- ei Shou, o que aconteceu ali dentro? Eu conseguia escutar lá de onde eu estava amor, pode confiar em mim, o que estava rolando? - o apelidou de forma fofa parando tentar passar mais credibilidade, precisava que o ruivo se abrisse para si. O fez parar no meio do corredor vazio encarando o fundo dos olhos do menor.
- nós apenas tivemos um desentendimento Tobio - sussurou triste tentando parar as lágrimas que insistiam em cair de seus olhos - está tudo bem - Kageyama acariciou o rosto do outro com o polegar.
- pode me contar qualquer coisa tá bom? Eu vou sempre te ouvir - falou ainda não acreditando no que ele dizia, mas, ao menos no momento, seria melhor não se meter.
- não se preocupa, eu confio em você, saiba que se eu matasse alguém, você seria a pessoa que eu chamaria pra me ajudar a arrastar o corpo pela sala - sorriu.
- irei considerar isso como uma declaração romântica, ou ao menos uma tentativa de uma - riu um pouco tentando acalmar o menor.
- diz que foi fofinho vai.
- na real, não foi não, mas vindo de você tudo é fofo - o roubou um selinho - vamos voltar? - perguntou se referindo a onde estavam antes de tudo aquilo.
- sim - sorriu finalmente se sentindo ao menos um pouco mais leve.
☬
Já se passava das seis da manhã, Iwazumi tinha dormido no banco junto a kageyama enquanto o ruivo não conseguia pregar os olhos e apenas rezava e chorava baixinho, Kuroo dormia dentro do quarto junto ao kozume, estava em uma cadeira ao lado da maca, segurava a mão pequena entre a sua todo debruçado esperando -e torcendo- para que o Kozume acordasse.
- hum? Onde eu estou? - o menor se perguntou meio grogue pelo sono - eita porra - se assustou ao ver a porrada de fios que estavam ligados em tudo quanto é canto do seu corpo, tinha no nariz o dando oxigênio, nos braços o passando soro, e até mesmo nos dedos para checar seu sangue, na barriga e no peito também haviam alguns para checar seus batimentos cardíacos - que merda é essa? - perguntou estranhando tudo aquilo, segurou os fios que estavam em seu peito os puxando de uma vez - essa merda dói - viu alguns em seus pulsos, segurou fechou os olhos e puxou de uma vez - esse caralho ainda cai!! - gritou sentindo a dor e vendo os fios ensanguentados caidos no chão.
Kuroo acordou assustado.
- Kozume? Kozume! KOZUME! - gritou pulando no menor feliz.
- credo, até parece que nunca me viu - reclamou, mas, devolveu o abraço, por algum motivo se sentia segurou ali, como se pertencesse a aquele lugar.
- eu estava tão preocupado contigo gatinho - sussurou permitindo com que lágrimas grossas de alívio escorresem de seus olhos expremendo o menor em um abraço quente.
- está tudo bem gato de rua - sorriu bobo - agora me fala, o quê que eu estou fazendo aqui? - perguntou confuso com uma careta no rosto.
- você não se lembra? - se afastou para adimirar os olhos do outro.
- não, do que eu deveria lembra exatamente? - estava claro a sua confusão.
- seu irmão está lá fora, ele deve conseguir te explicar melhor.
- ótimo, vamos ver o Shou - empurrou levemente o outro com os braços, jogou as pernas para cima tirando o lençol fino de cima de si, se virou para o lado jogando as pernas no chão, se levantou um pouco tonto e foi até a porta - kuroo..- chamou baixo parando abruptamente
- diz gatinho.
- eu tô sentindo algo na minha bunda.
- são os meus olhos - riu baixo ainda secando as lágrimas de seus olhos.
- eu estou falando sério, seu besta - também riu um pouco - estou sentindo um vento na minha bunda, kuroo, o meu cu tá exposto? - perguntou tão sério que o outro teve que morder a própria mão para tentar abafar a risada escandalosa que iria dar - meu cu tá exposto!
