Há duzentos anos atrás, duas das almas mais poderosas do reino mágico foram aniquiladas pela deusa criadora e condenadas a nunca retornarem por representarem uma ameaça ao mundo da magia. Entretanto, no ano de 1999, por um erro de percurso, foram re...
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Uma semana depois. Localização: Sword Academy, Seoul.
O barulho das espadas se colidindo era o que estava tirando a mente de Yeonjun de tudo o que acontecia ao seu redor.
Sabia que não deveria descontar tudo em treino, mas precisava tentar não pensar em Soobin e, principalmente, no fato de não estarem juntos. Chegava a ser dolorido e, por mais que passasse boa parte das aulas ao lado dele, não era a mesma coisa.
No momento, faziam uma pausa para beber água. Yeonjun respondia às mensagens de sua mãe, tentando não deixar tudo o abalar. Ela estava preocupada em como a ligação estava o afetando e não pretendia dizer que estava prestes a arrancar os próprios cabelos.
— Vamos, Ju — Asahi chamou, empunhando a espada envolta pela energia turquesa.
Yeonjun jogou o celular onde o moletom estava e respirou fundo, tentando focar no treino. Asahi ergueu a espada para atacá-lo, mas parou quando o primo ergueu a mão, franzindo o cenho.
O aroma doce e floral invadiu suas narinas, quase como se tivesse afundado o rosto do pescoço de Soobin.
— O que foi? — indagou, observando-o com estranheza.
— Soobin — disse, olhando ao redor, procurando-o.
Ele vinha de encontro a si, caminhando devagar. Carregava um cobertor e um livro, parecendo tão confortável nas roupas quentes que tinha vontade de abraçá-lo.
— Oi — disse, sorrindo. — Se importam se eu ficar por aqui? — perguntou, apontando para a árvore em que o moletom e o celular estavam.
De primeira, não recebeu resposta, temendo que negassem, mas Yeonjun apenas franzia o cenho, como se estivesse o avaliando. Subitamente, largou uma das espadas, fincando-a na grama.
— O que aconteceu? — perguntou, preocupado.
— Nada, só quero ficar onde não tem ninguém para encher o meu saco — admitiu, franzindo o nariz.
— Você está ansioso, sinto daqui — avisou em tom sério, tentando conter o impulso de tocá-lo para que acalmasse o coração acelerado.
— Só acordei com um pressentimento ruim, estou dormindo mal — deu de ombros, voltando a apontar para a árvore. — Posso?
— A vontade — prontamente assentiu.
— Não vou atrapalhar o treino de vocês, prometo — disse, estendendo o cobertor e sentando-se por cima dele, abrindo o livro de bruxaria.
— Chame se precisar de alguma coisa — pediu em tom sério, preocupado.
Os dois continuaram treinando normalmente e Soobin ficou quietinho, apenas lendo o livro sobre feitiços que poderia usar em Geumgo. Não saberia explicar o motivo de querer ficar perto de Yeonjun, mas, no momento, sentia que não tinha lugar melhor para estar.