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- e quem te deu permissão para isto? - ele me perguntou com um olhar duro.

Isso me assustou.

- papai.. - murmurei.

- eu estou apenas brincando, é claro que pode ir com ele - sorriu docemente e me deu um beijo na bochecha.

- o senhor jura? - perguntei animado, meu coração pulava em euforia.

Não confie nele!

Eu tenho um ódio da minha mente, ela sempre me diz coisas estranhas em momentos errados.

- é claro que sim pequeno - passou sua mão sobre meu rosto com cuidado o acariciando.

Levante daí!

- eu estou tão feliz papai - o abracei com força, esta é uma ótima notícia, poderei viver com o Kuroo!

Corra, ainda dá tempo.

- sim meu anjo, eu também fico feliz que esteja assim, e para marcar o momento, que tal realizarmos um último crime juntos? Eu, você e o Shou? O que me diz?

- eu adoraria - sorri ainda mais, isso seria perfeito - depois disso, vida nova!

- exato! Então, vá se arrumar.

- faremos isto hoje?

- sim pequeno, faremos hoje, já são umas quatro da manhã, depois deste último crime, estará livre para fazer o que quiser bebê - falou e me deu mais um selinho.

Não acredite nele, fuja enquanto ainda tem tempo!

- tudo bem - me levantei de seu colo - eu vou me arrumar, até daqui a pouco papai - estava indo até a porta ouvi sua voz me chamando - sim?

- vai sair assim? Não vai me dar nenhum agrado? Sabe que essa pode ser uma das últimas vezes que nos veremos - sorriu se debruçando sobre a mesa.

- tudo bem, o que deseja desta vez? - o perguntei voltando para sua frente, mantinha minhas mãos juntas atrás de meu corpo, esse homem me deu a vida que tenho hoje, é meu dever e obrigação o obedecer e o honrar sempre.

Não fique aí!

- de joelhos, no chão, agora!





- Kozume!, graças a Deus, como você está? - meu irmão me perguntou assim que eu passei pela porta do meu quarto.

- vou melhor do que nunca irmãozinho.

- que bom, e o que aconteceu lá?

- ele me deixou ir embora maninho, eu vou poder viver com o Kuroo - o respondi sentindo meus olhos se enchendo de lágrimas de alegria e afobação.

- isso está estranho, ele deixou mesmo isso acontecer? - e como sempre o meu ruivinho era todo desconfiado.

Nem parece que é crente.

- sim, ele deixou, mas ele pediu para que cometessemos um último crime juntos, eu, você, e ele, vá se arrumar - mandei praticamente chutando o meu irmão do quarto e fechando a porta - bem, vamos começar - falei para mim mesmo pegando minhas maquiagens já me sentando de frente para o espelho para começar a minha marca.

Um último crime deve ser impactante!







- só não entendi o por que de tanta gente estar vindo conosco - meu irmão reclamou quando já estávamos dentro do carro junto com os outros empregados e mafiosos do condomínio distribuídos em vários outros carros tanto a nossa frente quanto atrás.

- é a despedida do seu irmão, não estrague isto. - papai brigou mantendo sua mão em minha coxa, apenas pude concordar.

- tura a mão dele! - meu irmão empurrou a mão do papai de minha perna.

- o que foi querido, está com ciúmes?

Desça do carro, fuja!

- ai que voz irritante - reclamei para mim mesmo suspirando entediado.

- que voz maninho? A do Kitsu? - debochou - concordo! - sorriu.

- não, eu estou falando do meu pensamento, fica me dizendo coisas estranhas.

- tipo?

- você não vai querer saber.

- chegamos! - papai comemorou quando o carro parou.

- mas aqui não é a área de treino? - Shou perguntou descendo comigo do carro, o pior é que ele tem razão, foi aqui que papai nos treinou desde pequenos, lembro de ser viciado em death note naquela época, então, papai recriou todo o cenário apenas incluindo um segundo andar com vista aberta para a "arena" e cadeira enfileiradas em uma única fila longa que corria por todo o espaço.

Nós podíamos ver todo mundo, seguranças, empregados e outras pessoas entrando e subindo as escadas se sentando em seus devidos lugares.

Fuja! Por favor, fuja!

- vocês sabem o que está acontecendo? - Oikawa perguntou parando ao nosso lado.

- nós não temos ideia - Shou respondeu também claramente confuso.

- Oikawa, suba logo - papai falou firme atrás da gente.

- sim, perdão senhor - o castanho fez uma leve reverência logo subindo as escadas e se sentando em um banco vazio.

- okay, pessoal, prestem atenção aqui - mandou fazendo todos os outros prestaram atenção nele enquanto ele fechava a porta principal e única saída - estamos aqui hoje todos reunidos por um motivo especial, Kozume, o meu filho quer sair da máfia, por causa de uma paixão idiota - falava alto para que todos o escutassem - óbvio, que eu nunca irei permitir que isto aconteça, estão vendo isto? - perguntou levantando a mão mostrando apenas um pequeno cubículo com um botão vermelho na mesma - tem bombas ao redor de todo este local, se eu apertar este botão, kabum, tudo explode, ou seja, todos morremos - falou fazendo todos ficarem em choque, inclusive eu - mas, não farei isto, apenas quero uma luta, uma luta justa! - jogou duas facas do chão, uma na minha frente e outra na frente do meu irmão que éramos os único de pé no meio da arena.

- quero que lutem contra si até que um dos dois morra.





 

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