7

506 76 38
                                    

Pov Narrador

O dia transcorria tranquilamente nos corredores do castelo, com os preparativos para a festa de aniversário de Freen em pleno andamento. Enquanto os criados corriam de um lado para o outro, garantindo que cada detalhe estivesse impecável, uma tensão pairava no ar, uma tensão que anunciava a iminência de algo significativo.

Nop finalmente encontrou o momento para falar a sós com Freen. A princesa concordou em segui-lo para seus aposentos, sentindo-se uma mistura de expectativa e apreensão. Enquanto adentravam os suntuosos cômodos reservados à princesa, uma sensação de inquietação começou a se insinuar em sua mente, um prenúncio de que algo estava prestes a acontecer.

Nop começou a falar, suas palavras carregadas de insinuações sugestivas e olhares intensos. Freen sentiu-se desconfortável sob seu olhar penetrante, compreendendo as verdadeiras intenções que se escondiam por trás das palavras do homem que em breve seria seu marido.

Antes que ela pudesse processar completamente a situação, um ruído inesperado ecoou nos corredores próximos. Era Rebecca, passando pelo corredor naquele momento exato. Os gemidos e gritos de Freen, que escaparam de seus lábios em um momento de agonia e alarme, ecoaram pelo corredor, ecoando como um sinal de perigo iminente.

Sem hesitar, Rebecca irrompeu nos aposentos, agindo com uma velocidade e determinação surpreendentes para salvar Freen de qualquer ameaça iminente. A rápida intervenção da jovem princesa, embora causada pelo susto do momento, revelou-se crucial para a segurança de Freen.

No entanto, Nop, tomado pelo choque e pela frustração de ver seus planos frustrados, não hesitou em expressar sua raiva. Em um gesto de impulso irracional, ele rasgou o vestido de Freen, deixando-a quase desprotegida diante dele.

A surpresa e a dor se estampavam no rosto de Nop enquanto ele tentava se defender dos ataques de Rebecca, mas seus esforços eram em vão diante da fúria implacável da princesa. Cada golpe era um grito silencioso de protesto contra as ações do homem que ousara ameaçar a segurança de Freen.

A cena era caótica, com os destroços do vestido de Freen espalhados pelo chão e os sons abafados de seus gemidos de dor e surpresa. No entanto, em meio ao caos, um momento de surpresa ocorreu quando Freen, entre lágrimas e soluços, interveio.

"Amorrr, para, não faz isso", ela murmurou, sua voz trêmula e carregada de emoção.

O eco das palavras de Freen reverberou pelo quarto, enchendo-o com uma estranha sensação de perplexidade e incerteza. Por que Freen havia chamado Rebecca de "amorrr" em um momento como este, quando ela estava lutando para protegê-la de um perigo iminente?

A resposta para essa pergunta permanecia envolta em mistério, enquanto o silêncio pairava no ar, quebrado apenas pelo som suave do choro de Freen e pela respiração ofegante de Rebecca. E no coração daquele silêncio, pairava uma tensão palpável, carregada de perguntas não respondidas e emoções não resolvidas.

Pov Rebecca

Enquanto eu mantinha Freen protegida em meus braços, senti uma onda de alívio ao vê-la segura e fora de perigo. No entanto, essa sensação foi rapidamente substituída pela perplexidade quando Freen começou a falar comigo de maneira ríspida e desrespeitosa, como se eu fosse a culpada por toda a situação.

_Freen, o que está acontecendo? Por que está me tratando assim?, perguntei, confusa e magoada com sua mudança repentina de comportamento. Tentei compreender o que poderia ter desencadeado essa reação, mas minhas perguntas foram recebidas com um olhar frio e distante.

_Acha que eu sou idiota, Rebecca? Acha que não percebi suas intenções desde o início? Você só está aqui para causar problemas e atrapalhar minha vida, respondeu ela, suas palavras cortantes como lâminas afiadas.

Meu coração se contraiu diante da ferocidade de suas acusações. Eu não entendia como ela podia pensar tão mal de mim, especialmente depois de tudo o que acabáramos de passar juntas. Tentando manter a calma, respirei fundo antes de responder.

_Freen, eu não sei o que você está pensando, mas eu nunca faria algo para te machucar. Estou aqui para te proteger, sempre estive, murmurei, buscando o olhar dela em busca de qualquer sinal de compreensão.

No entanto, tudo o que encontrei foi um vazio frio e distante, uma barreira impenetrável entre nós. Freen parecia estar em outro lugar, perdida em suas próprias dúvidas e suspeitas, e não havia nada que eu pudesse fazer para trazê-la de volta.

Com um nó apertado na garganta e uma sensação de frustração ardendo em meu peito, me afastei de Freen sem dizer mais uma palavra. Cada passo que eu dava era um esforço para conter a raiva que borbulhava dentro de mim, mas eu sabia que não seria produtivo entrar em uma discussão naquele momento.

Ao sair do quarto, senti um misto de alívio e pesar. Por um lado, estava grata por ter conseguido proteger Freen da ameaça imediata, mas por outro, doía ver como nossa relação tinha se deteriorado tão rapidamente. Eu sabia que não podia culpar apenas Freen por suas palavras ásperas; havia algo mais profundo acontecendo ali, algo que eu não entendia completamente.

Com um suspiro resignado, afastei esses pensamentos de minha mente e me concentrei no que precisava ser feito. Havia muito a ser feito antes do casamento, e eu não podia me dar ao luxo de me deixar distrair por conflitos pessoais. Ainda assim, uma parte de mim permanecia magoada e confusa com a troca de palavras com Freen, e sabia que seria difícil superar essa ferida tão cedo.

Freenbecky_minha Prima_Onde histórias criam vida. Descubra agora