Sorriso que Vale + de mil Palavras

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Depois do ocorrido, evitei Tom pelo resto dos meus dias. Bill começou a me observar, provavelmente por ordem de Tom. Eu não dançava na boate há dias, me sentia apenas uma peça de xadrez ou de um quebra-cabeça.

"Megan", ouvi uma voz familiar vindo de trás da porta do quarto onde eu estava. Abri a porta lentamente e vi que era Aylla.

"Quanta ousadia vir até aqui, não acha?", falei, enquanto tentava fechar a porta, que só não se fechou por completo porque ela a impediu.

"Sinto muito", foram as únicas palavras que saíram de seus lábios.

"Sentir muito não vale de nada agora", disse, tentando fechar a porta novamente.

"Eu sei que você não gosta mais de mim, mas eu não vim aqui por isso. Tom está te chamando!", Aylla me disse, e eu mantive a porta aberta quando ela se pronunciou. O que ele iria querer comigo depois de tantos dias?

Um turbilhão de pensamentos passou pela minha mente. Será que era uma armadilha? Tom poderia estar planejando alguma vingança ou mais tormento. Por outro lado, não ligava mais para suas exigências e a única coisa que eu iria exigir é que me deixasse em paz de uma vez por todas.

Respirei fundo, já tomando consciência para o que me aguarda. Eu não podia continuar ignorado minha realidade para sempre, precisava confrontar meus medos e tomar o controle da minha própria vida. Decidi aceitar o convite.

"Preciso que você me acompanhe", disse Aylla, cautelosamente. Eu a segui pelo corredor da boate e me perguntei o que me aguardava do outro lado.

Ao chegarmos em frente a uma porta preta e lisa, Aylla me deixou por lá. "Boa sorte", disse a mesma antes de me deixar só.

Bati na porta, esperando por uma resposta, mas não obtive nenhuma. Na segunda tentativa, a porta se abriu sozinha e lentamente. Ignorei esse fato e entrei.

A luz da sala ao fundo do estabelecimento estava baixa. Ao lado esquerdo, havia uma adega, e lá estava Tom, segurando uma taça de champanhe. Ele sorriu de forma sarcástica ao me ver, mostrando que ainda tinha interesse sobre mim.

"Finalmente decidiu aparecer", ele disse, com um tom de superioridade. "Senti saudades"

Um misto de raiva e curiosidade se apoderou de mim quando me deparei com aquele homem, cujo nome eu preferia esquecer. Ele sabia como me provocar, como acender a chama da minha indignação. "O que você quer?"Eu não devo nada a você!", eu falei, tentando demonstrar desinteresse e ignorar as ameaças implícitas em suas palavras.

Ele sorriu de forma sádica e sinistra. "Ah, mas você me deve muitas coisas, Megan. Coisas que podem acabar com a sua vida se eu decidir revelá-las. A menos que você faça o que eu mandar, é claro", ele respondeu, mantendo um olhar ameaçador fixo em mim.

Meus pensamentos correram a mil por hora. Eu sabia o que aquele homem era capaz de fazer para me manter sob controle. Ele não hesitaria em me incriminar por algo que ele mesmo tivesse feito se isso lhe conviesse de alguma forma.

Com relutância, dei um passo em sua direção e peguei a taça de champanhe que ele me oferecia, pensando em uma forma de me manter um pouco mais protegida em meio a todo esse jogo perigoso.

"Vamos direto ao ponto", eu disse, decidida a entender o que ele queria e, se possível, acabar logo com tudo isso.

"Você quer que eu vá direto ao ponto? Certo, eu irei!" Ele virou sua taça de champanhe em um gole só e se aproximou de mim. Por impulso, me afastei, sentindo meu coração acelerado em meu peito.

"Estou frustrado, e é sexualmente" ele disse, sua voz carregada de desejo. Sua proximidade fez meu coração pulsar ainda mais rápido, e eu podia sentir sua respiração ofegante.

Ele aproximou sua boca do meu ouvido e um calafrio percorreu minha espinha quando seu piercing metálico gelado tocou minha pele quente. "Deixe-me deixar você gaguejando, gemendo e desajeitada com minhas palavras," ele sussurrou, seu hálito quente enviando arrepios pelo meu corpo. Me sentou em uma banqueta na adega.

"Tom..." Minha mente estava a mil, tentando assimilar todas as palavras que ele estava dizendo.

"Shh, não podemos voltar atrás nesta tragédia e recomeçar." Sua voz soou intensa e cheia de emoção.

Tom era perigosamente atraente e a tensão que existia entre nós era quase palpável. Eu sabia que, se não me afastasse, poderia me perder completamente.

Mas a atração era irresistível.

Ele sorriu, um sorriso que enviou arrepios pela minha pele. "Por uma noite, esqueça quem eu sou. Vamos embarcar nessa tragédia juntos e ver onde isso nos leva."

Eu sabia que estava arriscando, mas algo dentro de mim me dizia que valeria a pena. Aceitei sua proposta desabotuando sua calça com um olhar decidido, pronta para mergulhar no perigo.

Levantei os olhos para encontrar o olhar intenso de Tom. Nossos olhos se conectaram em um instante de cumplicidade. Antes que eu pudesse dizer qualquer coisa, ele avançou um passo e, com uma mão firme, segurou meu cabelo no alto, usando-o como uma alça imaginária para guiar o meu movimento. Seu toque firme em meu cabelo me causava arrepios. Seus grunhidos eram satisfatórios, e excitante o suficiente para me deixar com tesão.

Sentindo seu controle sobre mim, comecei a mover minha língua em movimentos circulares, lentamente, explorando cada centímetro de sua cabeça. Naquela dança íntima, cada lambida estava impregnada de desejo. Eu podia sentir a tensão dos nossos corpos aumentando a cada movimento, enquanto suas mãos se apertavam pouco a pouco.

Um sussurro escapou de seus lábios, ecoando no ar carregado de tensão. "Você gosta disso?", ele perguntou, sua voz rouca e sensual. Sua pergunta só aumentou a intensidade do momento, sabendo que eu tinha o poder de levá-lo ao êxtase.

Tom agarrou o meu cabelo com mais força, e forçou a minha cabeça em direção ao seu umbigo com mais rapidez. Seus gemidos eram abafados pela camiseta que ele colocou em sua boca. Com cada volta de minha língua, eu intensificava o ritmo, trabalhando suas emoções junto com meus movimentos.

O prazer era palpável, espalhando-se por todo o seu ser. O orgasmo que ele sentia estava cada vez mais forte que suas pernas estremeciam levemente. Ele se apoiou no aro que mantia as taças, fazendo elas balançarem. Nossas respirações se misturavam, quase perdidas naquele momento.

À medida que a intensidade aumentava, a pressão em suas mãos e a resistência em meu cabelo se tornavam evidentes. Meus olhos lacrimejava. Sabíamos que estávamos perto do limite. Com um gemido abafado, ele soltou meu cabelo e nossos corpos se aproximaram ainda mais, como um ímã irresistível.

Ainda ofegantes, nossos olhos se encontraram novamente, agora com o seu gozo escorrendo pela minha boca.

Cheios de satisfação e gratificação mútua.

Ele levantou o meu queixo, fazendo-me olhar diretamente para o fundo dos seus olhos. Com o polegar, secou a minha lágrima que escorria. "Boa garota", ele disse, ofegante.

O silêncio foi quebrado por um sorriso compartilhado, falando mais do que qualquer palavra poderia expressar. Um sorriso que vale mais de mil palavras.

Amor Por Uma Noite |Tom KaulitzOnde histórias criam vida. Descubra agora