Há duzentos anos atrás, duas das almas mais poderosas do reino mágico foram aniquiladas pela deusa criadora e condenadas a nunca retornarem por representarem uma ameaça ao mundo da magia. Entretanto, no ano de 1999, por um erro de percurso, foram re...
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Uma semana depois. Cheonguk, localização: incerta.
Três dos deuses que estavam reunidos permaneciam em completo silêncio.
Todos sabiam que Eun Ae estava à beira de um colapso e era a primeira vez desde a sua existência. Estava acostumado com as coisas saírem do planejado, mas aquilo o deixou furioso.
Dae sempre foi uma pessoa muito doce e bondosa, mas, ultimamente, havia algo amargo em relação a ela. Sabia que os Unmyeong se tornaram sua mais nova obsessão, mas não esperava que tomasse medidas tão drásticas. Aquilo era inadmissível.
— Vamos falar sobre isso? — Gyeong questionou, incapaz de suportar o silêncio.
— Bom, a colisão aconteceu — Mirae falou, respirando fundo. — Foi... Mais intensa do que esperávamos.
— Bagunçou o futuro? — perguntou. De todos, era o único que não compreendia os fios do destino tão bem.
— O que bagunçou o futuro não foi a colisão — avisou em tom cuidadoso, pensando em como explicaria aquilo sem ter que dizer demais. Não queria fazê-lo perder a calma.
— Então? Podem me explicar o que aconteceu? Estou completamente no escuro — assegurou Gyeong.
O questionamento confuso e ansioso foi o que o forçou a falar pela primeira vez naquela semana.
— Dae assumiu um mago — Eun Ae disse entredentes. — O príncipe Min Yunseo.
Gyeong ficou em completo silêncio enquanto as peças se encaixavam em sua cabeça. De todos os atritos que os deuses já tiveram — e foram muitos — esse, definitivamente, era o mais cruel de todos. Tinha certeza que a balança do destino ficaria instável.
— Estamos falando da mesma pessoa? — indagou, confuso. — Por qual motivo? Essa alma nunca esteve destinada a ser uma favorita, seu futuro nunca foi brilhante e nem esperado por nós.
— Ela tem aparecido nos sonhos dele e sussurrado mentiras sujas, manipulando-o para que se vire contra os meus favoritos — explicou, respirando fundo. — Dae está interferindo e alterando o curso do destino sem ter que descer para Seoul.
— Eu a vi alguns dias atrás e sei que ainda está furiosa por ter reencarnado os Unmyeong, mas nada poderia justificar o que está fazendo — proferiu, respirando fundo.
Gyeong ergueu a destra à sua frente e a balança do equilíbrio apareceu na palma. Por alguns segundos, apenas observou, semicerrando os olhos e franzindo o cenho.
— Estamos em desequilíbrio, temos que resolver isso ou o mundo irá sucumbir — avisou, parecendo perturbado. — Isso não aconteceu nem mesmo na primeira encarnação dos Unmyeong. Dae está seguindo por caminhos perigosos.