me lembrei das últimas palavras de Priscila..
"Eu definitivamente vou matar a Sina". Fui tomada por um pânico. Que diabos
Sabina iria fazer com a Sina?

- Minha nossa senhora! Temos que achar Priscila. Ela vai fazer uma besteira! - Falei apertando várias vezes o botão para o primeiro andar do hotel.

- Até que fim acordou pra vida! - Duda falou e a porta se abriu. Ela me puxou pelo braço e saímos do elevador.

Olhamos de um lado para o outro, e nada.
Olhamos para a frente do hotel e vimos um tumulto. Tinha mais ou menos 30 pessoas do lado de fora em uma rodinha. Muitos paparazzis tinham seus flashes ligados na direção do tumulto. Algumas pessoas gritavam e outras riam. Olhei para Duda e ela olhava aquilo com os olhos arregalados.

- O que foi?

- Acho que sua namorada tá dando um showzinho ali. - Ela disse e arregalei os olhos. - Venha. - me puxou mais uma vez e eu a segui.

Passamos pela porta e metade das pessoas nos cercaram. Duda me puxou para que não ficasse presa no meio do povo, mas era quase impossível.

Passamos no meio do povo e só então pude ver o que prendiam a atenção deles.
Priscila estava ajoelhada no chão. Vanessa estava deitada de bruços. Priscila segurava ela pelos cabelos e direcionava seu rosto para uma poça que mais parecia uma vala. Eu não estava acreditando no que estava presenciando.

- FALA! - Priscila gritou. - Quem tirou aquelas fotos pra você?

- Não te interessa! - Vanessa falou e Priscila ameaçou afundar o rosto dela naquela água imunda.- Tá bom! Tá bom! Foi um funcionário do hotel. - Vanessa falou e Priscila soltou uma risada irônica. Todos tinham suas câmeras ligadas e suas bocas abertas. Priscila definitivamente tinha perdido a paciência. Eu não podia acreditar que ela estava fazendo aquilo em público.

- Admita que você armou tudo isso.
Admita que sente inveja do meu amor pela Carolynna. Admita que você é infeliz e quer que todo mundo seja também. Fala pra todo mundo ouvir que você tentou me ferrar, mas eu que te ferrei. - Priscila falou e vi Vanessa começar a chorar. Priscila segurava os cabelos dela com firmeza e por um momento senti pena. Priscila estava pegando pesado.

Não que Vanessa também não estivesse, mas Priscila sabia mesmo deixar uma pessoa mal e eu sentia medo desse lado dela.

-Só me deixe ir embora, Priscila. - Vanessa praticamente suplicou chorando.
Tomei a decisão de tirar Priscila dali, mas fui impedida por Duda.