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- está vendo todas estas pessoas Oikawa? - o ruivo perguntou dentro do carro apontando para a janela - elas são patéticas - não deu tempo para que o outro o respondesse - e sabe o motivo disso? A ganância, a ganância é tão ou quão mais patética do que essas as pessoas, elas não ligam para quem morre ou para quem vive, desde que não as atinja, simplismente não se importam com nada, fazem coisas patéticas por dinheiro, se humilham por dinheiro, "amam" pelo dinheiro, matam e roubam, até mesmo fodem, tudo pelo dinheiro, e sabe de uma coisa? eu sou tão patético quanto eles - deu o seu veredito afundando sua cabeça no banco do carro.

- eu não acho que seja patético meu senhor - contrapôs o motorista.

- pois então você está errado, porque eu sou, eu sou tão patético quanto você.

- entendo que a vida que levamos não seja a certa, entretanto, poderíamos estar fazendo algo ainda pior - deu sua opinião enquanto desviava de carros e seguia pelas ruas tranquilas de Tokyo durante a madrugada.

- o que é pior do que matar Oikawa? - perguntou enquanto retirava o capuz de sua cabeça revelando a sua face coberta por sangue.

Um sangue que não era o seu.

- talvez..amar.

- amar é sim um sentimento idiota, deixa as pessoas burra e cegas, além de muitas vezes ser unilateral, mas eu não acho o amor em si algo patético, apenas triste, porquê você ignora qualquer outra coisa, desde que quem você ama esteja bem, o resto não importa, você deixa de ligar até mesmo para os seus próprios sentimentos e isso não é bom.

- o senhor tem razão - finalmente concordou - chegamos, quer que eu entre contigo meu senhor? - perguntou já de frente para o condomínio.

- não, você deve ir embora, muito obrigado por ter me levado a igreja, mesmo que tenha sido contra a sua vontade - se lembra bem dele dando mil e um motivos para irem embora da pequena igrejinha de beira de estrada.

- é o meu trabalho senhor, e além do mais, sabe que não vale a pena rezar, não temos mais salvação, não sabe? - sorriu, não estava feliz, apenas tinha aceitado o seu destino.

- sim, mas mesmo assim, talvez eu apenas..queira ser patético, apenas mais uma vez - finalmente desceu do carro - tenha uma boa noite.

Virou as costas entrando pelos grandes portões, sentia olhares pesados e tristes dos empregados do lugar pelo o seu corpo a medida em que andava pelas casas, a sua era a última daquele lugar, consequentemente a maior, adentrou o espaço já sabendo exatamente para onde ir, tinha se atrasado, o seu pai odiava atrasos.

Bateu na porta da "salinha especial" era assim que o mais velho a denominava.

A porta foi aberta por um cara grande e forte de cabelos bicolores, Bokuto o encarou triste e preocupado, apenas sorriu para ele ignorando todos os avisos que ele o dava através do olhar.

Assim que entrou, deu ordem para que o maior saísse, achava crueldade de mais o obrigar a acompanhar toda a cena sem poder fazer nada para o ajudar.

- resolveu dar as caras? - o senhor de meia idade sorriu debochando, em suas mãos um cinto no teto uma corrente - já sabe o que fazer.

Apenas aceitando o ruivo ficou calado, retirou a sua capa ensanguentada a jogando no chão, a sua camisa, calças e sapatos tiveram o mesmo destino, ficou apenas com a sua cueca e nada a mais, a corrente foi passada pelos seus pulsos, o cinto juntou os seus pés, um carritel puxava a corrente para cima até que tudo o que o mantivesse no chão fosse a ponta de seus dedos dos pés, outra corda foi colocada ao redor de seu pescoço não o deixando abaixar a cabeça, uma venda macia foi passada pelos seus olhos os tapando.

- seu fetichista de merda - Shoyo riu da cara do moreno.

- isso lá são modos de se falar com o seu pai? Não te ensinei boas maneiras para se dirigir aos mais velhos? - ele tinha aquele olhar debochado, tão odioso, ouviu os passos dele sabendo bem que logo ele voltaria, e ele voltou, balançava algo que arrastava a ponta no chão.

Assim que o objeto se chocou contra as suas costas o reconheceu, era aquele maldito cinto com pregas de ferro.

- o trabalho ocorreu bem - mantinha a sua voz em tom reto, jamais se rebaixaria ao ponto de demonstrar a dor que aquele ser o causava, não importava quantas marcas ou quantas vezes ele tocasse o seu corpo, não derramaria uma lágrima sequer, se recusava a descer tão baixo assim - o cliente quis assistir, então o deixei ficar junto no quarto, ele me passou dinheiro a mais pelo trabalho - contava o que tinha ocorrido em seu dia como se fosse um relatório.

- ao menos para isto você presta - Kitsu enrolou sua mão nos cabelos ruivos os puxando com força para trás - sempre amei esses seus cachos.

- por quê? O lembra a mulher que você matou? - debochou rindo recebendo em troca um chute em seu estômago.

Perdeu o fôlego tentando apertar seu corpo, os seus pés bambearam saindo do chão, a corda em seu pescoço o puxava o deixando a cada segundo mais tonto e desesperado, mas, se recusava a demonstrar aquilo.

- seu moleque maldito, irei lhe ensinar a ter boas maneiras - a sua roupa íntima foi abaixada e foi ali que shoyo simplismente desistiu de tudo e de qualquer coisa.

Mas não importava.

Era tudo por ganância.

Love e valete Onde histórias criam vida. Descubra agora