Perseguidor

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Ponto de vista do Tom

Megan Courtney era seu nome completo.
Megan: um nome da variação inglesa. Podendo ser sem origem, mas com significados diferentes em vários lugares.
Courtney: sobrenome de origem francesa.
Seu tipo sanguíneo sendo AB+ Ela morava em um apartamento não tão distante da boate em que trabalhava.

Eu estava na mesma boate de sempre, enquanto as dançarinas dançavam em uníssono, não pude deixar de me distrair com a ausência de Megan. Havia algo na maneira como ela dançava que era tão hipnótico e atraente. Algo que as outras não tinham, a intensidade e emoção que transparecia do corpo de Megan enquanto ela estava no pole.
Não era apenas a fluidez de seus movimentos, mas do jeito que ela parecia exalar um certo magnetismo e carisma. A pista parecia vazia sem ela.
Eu estava lá por sua causa, esperando pelo seu aparecimento, mas a mesma não se encontrava ali.
Eu não pude deixar de me perguntar onde ela estava. Talvez ela estivesse tirando a noite de folga, ou talvez chegasse um pouco tarde.
Bom, eu ainda não sei, mas sei que não é pelo intrometido do amigo dela. Afinal, Harry está morto, e o seu cadáver não está mais no centro de sua sala, até porque, Bill havia limpado a bagunça.
Megan não estava lá no momento, pois se trancou no banheiro, como se uma porta fosse me impedir. Então ela ainda não conheceu o meu irmão. Talvez ela não queira conhecer, talvez, só de pensar que existe duas pessoas como eu, deve fritar os neurônios dela.

Eu não queria o seu mal, de jeito nenhum, pelo ao contrário, eu queria protegê-la. E ver aquele babaca correndo em direção aos seus braços, depositando um beijo nos lábios dela, que a partir em diante seria meu. Uh, aquilo fez embrulhar meu estômago.
Eu não tinha opção, a situação me levou a isso. Era a única forma de protegê-la, e não podia deixá-la se levar ao calor da emoção. Apesar da ação ser questionável, eu estava determinado a realizá-la.
Certamente ela ainda não era minha. Mas eu sabia, por algum motivo, eu sentia que ela iria aceitar a minha proposta.

Megan apareceu, finalmente apareceu, sua áurea era cercada por luz e sedução. O clube se iluminava com a sua presença, cheia de cores vivas, mas ela parecia deslocada, como se nada aquilo tivesse qualquer significado. Era um pequeno ilhéu de calma em meio ao caos, tentando não deixar sua dor aparecer.
Sinceramente me preocupei com a sua situação, ela não poderia estar assim por causa de um idiota como aquele, poderia?

Ela iria dançar, e vê-la dançar era tudo que eu precisava naquele momento.
A maneira como Megan entra no palco, era magnífica.
Ela faz um movimento lento e sensual, como se estivesse dançando sozinha. Ela anda com as pernas um pouco abertas e balança suas cinturas e ombros, mostrando sua sensualidade. A sua postura tem confiança, mas também tem um fundo de vulnerabilidade.
O jeito que ela se move, fez os homens da boate começarem a reparar nela.
Me senti furioso com aqueles homens, com as pessoas da boate, e até com ela, por ter se colocado nessa situação.
Eu poderia matá-los, mas eu não posso fazer isso, pelo menos não ali. Fiquei aborrecido, mas, mais do que tudo, senti que a situação está fugindo do meu controle, que não posso fazer nada a respeito.

Ela consegue sentir a atenção aumentando, e isso começa a fazer com que eu fique desconfortável. Ela tenta afastar a atenção deles, mas não consegue.
A única coisa que pude pensar e fazer, foi subir em cima do palco e ir em sua direção, puxando-a pelo seu punho para fora dali.

"Me solte!" A mente de Megan parece não conseguir lidar com o que está acontecendo. Tudo parece tão rápido, os pensamentos vão e voltam, de um lado para o outro. "Você enlouqueceu?"

"Enlouqueci!" O nó do meu dedo estava branco de tanta pressão que eu colocava sobre o seu braço "Você me enlouqueceu!" A retirei daquele lugar, indo para os fundos.

"O que está fazendo?" Megan ficou tentando se manter calma, mas começou a sentir que precisava se esconder, se afastar, fugir. Pude perceber isso em seu olhar.
Então, ao mesmo tempo que ela se mostra sensual com as suas roupas, ela também procura uma escapatória, um lugar onde ela possa sentir-se segura.

"Estou pegando o que é meu!" Falei parecendo estar em choque, absolutamente atordoado com os olhares sobre Megan. Não tenho a certeza do que está acontecendo, mas sinto como se estivesse perdendo o controle da situação. A raiva começando a crescer, junto ao um medo da reação de Megan se eu reagisse errado. "Eu só quero a sua resposta, por favor, me de uma resposta" Eu não sei o que eu seria capaz se ela me falasse não.

Ela ficou parada por um momento, como se tivesse ficado paralisada. O tempo parece estar parado, o mundo parece ter esvaziado, e ela aparentava não saber o que fazer. Depois, seu corpo demonstrou que não conseguia ficar parada ali, olhando para mim. Ela começou a sentir uma necessidade de correr, de sair da boate e nunca mais voltar.

Megan começou a correr em direção ao vestíbulo, avançando rapidamente, mas tentando fazer parecer que está tudo bem. Ela não quer que ninguém perceba o que está acontecendo. Ela não quer que ninguém veja o quão abalada ela está, não quer parecer fraca. Mesmo assim, sente que está cada vez mais impotente, a cada passo.
Enquanto avançava, suas pernas tremiam, uma sensação de fraqueza invadindo-a. A cada passo, a sensação de impotência cresce dentro dela. Ela começa a tremer e a sentir como se todos os seus braços estivessem paralisados. Seu coração acelera e suas pernas parecem pesadas, como se ela estivesse em um pesadelo.

Megan aperta os braços contra o corpo, como se fosse isso que pudesse ajudar a acalmar o terror e a sensação de fraqueza. O vestíbulo começa a parecer cada vez mais distante, como se estivesse afastando-se a cada passo.
A perna esquerda já está tão tencionada que está difícil de controlar, e seu coração está acelerado, como se fosse um tambor batendo dentro dela. Agora, ela sente como se as paredes estivessem inclinadas e o chão não está mais plano.
Megan tenta acalmar a respiração, sente a dificuldade de respirar, sente que o mundo está caindo ao seu redor.

Eu a perseguia, como se a minha vida dependesse disso, dependesse dela.
Consegui alcançá-la, segurando em seu ombro, empurrando-a contra a parede.
Minha respiração era ofegante por ter me esforçado e corrido atrás dela.
Ela apertava o seu pulso, esperando que isso a faça parar de tremer, mas não consegue. Ela sente a cabeça pesada, como se não conseguisse segurá-la direito. Eu via o pânico em seu olhar. Eu não queria aquilo. Me afastei da mesma tirando as minhas mãos de seu corpo. No que eu estava me tornando? Eu era um perseguidor.

Amor Por Uma Noite |Tom KaulitzOnde histórias criam vida. Descubra agora