Amor Por Uma Noite |Tom Kaulitz

Lembranças Enganosas

Eu acordo em um borrão, sentindo-me tonta e desorientada. Meu corpo está tenso, e meu coração dispara quando percebo que estou em um carro desconhecido. À minha frente, um motorista está no volante, sua figura envolta em um capuz. Instantaneamente, minha mente vacila, e o nome "Tom Kaulitz" surge, confundindo minhas percepções.

Luto contra a névoa em minha mente, tentando entender o que está acontecendo. Por que estou aqui? Por que esse carro está em alta velocidade, como se estivéssemos fugindo de algo, ou, de alguém? Meus músculos se contraem, meu estômago apertado em um nó de ansiedade e medo.

O carro em que estávamos era sombrio, com pouca luz filtrando pela janela. Fazia muito tempo que não via a luz do dia. O ar está carregado com a tensão palpável, e o rugido do motor parece ecoar minha própria ansiedade. Estou presa em um pesadelo do qual não consigo acordar.

Olho cautelosamente para o retrovisor, meus olhos encontrando os dele. Tom Kaulitz. A primeira onda de pânico me atinge, e minha respiração se torna superficial. Ele me observa, e eu finjo estar adormecida, não querendo revelar que estou acordada.

Quando finalmente me sinto segura o suficiente para abrir os olhos novamente, percebo que estou deitada nos bancos traseiros. O que é isso? Uma pistola Hellcat, calibre 9mm, está posicionada atrás da alavanca de câmbio. Meu coração salta para minha garganta enquanto tento processar a gravidade da situação.

Flashbacks começam a invadir minha mente, fragmentos desconexos de memórias se formando lentamente. Fui apagada, tirada de algum lugar, e agora estou aqui, à mercê de um sequestrador chamando Tom Kaulitz.

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O barulho dos tiros ecoa em meus ouvidos, um som ensurdecedor que corta o ar como um grito de desespero. Os gritos de medo se misturam com o caos, ecoando dentro de mim como um eco incontrolável. Meu coração martela em meu peito, uma batida desenfreada que parece querer fugir do terror ao meu redor.

As memórias são borrões, fragmentos incompletos de uma cena terrível que se desenrola diante de meus olhos turvos. Vejo Tom Kaulitz lutando, sua figura destacada em meio ao caos da violência. Mas com quem ele está lutando? Quem são essas sombras que se movem tão rapidamente?

Então, vejo Tom cair no chão, sua expressão contorcida pela dor. A figura alta que o derrubou se destaca, seus movimentos rápidos e precisos. O sangue dos seguranças jorra, uma cascata vermelha que parece pintar o chão ao meu redor.

Tom parece lutar contra a dor, mas é em vão. Um soco o atinge onde ele já foi baleado, e percebo que a pessoa sabe exatamente onde feri-lo. Uma sensação de impotência toma conta de mim, um desejo ardente de intervir e proteger aqueles que estão sendo feridos. Mas estou imóvel, presa em meu próprio pesadelo, incapaz de fazer qualquer coisa além de assistir horrorizada.

A figura alta, que agora pega a arma que caiu no chão, volta-se em minha direção. Meu coração salta para minha garganta quando seus olhos encontram os meus. É... é Tom? Não pode ser. Tom está caído no chão, ferido e indefeso. Então quem... quem é essa figura que se ergue diante de mim?

Bill. O nome ecoa em minha mente, uma revelação chocante que corta através da confusão. Meu cérebro se recusa a processar a verdade, lutando contra a ideia de que o irmão gêmeo de Tom é o responsável por todo esse horror.

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O carro faz uma curva brusca em alta velocidade, sacudindo meu corpo com força. Minha cabeça gira, e as lembranças se dissipam como fumaça, deixando-me atordoada e confusa mais uma vez. A névoa do esquecimento envolve minha mente, obscurecendo as imagens do passado enquanto o presente turbulento exige toda minha atenção.