Hidan

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 Já estava caminhando há algum tempo pela floresta escura e abafada, próxima ao antigo templo de Jashin. Eu rastreava Hidan há dias, interessada em seus poderes de imortalidade, determinada a descobrir como isso poderia ser aproveitado para o desenvolvimento da minha habilidade de manipulação da dor.

Quando finalmente o encontro, ele está no meio de um ritual, coberto de sangue e rindo, completamente imerso na sua devoção. Eu observo à distância até que ele percebe minha presença e, sem se virar, fala num tom casual:

— Veio me adorar ou só quer ver o espetáculo de perto?

Sorrio sarcasticamente, saindo das sombras.

— Ouvi falar muito sobre você, Hidan... Imortal, devoto de uma religião bizarra. Estou curiosa. Quanto da sua imortalidade aguenta testes de verdade? — desafio, observando sua reação.

Ele se vira lentamente, lambendo o sangue da lâmina da foice, os olhos brilhando de excitação.

— Ah, então você também gosta de brincar com a dor, não é? Quer descobrir até onde pode me levar? — Ele se aproxima como um predador.

Aproximo-me também, os olhos estreitos.

— Posso causar dor de um jeito que você nunca imaginou. — Passo os dedos pelos contornos ensanguentados da foice. — Mas você parece o tipo que aprecia isso.

Hidan solta uma gargalhada sombria, seu sorriso distorcido enquanto segura meu pulso com força, aproximando-me ainda mais.

— Você não faz ideia de como eu gosto. Mas isso... — Ele me puxa para mais perto, nossos rostos quase se tocando. — Não é dor pra mim, é puro prazer. E se quer brincar, vai ter que se comprometer até o fim.

A lâmina da foice, ainda coberta de sangue, desliza suavemente pelo meu rosto, provocando arrepios. A mistura de perigo e o magnetismo de Hidan faz meu corpo reagir instintivamente, meus olhos seguindo o caminho do metal frio sobre minha pele. Ele sorri, o tom zombeteiro, mas com uma seriedade quase sedutora.

— Corajosa, se aproximando assim. Eu adoro quebrar quem acha que pode me desafiar. — Seus dedos apertam meu pulso, demonstrando sua força.

Mantenho meu olhar firme no dele, sem recuar. Seus olhos brilham com fascínio e desafio.

— Quebrar? — rio suavemente, com ironia. — Eu não vim aqui para ser quebrada, Hidan. Eu vim para testar você. — Minha mão livre desliza sobre uma cicatriz quase apagada em seu peito. — Você é meu experimento agora.

Ele inclina a cabeça, o sorriso provocante.

— Ah, isso eu quero ver. Mas lembre-se, se entrar nesse jogo comigo, não tem volta. — Ele aproxima o rosto ainda mais, sussurrando perto dos meus lábios como uma promessa perigosa.

Sorrio de canto, meus olhos acesos em provocação. Flexiono os dedos, liberando uma leve carga de chakra medicinal que provoca uma dor aguda onde toca a pele dele.

— Dói? — pergunto, a voz baixa, carregada de intenção. — Ou está gostando?

Hidan solta um riso áspero, seus olhos escurecendo de excitação.

— Dói do jeito que eu gosto... Tente mais. — Ele solta meu pulso, agarrando minha cintura e puxando-me para mais perto. — Você tem ideia do que posso te fazer sentir?

Sinto o aperto firme na minha cintura, o calor de seu corpo próximo ao meu. Por mais que controlasse a dor dos outros, Hidan era impenetrável nesse aspecto. Ele se alimentava daquilo.

— Talvez seja você quem subestima o que eu posso fazer... — provoco, colocando a mão em seu peito, sentindo seu coração batendo lentamente, como se estivesse em repouso, apesar da tensão entre nós. Libero uma corrente de chakra, distorcendo a sensação de dor, criando uma mistura desconcertante de prazer e agonia.

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⏰ Última atualização: Oct 21 ⏰

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