Algemas Soltas, Pulsos Livres

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"Você..."Minha expressão era perplexa, estava franzindo a testa, abrindo os olhos, e até tentando ler os lábios de Tom e os seus gestos, buscando compreender o próximo passo ou o significado por trás da mensagem transmitida. Eu provavelmente fiquei observando fixamente ele, com um ar desorientado, tentando acompanhar o seu raciocínio. "Você quer refazer o dia da grade?" Tentei o compreender. Era isso que ele queria?

"Oh, não minha querida. Você me entendeu, mas entendeu errado!" Se eu o entendi errado, o que ele queria? "Eu quero fazer exatamente o que aconteceu naquele dia, mas, dessa vez, quem irá na cadeira será você!" Ele estava falando sério?

"Deixo vê se eu entendi" Não pude deixar de soltar uma risada. As palavras não se encaixavam na frase. O cliente dançando e a dançarina com o papel do cliente? "Você que irá dançar para mim?"

"Olha, seu QI é maior do que eu pensava" Ele zombou de mim "Vamos, sente-se" Tom ordenou. Eu não sabia onde estava. Aylla provavelmente se encontrava ao lado de Bill. Tom me arrastou para este quarto que obviamente era de prostituição. Isso era óbvio pelo fato de ter brinquedos de sadomasoquismo na cômoda, como chicotes, algemas, vendas e vibradores. Não tive muita escolha além de aceitar a minha situação e obedecê-lo.

Ele me prendeu contra a cadeira, e logo se pôs a pendurar na barra.
A cadeira estava tão próxima do pole, que qualquer movimento que ele faria seria em cima de mim, o que me preocupava.

Seu corpo deslizava sobre a barra de aço.
Ele subiu no topo mais alto e se segurou com a perna. Com as suas pernas entrelaçadas e seus braços livres, Tom puxou a sua camisa de manga longa para o alto, deixando em amostra a sua pele.
Seus braços eram tão grandes, o seu abdômen era tão definido, e a sua entrada em V era tão marcada que nem se falava. Minha mente se pegou confusa com os meus pensamentos, mas os meus pensamentos tinham certeza de uma coisa, que Tom me excitava.

A situação era peculiar, mas não deixava de ser engraçada. Um riso pulou dos meus lábios. Como aquilo estava acontecendo? A risada ecoou baixo, mas Tom ouviu.

Os movimentos focados em algo sensual, ele fluía ao redor do poste.
Uma combinação de força, flexibilidade e paixão.
O meu coração bate mais rápido toda vez que ele se move, meus pensamentos são dominados pela imagem de seu corpo. Eu anseio tocá-lo, mas estou presa, um desejo intenso de explorar cada detalhe e descobrir novas dimensões de seu corpo crescia cada vez mais.

Minha respiração ficou pesada enquanto observava Tom se movimentando com habilidade na barra de aço, seus músculos tensos e definidos. Meus olhos percorreram cada detalhe do corpo dele, admirando a beleza física que o deixava ainda mais atraente. Senti meu coração acelerar e um arrepio percorrer minha espinha quando ele olhou diretamente para mim malicioso, balançando o seu piercing com a língua.

"Droga de período fértil" Sussurei o mais baixo que eu pude. Espero do fundo do meu coração que ele não tenha ouvido. Esse período acabava comigo, fazia me humilhar até para quem eu odeio.

Me senti envergonhada por ter sido pega admirando Tom, mas ao mesmo tempo não conseguia resistir à atração que ele exercia sobre mim. Enquanto ele continuava a se movimentar com graça e habilidade na barra de aço, me vi desejando estar próxima dele, sentindo seu calor e sua força por dentro de mim. Tom desceu bruscamente da barra parando entre as minhas pernas. Certamente aquilo foi o ponto final.
Ele se aproximou de mim, seus olhos fixos nos meus enquanto Tom se aproximava cada vez mais. Eu senti minha respiração falhar quando ele finalmente parou bem na minha frente, tão perto que eu podia sentir o calor do corpo dele contra o meu.

"Eu te odeio" Por algum motivo, essas palavras pularam da minha boca. Não era exatamente o que eu queria dizer, mas foi o que acabou saindo. Eu estava tão excitada, e jamais poderia ter o toque de alguém como ele, então era por isso que eu o odiava.

"Vamos, eu tenho certeza que você gostou!" Ele abaixou o seu olhar para o meu seio. Abaixei o meu olhar junto com o dele e parei em meus peitos que estavam com o bico duro como uma pedra. Os faróis estavam acesos

"Porra!" Por que agora? Nada disso era para estar acontecendo. Não consegui me esconder daquele vexame e muito menos tampar os meus seios. Então Tom aproveitou o momento da minha vulnerabilidade para ficar me olhando.

"Belos seios!" Ele disse. Ele realmente estava falando sério? Sinceramente naquele momento eu queria sumir "Será que eu quero te desprender?" Ele se auto perguntou enquanto se retirava de cima de mim. Cada momento que passava, mais eu desejava não existir.

"Você me enoja" Vê ele se aproveitando daquele momento me dava uma certa ânsia.

"Enojo é? Saiba que eu só não estou satisfazendo os seus desejos porque você deixou isso bem claro no nosso acordo" Ele falou enquanto se apoiava no pole á minha frente. Suas palavras não me surpreenderam tanto, por mais que seja pura barbaridade

"E se não tivéssemos acordo?" O questionei e logo me arrependi, sentindo um calafrio percorrer minha espinha. Pareceu que eu queria o que ele estava propondo. Mas eu sabia que precisava confrontá-lo.

Ele deu um sorriso malicioso e se aproximou ainda mais, sussurrando em meu ouvido: "Se não tivéssemos acordo, você não poderia nem imaginar o que eu faria com você, faria questão de te mostrar todas as formas de prazer e dor que você nunca imaginou existir."

Minhas pernas tremiam, mas eu não podia deixar transparecer meu ponto fraco, afinal, eu era virgem. Com coragem, respondi: "Você não tem poder sobre mim." Menti descaradamente.

Ele pareceu surpreso com minha resposta e seu sorriso se desfez um pouco. "Veremos..." murmurou, antes de se afastar lentamente.

Eu sabia que aquela batalha estava apenas começando, mas eu estava determinada a não ser dominada por suas ameaças.

"Você me pertence, e tem sorte que eu respeito o que é meu. Então eu respeito certas escolhas suas" Paralisei com as suas palavras. Minhas pupilas estavam dilatadas e eu não conseguia falar. "Algemas soltas, pulsos livres" Ele sussurrou em meu ouvido quando se inclinou para me soltar.

Droga de período fértil!

Com o coração acelerado, eu me afastei de Tom assim que ele me soltou das algemas. Ainda estava com medo do que poderia acontecer se eu ficasse muito perto dele. No entanto, ele parecia estar agindo diferente, como se estivesse sendo gentil comigo.

"Eu só quero que você seja feliz aqui" Ele disse enquanto me oferecia sua mão para me levantar da cadeira.

Hesitante, segurei sua mão e me levantei. Não sabia se podia confiar nele, mas algo em suas palavras me fez querer acreditar que ele não era tão mau quanto parecia.

"Obrigada" respondi, ainda sentindo a adrenalina correndo pelo meu corpo.

Tom sorriu e saiu do quarto, me deixando sozinha. Sabia que teria que continuar dançando para ele, mas agora iria pensar duas vezes antes de aceitar qualquer proposta de Tom ou qualquer outro cliente. A dança era minha paixão, mas não era tudo o que eu era.

Amor Por Uma Noite |Tom KaulitzOnde histórias criam vida. Descubra agora