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- fica a vontade, daqui a pouco o Tobio vem, está bem?

- certo, muito obrigado por me trazer - agradeci ainda sorrindo enquanto deixava minha mochila sobre a cama grande.

- não tem pelo o quê me agradecer - ela saiu me deixando sozinho naquele quarto enorme, típico quarto de burguês, tinha a cama grande, paredes pintadas de cinza, uma vista privilegiada da varanda que ia diretamente para o queintal, a televisão, objetos decorativos e a porta do banheiro.

Tudo ali gritava Kageyama Tobio.

A minha cabeça rodou, a pressão abaixou, lágrimas queriam descer enquanto meu coração parecia estar sendo esmagado dentro do meu peito de uma forma agoniante de tão dolorosa.

E agora? O que eu faço? Eu não posso fazer isso.

Mas eu preciso

Eu não quero, mas..

Eu devo matar-ló ainda hoje.

Fechei os meus olhos que já começavam a querer transbordar.

Antes de conhecer esse idiota era tudo tão fácil, o meu chefe simplesmente dizia "você vai matar ele" eu ia lá e fazia, mesmo que ficasse com a consciência pesada por dias, eu fazia!

Parecia simples e fácil os fazer se sentirem bem antes de os descartar como bonecos.

Mas, só de pensar nas minhas mãos sujas com o sangue dele.. me dá vontade de chorar, e eu não faço isso a anos.

Me sentei na poltrona do quarto olhando pra cima relembrando de tudo que meu pai havia me dito hoje mais cedo.

✧ lembranças ✧

Bati levemente na porta esperando a sua permissão para entrar.

- entre - adentrei na sala e me sentei em sua frente como sabia que ele mandaria - pelo visto aprendeu que deve chegar no horário quando se trata de resolver assuntos comigo, não é mesmo, filhinho? - ele falava em tom de deboche enquanto avaliava alguns papéis sem me encarar.

- por favor, apenas diga-me para o quê me chamou até aqui.

- certo, sem rodeios, irei direto ao ponto - olhou sério para os meus olhos finalmente largando os papéis - eu descobri que o FBI enviou um agente para o seu colégio, ainda não sei a identidade dele mas eu quero que você descubra, e logo depois o mate.

- certo, e você tem alguém em mente?

- não, ou sim, talvez. Fiquei sabendo que entrou um garoto novo, é verdade?

- sim, o nome dele é Tobio Kageyama, mas ele é apenas um burguês idiota

- "apenas um burguês idiota" entendi. Eu quero ele morto.

✧ lembranças ✧

- eu não tenho escolha.- sussurrei sentindo uma lágrima solitária escorrer.

- oi Hina, me desculpa a demora meu pai queria realmente conversar - ele sorriu entrando no quarto.

- não tem problema - encarei seus olhos após respirar bem fundo.

Olha para esse sorriso estranho do caralho, como eu poderia matar ele sendo que ele me olha com tanto carinho?

- Hinata? Você está bem? O que aconteceu? - ele perguntou preocupado se aproximando de mim passando as mãos no meu rosto - por quê está chorando? Me diz, o que aconteceu?

- chorando? - perguntei confuso passando a minha mão na minha bochecha, lágrimas, por quê? - eu não sei..- sussurrei tão confuso quanto ele - eu realmente não sei.- comecei a chorar ainda mais.

- calma, está tudo bem, eu estou aqui com você - ele me abraçou permitindo que eu chorasse em seu ombro me apertando ainda mais contra ele - está tudo certo, vai ficar tudo bem - sussurava palavras bonitas e calorosas no meu ouvido tentando me acalmar.

Como eu poderia matar ele assim?


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