Há duzentos anos atrás, duas das almas mais poderosas do reino mágico foram aniquiladas pela deusa criadora e condenadas a nunca retornarem por representarem uma ameaça ao mundo da magia. Entretanto, no ano de 1999, por um erro de percurso, foram re...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
🪄
Cheonguk. Localização: incerta.
Eun Ae tinha as veias do corpo saltadas e rosadas em tom vibrante, assim como os olhos e a energia suave que pairava ao redor de seu corpo como um escudo. A calça de linho que usava parecia a ponto de explodir com a força que seus poderes o envolvia, como se tentasse protegê-lo. Estava em modo de batalha.
Dae, por outro lado, parecia lívida. O vestido curto de seda esvoaçava pelas coxas e os punhos estavam cerrados.
Mirae se aproximou ao pousar a mão no torso nu de Eun Ae, tentando controlar a situação, mas era impossível. Os dois iriam entrar em batalha por uma conversa que, claramente, não chegaria a lugar nenhum.
— Você é impulsiva demais, está fazendo tudo errado! — ele falou, sentindo como era difícil controlar os próprios poderes para que não destruísse tudo em Cheonguk. — Vai dizimar o plano dos magos por pura vaidade, Dae!
Ao contrário do que esperava, ela apenas riu, negando como se sequer acreditasse no que estava ouvindo.
— Você reencarnou aqueles dois enormes problemas, Eun Ae — falou, coberta de desdém. — Estou tentando consertar o seu erro!
— Não minta dessa maneira — debochou, segurando o pulso de Mirae, mas não a afastou de si. — Está tentando aniquilá-los da mesma maneira que fez no passado, mas não quer o trabalho de descer até o plano dos magos porque sabe que, dessa vez, irei te seguir.
A ameaça congelou os ossos de Dae. Independente de ter sido a primeira deusa a surgir, Eun Ae sempre foi o mais poderoso de todos os quatro. Ela criou o mundo mágico, mas ele era o único capaz de destruí-lo.
— Cuidado com o que diz — proferiu em tom de aviso, mas o deus estava cego de raiva.
— Se não fosse pela sua ganância... — começou e Mirae o segurou no lugar, colocando-se entre ambos ao observá-lo de maneira preocupada.
— A minha ganância?! — Repetiu, incrédula. — Se não fosse pelo seu ego ferido...
— Ganância, sim! — Rebateu. Os olhos avermelhados pareciam em chamas conforme perdia o controle. — Transformou aquele mago medíocre em um favorito para que pudesse usá-lo contra os meus favoritos — jogou os fatos à cara, completamente lívido. — Vai ser o primeiro a morrer nesse caos.
Mirae fechou os olhos, sabendo que ele estava certo por ter lido os fios do destino, mas aquilo só iria piorar a situação.
— Está ameaçando matar o meu favorito? — indagou em tom baixo e acusatório.
— Não é nada pior do que fez comigo — revidou, erguendo o queixo de maneira firme, fazendo-a entender que não abaixaria a guarda.
— Seu ego vai destruir o plano mágico, Eun Ae — acusou, negando em reprovação.