15. Fish In The Sea

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Revisado por: Aya_timm

☽⛧☾

Alastor voltava de mais uma de suas idas ao cartório.

Lilith foi vista duas vezes em um período de um mês. O radialista já tentou mapear e prever a próxima localização da rainha, mas era impossível. Lugares desconexos, sem padrões... Não havia como.

Ao entrar no hotel, Alastor pôde ver a filha trabalhando para receber novos pecadores. Charlie usava sua hiperatividade para manejar e guiar cada um.

O locutor podia sentir o motivo de ter hóspedes de repente.

- Minha querida... - Alastor chama Charlie. - Onde está seu pai?

- No quarto de vocês. Ele disse que "não tem cara" para receber os novos hóspedes.

- Muito obrigado. Qualquer coisa, me chame que irei o mais rápido possível.

Alastor sobe as escadas e percorre o corredor até chegar em seu quarto com Lúcifer. Assim que ele abre a porta, vê seu amado deitado na cama. O rei estava totalmente enrolado na coberta, o que aos olhos do radialista era extremamente fofo.

Alastor tirou o paletó e a gravata, se sentando ao lado de Lúcifer.

- Está com uma feição cansada. - O cervo comenta.

- Você também...

- Cabe mais um sob as cobertas?

O soberano abre espaço deixando seu amado deite ao seu lado. Assim que o locutor deita, ele abraça o pequeno corpo do monarca.

- Acho que estou ficando velho... - Lúcifer comenta, ajeitando melhor o próprio corpo nos braços do amante.

- Eu não vejo rugas. Nem linhas de expressão. Apenas vejo bolsas embaixo dos olhos. - Ele acaricia o rosto do rei, que o olhava.

- Esse divórcio está sugando tudo de mim... Acho que estou ficando doente...

Alastrou colocou a mão na testa do amado. Logo após, no pescoço.

- Não me parece ter febre.

- Você nem sabe o que eu estou sentindo. - Lúcifer ri.

- Luci, meu instinto é primeiro cuidar de você, depois perguntar dos sintomas. Contraditório, eu sei, mas é instinto. - Ele dá um pequeno selar na testa pálida do rei.

- Entendi.

Eles mantêm-se encarando, esperando por algo.

- Nesse momento você me conta seus sintomas. - Alastor dá início.

- Ah! Bem... Certo. Eu estou cansado, muito cansado, com insônia, dores de cabeça, enjoo-.

- Vocês vomitou?

- Algumas vezes.

- Vamos basear sua alimentação em coisas leves. Posso ir ao mercado comprar ingredientes para uma sopa ou uma canja.

- Você parece um idosinho cuidando do marido. - O rei ri, fazendo as bochechas do cervo adquirirem um rubor.

- Ora, apenas me importo com o bem estar do meu amor! Há algo de errado nisso?

- Jamais. Apenas achei fofo. - Lúcifer sorri, aproximando seus rostos.

Os lábios de ambos os homens se tocam, se transformando em um beijo apaixonado. Eles juntavam seu corpos, se envolvendo no ato amoroso. As coisas começaram a esquentar, mas antes que pudessem fazer algo, Alastor para o beijo.

- Hoje não, Luci. Você tem que descansar.

- Só uma rapidinha, Al!

- Não. - Ele se levanta, ajeitado as cobertas para Lúcifer e dando um último selar em sua testa. - Vou comprar os ingredientes e vou aproveitar e continuar a lidar com as questões do divórcio.

- Você também precisa descansar, sabia?

- É, mas não estou tendo sintomas físicos assim como um certo "reizinho".

- Ah, não fode, vai.

- Não vou, não se preocupe. - Ele ironiza, pegando o paletó novamente e vestindo a gravata borboleta.

Assim que o cervo, saindo quarto, desce as escadas, ele vai ao encontro da filha. O ambiente já estava muito mais calmo.

- Charlie, Lúcifer não está muito bem. Evite dar comidas pesadas para o estômago dele. Vou comprar ingredientes para fazer sopa e canja. - Ele comunica, dando um selar no topo da cabeça da filha.

- Tudo bem. Vou fazer companhia para ele.

- Ótimo.

Alastor alarga o sorriso, deixando que ela administrasse o próprio hotel e o próprio tempo.

Ele deixa a construção e caminha pelas ruas. Era um dia pacato. Haviam poucas pessoas na rua. Algumas cometendo alguns crimes, mas continuava sendo um dia normal.

Alastor entra na torre dos V's. Ele já tinha seu acesso temporariamente liberado. Fruto do acordo com Vox.

Ele entra no elevador e aguarda a subida até a sala de reuniões da TV. Era uma subida longa, o que significava uma subida entediante. Poderia facilmente ler ao menos dois documentos e alguns recibos, mas o cervo já havia revirado tudo tantas vezes que sabia cada palavra escrita.

Ao chegar, ele vê Vox já sentado, o esperando. Era provável de que tivesse visto sua chegada por uma câmera de segurança.

- Meu velho amigo! Vejo que encheu o hotel da minha filha de pessoas. - Ele se senta em seu lugar habitual, de frente para o outro homem.

- É, todos querem saber o que acontece dentro da família real. - Ele coloca os pés em cima da mesa. - Me diga, Alastor, atualizações.

- E que atualizações, devo dizer! - Ele cruza as pernas. - Lilith tem uma vastidão de acordos e compras de almas. Contudo, ela nunca paga. Ela se beneficia do desespero alheio para satisfazer as próprias vontades e, depois, mata seu peão.

- Uh, caloteira? Minha rainha, que decepção... - Vox sorri sarcástico.

- É, pois então. Fiz algumas cópias de documentos que comprovam o que digo. Libere-os de pouco em pouco e terá pauta por um tempo. - Alastor faz as cópias emergirem das sombras, descansando as folhas sobre a mesa.

- Quem diria que depois de tanto tempo, trabalharíamos juntos dessa forma...

- Oh, meu amigo! Você continua sendo uma caixa falante para mim! Porém, agora é uma caixa esmagada...

- Ei!

- Não simpatizo com você, mas você tem o alcance que eu preciso e eu tenho a matéria que você adora expor. Ficamos par-a-par.

📻The Masochism Tango🍎  !¡Radioapple¡!Onde histórias criam vida. Descubra agora