Há duzentos anos atrás, duas das almas mais poderosas do reino mágico foram aniquiladas pela deusa criadora e condenadas a nunca retornarem por representarem uma ameaça ao mundo da magia. Entretanto, no ano de 1999, por um erro de percurso, foram re...
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Uma semana depois. Sword Academy, localização: Seoul.
Asahi estava deitado na cama de Yeonjun com Beomgyu enquanto o observava lentamente perder a sanidade. Achava divertido como tudo parecia acontecer exatamente o oposto do que planejava. Ele falava sem parar enquanto organizava uma mala de mão para a excursão e absolutamente nada que saía de sua boca soava coerente.
— Você não está fazendo o menor sentido, Yeonjun — falou, dando de ombros enquanto comia um pouco do kimchi que roubou do refeitório. — Preciso que fale com clareza o que está enchendo a sua cabeça.
— Só estou dizendo que... — começou, abandonando as roupas ao bufar. — Talvez eu meio que goste disso tudo.
— Do quê? — Beomgyu questionou, erguendo as sobrancelhas.
— Dessa história toda com o Soobin — admitiu, puxando os fios queimados do sol para longe do rosto.
— Parabéns, hyung. Você é o último a perceber isso — o melhor amigo tirou sarro.
— Espera, vamos por partes — Asahi interveio. — O que sente quando está perto dele? E, sim, sei que é diferente por sentir todas as emoções ao seu redor.
— Não sei explicar, as coisas são diferentes com ele — foi honesto em sua resposta, franzindo o cenho. — Normalmente, consigo separar as emoções dos outros e as minhas. É muito fácil diferenciar quando, por exemplo, os sentimentos da minha mãe interferem em mim...
— Mas com o Soobin... — Beomgyu o incentivou a continuar.
— Não consigo saber exatamente o que vem dele e o que vem de mim — admitiu, coçando a nuca.
— É um sentimento ruim para você? — Asahi indagou, curioso.
— Aí que está o problema — disse, respirando fundo. — Gosto muito disso.
— Você gosta disso ou gosta dele? — o melhor amigo pressionou, semicerrando os olhos.
— Não sei dizer — foi sincero. — Só... Gosto muito de estar perto dele, é uma sensação gostosa de... — interrompeu antes que pudesse terminar. Adorava estar perto de Soobin porque sentia que pertencia ali.
— O que sente quando o toca? Vocês meio que estão se tocando muito ultimamente.
— É estranho, mas no bom sentido — deixou claro. Subitamente, foi tomado pela sensação gostosa de ter suas mãos nele. Quase podia sentir a derme pálida na ponta de seus dígitos. — É pior quando ele me toca — assumiu, gesticulando como se tentasse explicar a situação. — É... Como posso dizer isso?
— Se usar a palavra tesão, vou dar um murro na sua cara — Asahi ameaçou e Beomgyu gargalhou, vendo-o revirar os olhos.
— Não tem nada a ver com isso, seu idiota — xingou, quase irritado. — É... Não sei explicar com exatidão, mas é tão bom que me deixa tonto. Sinto o corpo inteiro arrepiar e formigar exatamente onde ele me toca. É bizarro, nunca tinha sentido nada parecido antes.