「16」Vinho de Sangue

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Mansão do clã Choi.
Localização: Seoul, Coreia.

Soobin já estava vestido e permanecia completamente ansioso. Aceitou o convite por curiosidade e não se arrependia, mas também não sabia o que esperar.

Yeonjun arrumava uma das correntes douradas penduradas no terno escarlate como sua energia enquanto observava o próprio corpo no espelho. Soobin continuou sentado em sua cama, tentando não olhar demais, mas falhando miseravelmente.

— Você está nervoso — constatou, observando-o através do espelho. — Está arrependido? Quer voltar para a Sword?

— Não, de jeito nenhum — assegurou, brincando com a costura da abotoadura prateada em sua camisa.

— Então o que está acontecendo? — indagou em tom suave, abrindo alguns botões da camisa de seda escura.

— Só... Estou pensando em como vai ser.

— Espero que o sacrifício humano não esteja passando pela sua cabeça — proferiu, erguendo uma sobrancelha. — Não tem nada a ver com isso.

— Só não sei o que esperar — deu de ombros. — Me deixa nervoso não saber o que vai acontecer.

— Minha mãe e meu tio vão discutir sobre o futuro do clã enquanto Asahi e eu nos embebedamos de vinho — explicou, abrindo um sorriso ladino. — Não temos sacrifícios, é como uma festa, mas um pouco gótica.

— O nome...

— Vinho de Sangue — assentiu, virando-se para ele. — Sim, é feito de sangue, mas não humano — esclareceu, notando a confusão no rosto alheio.

— Mas... Pensei que... — tentou dizer, coçando a nuca. Não estava compreendendo nada.

— O vinho é feito com o sangue do anfitrião — explicou, passando na beirada da cama ao observá-lo.

Sabia que não conseguiria dormir naqueles lençóis nunca mais. O cheiro intenso de Soobin iria tirar seu sono, mas vê-lo ali era quase demasiado. Gostava demais.

— Espera, você é o anfitrião — lembrou, franzindo o cenho.

— Exatamente — assentiu. — Não é sangue humano, nunca foi — disse, enfiando as mãos nos bolsos para evitar tocá-lo. — O ritual do Vinho de Sangue é sobre vitalidade e imortalidade, por isso é feito com sangue imortal.

— Ah, entendo — proferiu em tom miúdo, engolindo a pergunta que realmente queria fazer.

— Não, Soobin — falou, rindo. — Ninguém vai me atacar ou me morder no meio do ritual. É mais sofisticado, só preciso tirar algumas gotas de sangue da palma da mão com uma das adagas do clã — assegurou, percebendo que o deixou mais tranquilo.

COLLIDE • yeonbinOnde histórias criam vida. Descubra agora