Há duzentos anos atrás, duas das almas mais poderosas do reino mágico foram aniquiladas pela deusa criadora e condenadas a nunca retornarem por representarem uma ameaça ao mundo da magia. Entretanto, no ano de 1999, por um erro de percurso, foram re...
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Duas semanas depois. Localização: Sword Academy, Seoul.
Yeonjun fincou a espada na grama do jardim ao puxar os fios claros para longe dos olhos. Estava tão estressado que a única coisa que gostaria de fazer no momento era gritar com Asahi que não aguentava mais ouvir sobre o mesmo assunto.
— De novo essa merda — reclamou, fechando as orbes escarlates.
— Faz o quê? — Beomgyu perguntou retoricamente. — A porra de um mês inteiro, hyung!
— Já não basta a minha mãe torrando a porra do meu juízo? Vocês também vão? — devolveu em tom cínico.
— Não compara as coisas desse jeito, Yeonjun — Asahi disse em tom de aviso, apontando o indicador em sua direção. — Diferente do comando do clã, eu estou preocupado contigo, unicamente isso.
— Mas eu estou bem — disse em tom exausto, respirando fundo.
A única coisa que queria no momento era estar nos braços de Soobin, com o rosto enterrado no pescoço pálido enquanto ouvia os batimentos cardíacos que acalmavam o pandemônio de seus pensamentos turbulentos.
— Faz um mês que não bebe uma gota de sangue, as coisas começam a acontecer e sabe muito bem disso. Não se faça de sonso para cima de mim. Eu te conheço desde a porra do dia que você nasceu — devolveu em repreensão.
— Caralho, de novo essa história — chiou, esfregando as têmporas. — Só queria treinar para esquecer que tenho prazo de validade na Sword.
Escutou Asahi respirar fundo, resignado. As emoções dele eram caóticas e sufocantes, quase podia sentir os dedos se fechando ao redor de sua garganta, cortando seu oxigênio. Odiava quando brigavam e como tudo o afetava.
— Descontar tudo em treino não vai mudar nada, sabe disso — disse em tom mais suave. — Você não fala mais com a gente, Ju.
— Não tenho nada para dizer em relação a isso, sabe que eu diria se tivesse — falou, exausto da situação.
— Yeonjun, você atacou um Stelante — Asahi lembrou em tom sério. — Sabe muito bem que isso tem a ver com a falta de sangue, a sede te deixa mais irritado e reativo do que o normal.
— Eu não o conhecia, não tinha como saber se era uma ameaça ou não — devolveu no mesmo tom sério. — Não fale como se eu estivesse fora de controle.
— Você quebrou duas costelas do cara, hyung — Beomgyu disse, cruzando os braços. — Asahi foi chamado para consertar os ossos dele.
— Soobin tinha acabado de ser atacado pelo filho da puta do Yunseo de novo — justificou, irritado. — Não podia deixar nada encostar nele, inclusive o Stelante. E eu fui pessoalmente me desculpar — lembrou, chateado.
