Há duzentos anos atrás, duas das almas mais poderosas do reino mágico foram aniquiladas pela deusa criadora e condenadas a nunca retornarem por representarem uma ameaça ao mundo da magia. Entretanto, no ano de 1999, por um erro de percurso, foram re...
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Uma semana depois. Mishil, Palácio Imperial.
Yunseo sentia o corpo ferver pela raiva. Puxava o ar compulsivamente como se tentasse acalmar os próprios nervos.
Odiava o fato de Yeonjun não temê-lo nem mesmo por um segundo. Recebia uma ameaça atrás da outra e, diversas vezes, ouvia de seus vassalos como ele debochava da família imperial abertamente.
Seus avisos não surtiram o menor dos efeitos e, agora, Choi Sarang, a Primeira-Ministra da Magia — e mãe de Soobin — estava chegando para uma reunião com a família imperial inteira.
Yunseo tinha consciência de que não iria suportar a pressão por muito tempo, mesmo que fizesse absolutamente tudo que Dae orientasse. Sentia que as coisas estavam fugindo de seu controle aos poucos e não conseguia ver outra saída. Parecia que, mesmo que não quisesse, teria que ir até o fim. Não tinha volta.
Andou pelos corredores do palácio enquanto dois de seus protetores permaneciam próximos, seguindo seus passos. Parou em frente a porta da sala de reunião e os guardas as abriram.
Curvou-se obedientemente em frente à mesa, recebendo um sorriso caloroso de sua mãe e o acenar curto de seu pai. Não proferiu mais do que meias palavras, incapaz de esconder como estava descontente com toda a situação. Sentou-se ao lado do pai, limpando a garganta.
Antes que pudesse quebrar o silêncio cortante, um dos vassalos do rei entrou pela porta ao se curvar.
— A Primeira-Ministra acaba de chegar, deve entrar em alguns minutos — proferiu em tom polido antes de sair.
Yunseo pensou em dizer algo, talvez convencer seus pais de que aquilo era uma péssima ideia, mas as portas se abriram novamente e o vassalo adentrou com uma das pessoas que menos gostaria de ver naquele momento.
— Choi Sarang, a Primeira-Ministra da Magia e Bruxaria — apresentou formalmente antes de se retirar.
Não deixou de notar que dois de seus guardas também entraram, apoiando a ponta das lâminas no chão polido ao manter a postura impenetrável, guardando a porta fechada.
A mulher pareceu surpresa ao vê-los reunidos, mas abriu um sorriso polido ao se curvar respeitosamente antes de se sentar de frente para todos, pendurando a bolsa no apoio da cadeira.
— Ora, que surpresa positiva vê-los juntos nessa manhã. Me sinto lisonjeada — falou em tom bem humorado.
Automaticamente, o rei sorriu. Sarang era uma força da natureza que, orgulhosamente, podia dizer que cuidava de seu país. Entre todos os ministros e ministras que já passaram por lá, ela era a mais habilidosa em todos os sentidos.
— Como tem passado, minha querida? — Wonshik perguntou em tom caloroso e a rainha Min Jiyoo sorriu ao estender a mão para cumprimentá-la menos formalmente.
