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- quer ser o meu parceiro de foda?

- Oi?

- oi, tudo bem?

- tudo, e você?

- que bom, eu vou bem também.

- você não confia no Kage mas conheceu esse garoto agora e já quer dar pra ele - Hinata revirou os olhos descrente.

- Hinata, maninho, entenda, na moral, eu tô puto, desse jeito não dá mais, tudo que eu queria é uma foda garantida, como se já não bastasse eu ter que sofrer pela ausência de alguém, eu tenho que sofrer de tesão! Sinceramente da vontade de pular de um prédio, tudo que eu mais queria agora era namorar, entendeu? Para dar aquele contatinho - pega a mão finjindo ser um celular - iae? Bora? Bora porra! Mas não, Deus me mandou seguir carreira solo, PALHAÇADA, mano eu não precisava nem namorar não, só aquele contatinho pra fuder já tava bom e é justamente isso que eu estou buscando - foi sincero conseguindo assustar todos os outros que estavam ao seu redor.

- sinceramente, você está precisando de terapia, mesmo depois de todos esses anos longe você continua do mesmo jeito, sem vergonha alguma - aquilo não era uma bronca.

- e para o quê eu teria isso? Já tentei tomar vergonha na cara uma vez e não deu certo, quase fui preso.

- claro, você quase bateu em um policial!

- a culpa foi dele.

- como assim gatinho ?

- o policial começou a passar a mão no meu corpo.

- ele estava te revistando porquê você tentou ameaçar ele dizendo "cuidado comigo, eu sou traficante" você queria que ele fizesse o quê?

- que ele fosse embora - respondeu o irmão como se aquilo fosse óbvio.

- jeito errado de tentar fazer isso.

- mas, de qualquer forma isso funcionou.

- para a sua sorte a gente era menor de idade e eu falei para ele que você tinha doença mental, tinha esquizofrenia.

- mentira que você disse isso - Kenma estava no mínimo chocado por só receber aquela notícia naquele momento.

- você deveria me agradecer - revirou os olhos.

- seu doente mental, tem sorte de eu ainda te amar, mas, voltando ao que interessa, qual é a sua resposta Kuroo? - se virou para o moreno que estava rindo dos outros dois igual grande parte da sala.

- sobre o que gatinho? - perguntou ainda tentando segurar o riso.

- sobre ser meu parceiro de foda.

- com todo o prazer, você está livre hoje depois do colégio?

- sim!

- ótimo, pode dormir fora? - perguntou se debruçando sobre a mesa com um sorriso malicioso nos lábios.

- claro, eu só tenho que avisar o meu pai, e primeiramente tirar essa blusa, eu tô derretendo, abriram as portas do inferno foi? - falou retirando o moletom ficando apenas com a blusa que estava por baixo.

- beleza então, posso te levar para o meu apartamento depois então?

- claro, mas, antes eu vou ter que passar em casa, então você me passa o endereço.

- beleza.

- ué, pensei que você ia ficar lá em casa, igual das outras vezes que você vem - Kageyama comentou.

- dessa vez não, eu comprei um apartamento aqui perto, vai ser melhor já que eu acho que dessa vez vou passar mais tempo - encarou o outro nos olhos.

- sabe que nenhum dos papais iam se incomodar de te terem lá em casa, eles gostam de você ou algo assim.

- mesmo assim, eu não queria atrapalhar.

- você quem sabe.

- sim, agora se me derem licença, eu vou ir no banheiro, onde é que é?

- tem um no final desse corredor, só seguir reto que você chega lá - Kenma o indicou.

- okay, valeu - e enfim saiu da sala.



⁠☬



A aula ainda rolava para a turma, o professor ainda explicava matéria, mas o fundo da sala não prestava atenção naquilo.

- então tecnicamente, a gente não existe - Tobio já havia se perdido na metade da conversa, Shoyo e Kei haviam -de alguma forma- entrado naquela conversa estranha de existência e coexistência.

Um, dizia não existir.

O outro o chamava de idiota.

- não é verdade Kenma? Diz pra ele - finalmente se virou para o irmão que se mantinha em silêncio até o momento.

- se você quiser sim - kenma apenas deu de ombros, encarava fixamente o quadro parecendo prestar atenção no conteúdo, seu corpo tremia levemente e as suas bochechas estavam rosadas.

- viu só? Bonecão de Olinda.

- calado tampinha, isso não prova nada.

- é claro que prova, o tempo não existe!

- sem um tempo para existir nós também não existiríamos seu animal!

- e é justamente isso que eu estou te falando, a linha do tempo não existe e não se estabelece em passado, presente e futuro já que o futuro não existe por ser uma coisa que nunca poderemos alcançar.

- o amanhã é um futuro.

- sim, mas, a partir do momento que chegamos no futuro do amanhã ele se torna presente e como não podemos permanecer no presente ele automaticamente se torna passado, ou seja, o tempo não existe e nós também não! Diz pra ele Kenma - pediu novamente se virando para o irmão.

Kenma não o respondeu.

Kenma se debruçou sobre a mesa tremendo, Hinata conseguia o escutar ofegando e até teria se aproximado, mas, foi impedido pela mão do loiro que se levantou como quem pedisse por um tempo.

Sua nuca e até mesmo orelhas estavam vermelhas.

- Kozume? Está tudo bem? - perguntou preocupado, até porquê nunca tinha visto o irmão daquele jeito - cadê o Kuroo? Certeza mesmo que você está bem? - estava mais do que aparente o seu desespero.

Kenma finalmente ergueu o rosto suado, apoiou as costas na cadeira enquanto ainda ofegava com o rosto quente.

- irmão?

Nessa hora o moreno se levantou passando o polegar pelos lábios molhados, o deu um beijo rápido na boca e se sentou de volta no seu lugar com um sorriso satisfeito no rosto.

- tô bem melhor do que você possa imaginar - também sorriu, desta vez para o ruivo completamente relaxado.

- eu vou fingir que ele se abaixou para pegar um lápis - Hinata decidiu finalmente abrir seu caderno.








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