Circles • meanie

Prólogo: Entre curiosidade e confusão

Olá~

Eu sei que eu disse lá no site verdinho que estava sem inspiração pra cá, mas foi uma surpresa até para mim essa fanfic ter fluido, honestamente dizendo. Eu espero que gostem, não sei se vai ser muito longa como as minhas outras, mas vamos ver no que vai dar, certo?

• Capa por xunlupoem, tô cry cry até agora por ela 😭☝🏼

• História baseada na música 'Circles', do Post Malone, pode abordar alguns temas sensíveis, mas os avisos estarão presentes quando isso acontecer~

Boa leitura a todes e espero que sintam vontade de acompanhar ♡

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A cafeteria Coffee's and Flower's, mesmo não tendo lá um nome tão criativo quanto a ideia apresentada, era um local pequeno e interessante de Dongan-gu.

Formado pela família Kim, cujo sobrenome já era bem conhecido pela população local justamente por aquele grande feito, o estabelecimento continha, além de diversos tipos de café, uma floricultura embutida com belas flores para se apreciar e comprar; algo totalmente inteligente se fosse parar para pensar no quão bem a natureza faz ao ser humano, assim como também era bonito a vista e chamava muita atenção de pessoas curiosas ao lado de fora.

Bom, Jeon Wonwoo não era lá um grande amante de flores, mas foi consumido pela curiosidade de visitar o local após ouvir seus amigos falando sobre ele assim que se enturmou com sua turma da faculdade.

Recém chegado a Dongan-gu para fazer seu curso de fotografia, o alfa lúpus com cheirinho de chuva estava a quase um ano naquele lugar, recomeçou sua vida do zero com ajuda dos pais e teve que furar diversas das suas próprias bolhas para sobreviver naquela realidade alternativa chamada 'vida acadêmica'; obrigado a ser mais sociável com as pessoas ao seu redor, ele se viu sendo acolhido por seus atuais amigos extrovertidos e até gostou de notar que o sacrifício valeu a pena. Afinal, ele nunca tinha se sentido tão envolto a pessoas — além da sua família, qual tinha um relacionamento maravilhoso — como agora, e isso o ajudou a evoluir socialmente e descobrir coisas novas, como aquele lugar que costumava tirar todo o estresse lendo livros, bebendo cappuccino de chocolate e sendo agraciado pela visão das flores.

Estas não sendo as únicas coisas que chamariam sua atenção enquanto esteve ali pela primeira vez, e diversas outras após isso.

Assim que pisou naquele estabelecimento mágico acompanhado de seus amigos Kwon Soonyoung e Lee Jihoon em um dia levemente chuvoso pós-aulas, a fim de jogar conversa fora enquanto comiam bolinhos em formato de gatinho e riam das falas totalmente aleatórias do mais velho — e tigre — do trio, seus olhos caíram em uma figura curiosa que servia os pedidos por ali em um breve momento de apreciação ao local; ele se lembrava exatamente como o outro homem estava aquele dia, com um pequeno avental branco, calças escuras e moletom acinzentado que dava um contraste bonito a sua pele bronzeada, e reconhecê-lo o intrigou.

Era Kim Mingyu, também aluno de fotografia e, inclusive, frequentava a sua sala.

A forma como ele descobriu sobre a existência do homem alto fora no mínimo curiosa, lembrava-se bem de estar vivendo um dos seus momentos de tédio durante a última aula na primeira semana que se encontrava ali, apreciando e observando pessoas aleatórias para suprir aquele pico de hiperatividade que o atingiu com força, quando o encontrou na cadeira do meio ao lado da parede da sala; ele não costumava manter sua atenção em alguém naqueles momentos para não parecer esquisito, mas fora praticamente impossível daquela vez, afinal, acreditava que depois de Junhui — outro amigo que fez pelo caminho — aquele homem era um dos mais bonitos que já havia visto em toda a sua vida. Amaldiçoando-se quando fora notado e recebeu um olhar indiferente daquele ser quando estava claramente o elogiando... mesmo que fosse mentalmente e este não soubesse.

— Não liga não, o Mingyu é assim mesmo — Jihoon, que estava sentado próximo a ele naquele dia em questão, riu da cara de tacho de Wonwoo — Ele não gosta de alfas

Ele não gosta de alfas.

Ele não gosta de alfas.

Ele não gosta de alfas.

Aquilo martelou tanto na cabeça do lúpus que fora claro a sua confusão por dias, e mesmo sabendo daquela informação tão surpreendente, ele ainda parecia destinado a estar nos caminhos de Mingyu quando tomou o lugar que ele trabalhava como seu ponto de desestresse da rotina — mesmo que fosse sem querer, também não tinha sido avisado, de qualquer forma — e vira e mexe esbarrava com ele e seus amigos pelo corredor, todos ômegas, o que já explicava muita coisa mesmo que quisesse saber mais.

Eles nunca haviam trocado uma só palavra em quase um ano de curso e encontros acidentais, feito dupla em algum trabalho ou simplesmente já ficado lado a lado em certo momento dentro ou fora do campus; como se uma barreira invisível criada pelo próprio Kim ao seu redor o deixasse intocável de alguma forma.

E não haveria problema nenhum... se Wonwoo não estivesse tão curioso em descobrir mais sobre aquele ômega.

Principalmente quando este tinha o seu cheiro favorito: café com chocolate.