- é-é a roupa do hospital gatinho - tentava ao máximo não rir.
- que povo brega e pevertido, tá tendo ventilação no meu rabo, que estranho.
- você não ia ver o Hinata? - perguntou ainda bem humorado pelo fato do menor continuar parado pensando na própria bunda.
- ia? - se virou para ele confuso - ia!, seu filho da puta! - gritou abrindo a porta de uma vez.
- Kozume? Kozume! - Shoyo gritou feliz, lágrimas de felicidade escorriam de seus olhos enquanto ele pulava indo abraçar o irmão - eu fiquei tão preocupado. - sussurou apertando mais o abraço.
- nossa que mania que vocês tem de abraçar, eu hein, vai bagunçar o meu cabelo, por quanto tempo eu dormi? - perguntou bufando enquanto se afastava do menor.
- cerca de 23 horas.
- legal, eu coloquei o meu sono em dias.
- besta - o ruivo sorriu o dando outro abraço, estava com medo de não ter mais aquele humor ácido do irmão.
- fico feliz que esteja bem - Tobio sorriu se aproximando.
- há, garoto serelepe - sorriu animado - iae, já comeu o Shou? - perguntou sem o mínimo de vergonha.
- oi?
- oi, tudo bom? - se aproximou o dando um abraço rápido e um beijo de lado na bochecha.
- sim, e você?
- estou bem também, só com um pouco de dor nos braços por ter arrancado uns fios ali.
- você deve voltar para lá, aqueles fios são para te ajudar.
- é?
- é!
- foda-se - sorriu mais animado - eu estou de alta! Cadê a enfermeira? - perguntou procurando com os olhos alguém pelo corredor - filho de égua! - sorriu se aproximando do outro moreno.
- quando vai parar de me chamar assim!? - Iwazimi perguntou se finjindo de irritado, mas, mesmo assim estava feliz pelo menor ter acordado e estar aparentando bem estar.
- quando o meu cu não estiver tão exposto - o deu um abraço apertado dessa vez não reclamando sobre o seu cabelo - agora eu estou cansado, vou ir para casa - entrou dentro do quarto vendo uma pequena mochila que reconheceu na hora como sendo de Kuroo, abriu ela e pegou uma blusa grande ali, viu em uma cadeira suas roupas dobradas, se aproximou e vestiu apenas o short, enfiou o resto tudo na bolsa do outro.
Saiu da sala e jogou a mochila para o moreno.
- vamos embora cambada de traficante - Kenma sorriu animado tomando a liderança.
- você está com a minha blusa gatinho? - Kuroo perguntou todo boiolinha achando muito fofa a cena do menor com uma blusa que cabia uns quatro kenma juntos.
- sim, e não vou devolver - respondeu terminando de colocar seu tênis no pé, sentou em um banco e esticou as pernas - amarra? - perguntou apontando para os pés.
- claro que sim meu pequeno - Kuroo se ajoelhou no chão o obedecendo - e por quê não irá devolver? - sorriu mais, não era de se apegar facilmente mas aquele garoto parecia o puxar para que se perdesse junto dele.
- você pode devolver a minha virgindade?
- nem fui eu quem tirou ela.
- a pergunta não foi essa, a pergunta foi "você pode?"
- não gatinho, eu não posso.
- então cala a boca, essa blusa agora é minha.
- como você desejar - se levantou e deu um selinho no outro - vamos.
- vamos.
- isso vai dar namoro!! - Shoyo, Tobio e Hajime gritaram atrás dos dois.
- há, me dá uma sugada!
VOCÊ ESTÁ LENDO
Love e valete
FanfictionO que o dinheiro não é capaz de comprar? Ele compra casas. Lugares. Coisas. Pessoas. A ganância é alimentada pelo dinheiro. Entretanto, nem toda ganância é apenas por dinheiro. Mas me diga, até onde você iria pela sua ganância?