Love e valete

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- isso é tudo que vocês tem? - Kitsu perguntou decepcionado e irritado ao ver os dois garotos chorando enquanto desferiam alguns socos fracos um no outro.

- eu não quero isso - Shoyo deixou escapar por entre as lágrimas, o rosto estava vermelho, a cabeça doía e pesava, tinha algumas marcas de cortes, socos e chutes espalhados pelo corpo igual ao meio loiro.

- eu também não quero pequeno - Kozume sorriu mesmo sentindo o sangue escorrer pela sua testa, eles mais se machucavam por conta própria do que feriam o outro - mas não temos escolha, olha só.. eu não quero te torturar, vamos acabar rápido com isso, pode ser? Assim você vai poder sair daqui, okay? - perguntava o olhando com os olhos brilhantes pelas lágrimas que tanto tentava segurar para não desesperar ainda mais o irmão.

- eu não quero matar você - o ruivo parou no meio do galpão, deixou a faca que estava em sua mão cair, se abaixou mas não conseguiu pegar de novo, as suas mãos tremiam.

- mas você precisa - o loiro suspirou se afastando um pouco - vai ficar tudo bem, você é forte! e está tudo bem!

- eu não quero ser forte! eu quero sair daqui com você kenken - o olhou ainda ajoelhado no chão.

- não temos essa opção maninho - sussurou de volta permitindo que algumas lágrimas molhassem seu rosto - eu vou ser rápido, fique de pé - pediu vendo o irmão o obedecer com dificuldade - essa será nossa última partida, então, preste bastante atenção em mim  - mandou permitindo que o seu choro viesse firme - diga ao kuroo que eu vou sentir muitas saudades, que eu amo ele, mesmo que eu não saiba muito o que é esse sentimento, eu sei que eu amo ele. Diz que eu aproveitei os momentos que passamos juntos, fale para o garoto serelepe que se ele não cuidar direito de você eu volto da onde eu estiver para puxar o pé dele de madrugada, eu espero muito que você arranque às bolas do Kitsu e o deixe agonizando até morrer - sorriu doce nessa parte.

- que ousado - o mais velho sorriu.

- mas que acima de tudo, quero que se lembre, que eu amo você acima de todas as coisas, consegue fazer isso?

- Kozume..

- você consegue fazer isso?

- mas..

- por favor, me responde que sim.

- e-eu, eu consigo - falou em meio um soluço colocando o braço em frente aos olhos.

- ótimo, eu vou correr na sua direção, você vai me acertar com força, um golpe basta, você sempre foi piedoso com as suas vítimas, lembra? Então, pense que assim eu não vou sentir tanta dor - a sua voz ia sumindo a medida em que as suas lágrimas aumentavam - reze para que Deus aceite a minha alma, maninho - sorriu uma última vez encarando os olhos do irmão - feche os olhos - sussurou vendo o ruivo o obedecer - eu te amo irmãozinho.

- eu também te amo - falou logo soltando um grito abafado por si mesmo.

Era um implorar por ajuda.

- chega! - Oikawa gritou chorando desesperado ao ficar de pé.

- olha a merda que você está fazendo! - Nishinoya se juntou no grito - eles são os seus filhos porra! Você deveria amar e os proteger, não fazer com que eles lutem um contra o outro, eles deveriam estar estudando, não fazendo parte dessa vida de merda que você os obriga a viver!

- o que é isso? Resolveram se rebelar?

- você é um filho da puta, desgraçado, não teve pena da própria esposa, matou ela cruelmente na frente das crianças, eu rezo todos os dias para que você queimei na porra do inferno, seu merda, você matou a mulher que jurou amor eterno, um felizes para sempre, jurou amar e respeitar, e olha o que você fez - Atsumo se apoiou nas grades o encarando frio, o amargor o subia pela garganta junto a repulsa, tanto de kitsu como de si mesmo por não ter podido evitar tudo aquilo.

Céus, se odiava tanto.

- advinha, a morte nos separou. - e eu acho que está na hora de ela nos separar também - sem deixar o garoto ter uma reação, puxou sua arma da cintura atirando com precisão contra a cabeça do homem que caiu na mesma hora para trás batendo contra a parede e caindo lá de cima sangrando - quem quer ser o próximo? - perguntou com um sorriso vendo todos horrorizados - ótimo, ninguém, mais uma gracinha e eu explodo essa merda toda, lembrem-se que eu que mando aqui, continuem!

- eu tenho que te tirar rápido daqui, feche os olhos Shoyo! - gritou para o irmão que encarava o corpo ensanguentado agora no chão esparramado no chão - se concentra em mim! - o ruivo virou o rosto para ele - agora fecha os olhos, e quando eu passar do seu lado você já sabe o que fazer - mandou vendo o ruivo concordar voltando a chorar. - meu herói chorão - sorriu para o garoto o vendo fechar os olhos com força.

O meio loiro usou o resto das suas forças a jogando em suas pernas, correu o mais rápido que pôde, assim que chegou ao lado do ruivo soltou um sorriso ao sentir uma dor aguda no pescoço, está mesma dor, o levou ao chão, sem respirar, sem chances de sobreviver, já sem vida.

- finalmente acabou - Kitsu revirou os olhos entediado secando uma fina lágrimas que escorreu em sua bochecha.

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- iae amor? Como foi lá? Para o que que o Kitsu te chamou? - Iwazimi perguntou ao ver o moreno sair do banheiro com uma toalha nos ombros.

- deu tudo certo amor - sorriu cansado se jogando na cama dando um leve selinho na boca do namorado - a única parte ruim foi que o Kitsu matou o Atsumo por ele ter o contrariado.

- que horror - acolheu o namorado em seus braços quando ele sentou em sua perna.

- sim, mas isso também tem o seu lado bom - sorriu fofo pelo cafuné que recebia na cabeça.

- que seria?

- as crianças estão bem, e o Kenma está livre.

🥰😘🥺😘

Sim gente, o Kenma está livre, ele foi viver com os anjinhos (os caídos).