Reconciliação

908 52 3
                                    

Priscila Caliari

Aquela noite Carolynna resolveu que dormiria ali e agradeci metalmente a Sofia. Eu não entendia direito o porque daquela reação dela, mas sabia que tinha algo a ver com minha briga com Carolynna. Sofia sempre sabia quando as coisas não estavam bem.

Sempre tinha as mesmas reações quando me via brigando com Elana. Dessa vez pareceu mais doloroso, minha filha parecia estar sofrendo com tudo aquilo e me senti culpada. Além de machucar Carolynna, eu estava machucando Sofia também, tudo isso por uma fraqueza minha. Izzie me pagaria por tudo isso.

Eu antes sentia que estava perdendo Carolynna de vez, até que ela me pediu para ficar. Eu aceitei de primeira, tentando esconder a total felicidade por não ter que ir embora, mesmo Carolynna repetindo algumas vezes que aquilo era apenas por causa de Sofia.

Eu conhecia Carolynna e sabia que talvez não fosse só aquilo. Se quisesse mesmo me deixar, teria me mandado embora a muito tempo, não teria me deixado viajar com ela. Eu sabia que o que ela queria era me fazer pagar, e realmente não tinha nada pior que ficar ao lado de Carolynna e não poder toca-la. Nada pior que dar um Bom dia e não obter resposta. Em alguns dias pensei em ir embora, parecia que seria menos pior ficar longe dela, pois todo aquele desprezo estava acabando comigo.

Carolynna sempre foi muita carinhosa, até muito mais que eu, sempre se revirava toda pra poder manter nosso relaciomento firme e forte, mas era incrível a minha capacidade de estragar tudo, nem eu entendia. Mas ainda tinha tempo de mudar as coisas, pois parecia que Carolynna a cada dia estava me dando uma colher de chá. Eu sabia que o que ela queria era uma prova, queria que eu agisse e provasse logo que as coisas podiam melhorar. Me sentia um pouco lesada por não saber o que fazer, simplesmente por medo de fazer alguma coisa errada.

- Priscila? - Nanda abriu a porta do quarto devagar e sorriu ao me ver. - O café está na mesa. Desça com a Sofia.

- Ok. Vou acordar a Sofi. - Falei e ela assentiu saindo dali. Me virei na cama e dei de cara com Sofia dormindo toda aberta, uma virtude que havia puxado de sua linda mãe. Carolynna levantou bem cedo e só consegui vê-la saindo pela porta no inicio do dia. Apenas dormimos ali com Sofia no meio da gente. Não tentei nada, pois não queria forçar a barra, queria que tudo fosse feito no tempo certo. - Amor? - Falei beijando o rostinho de Sofia. Ela virou de lado resmungando e não pude deixar de rir.

Era sempre uma tarefa difícil acorda-la, pois sempre acordava muito mal humorada e se algo a motivasse a começar a chorar, eu estava ferrada.

Beijei seu rosto de novo e tentei tirar a calça do pijama. Ela se remexeu de novo na cama e acertou um tapa no meu rosto.
Me afastei um pouco, pois já sabia o que viria em seguida. Ela começou a bater os braços na cama e resmungar ainda de olhos fechados. Começou a passar as mãozinhas nos olhos e da lugar a um pré-choro. Fiquei parada apenas esperando que aquela irritação toda passasse, até que ela abriu os olhinhos que já estavam vermelhos.

- Que foi, princesinha da mamãe? - Falei tirando a sua blusa e ela ainda resmungava, mas deixava. Tirei sua fralda e a peguei no colo levando para o banheiro. - Você tem que aprender a fazer xixi no banheiro, filha.

- Não. - Sofi resmungou simplesmente e ri de seu mal humor. Coloquei-a dentro do box e ela rapidamente se agarrou a minha perna quando sentiu a água fria cair sobre ela. - Frio... - Ela disse batendo os pezinhos no chão e eu ri. Entrou de baixo do chuveiro e pareceu gostar. Aproveitei que ela já estava mais calma e dei banho nela sem problemas. Depois do banho a vesti apenas com a fralda, pois estava muito calor e Sofia era agitada, o que fazia com que ela soasse muito. Desci para a cozinha com Sofia no colo e vi Carolynna e ananda sentadas na mesa.

Marketing-Capri(G!P)Onde histórias criam vida. Descubra agora