⚠️AVISO: O conteúdo a seguir contém incitação à jogos de azar.⚠️
Revisado por: Aya_timm
☽⛧☾
Lúcifer e Husk se encaravam confiantes. O rei cruza seus braços, apoiando-os na própria barriga inchada pela gravidez.
- Resultados ocultos? - Ele questiona, observando Husk secar os copos.
- Mas claro, majestade! Não leve para o coração, mas, se eu te contar meu jogo, você pode alterá-lo.
- Até parece. Eu jogo com honestidade!
- Sim, sim, rei do inferno. - Ele ironiza.
Lúcifer olha para o relógio e se levanta para ligar o rádio.
- Não prefere assistir pela TV, majestade?
- Ah não, não! TV derrete o cérebro.
- Realmente, vossa majestade e Alastor se merecem. - Ele ri, ouvindo a voz do cervo.
"Bem, é um grande dia! Estou aqui diretamente do estúdio ao vivo com Vox para anunciar os resultados da loteria!" Alastor fala do rádio.
- Está na hora! - Lúcifer cantarola, se sentando e acariciando o próprio ventre.
"Vamos tirar o primeiro número..." Vox fala, dando uma pausa. "Número cinco! Alastor, tire o próximo."
- Meu namorado! - O rei diz, orgulhoso.
- Sei bem, majestade.
"Veremos... Número um!" Lúcifer e Husk encaram o rádio, atentos. Vox anuncia o próximo número: "Número nove!"
- Ainda estou no jogo! - O felino diz.
- Eu também!
"Último número, caros ouvintes..." Alastor comenta, dando uma pausa. "Número três!"
- Ha! - Lúcifer berra, batendo na bancada do bar. - 93! Apostei no meu viado! Me mama, Husk!
- Porra, por um número! Por que meu ursão não funcionou?!
- Eu nunca perco, meu caro!
- Está tudo bem aqui? - Vaggie questiona observavando os dois adultos. Lúcifer estava orgulhoso enquanto Husk se lamentava.
- Acontece que eu e Husk fizemos uma aposta no jogo do bicho. Apostei no meu viadão e claro que ganhei! Agora, Husk me deve mil reais e uma bebida.
- É... Majestade, o senhor não pode beber...
- Suco de uva continua sendo uma bebida. - Ele argumenta. - Conte para minha filha sobre a minha vitória e avise para que chame a mim ou a Alastor apenas se for realmente necessário.
- Certo... - Ela se retira.
☽⛧☾
Alastor abre a porta do quarto, vendo Lúcifer observar a paisagem. No quarto, a mesa se encontrava ao centro, junto de uma garrafa de suco de uva integral e duas panelas de Jambalaya. Lúcifer estava arrumado, mas não tão formal. Suas roupas formais não cabiam mais desde que sua cintura alargou.
- O que é tudo isso? - O locutor questiona, fechando a porta.
- Apostei no 24 do jogo do bicho. - Lúcifer responde, caminhando até o amado. - Preparei algo para nós.
- Apostou no 24? Justamente no veado? - Alastor sorri, acariciando o quadril do rei.
- Sim. Você me deu sorte. - O soberano envolve seus braços ao redor do corpo do radialista.
- Fico orgulhoso do seu ganho. - Alastor sorri, selando os lábios do amado.
- Vamos comer antes que seu Jambalaya esfrie. Fiz questão de preparar com carne humana para você. É minha primeira vez fazendo, então se não estiver bom...
- Vai estar. Tudo que você toca fica perfeito.
Lúcifer sorri tímido. Ele segura as mãos de Alastor e o guia até a mesa, sentando-se de frente um ao outro. O cervo serviu seu amado com o Jambalaya de carne de porco, servindo para si o com carne humana. Quando provaram, os dois suspiram simultaneamente, provocando risadas.
- O que acha da minha comida? Consegui preparar carne humana?
- Está perfeito, Luci! Vou começar a suspeitar que está tentando roubar meu lugar na cozinha. - Ele brinca, admirando Lúcifer com um olhar cheio de paixão.
- Jamais! Sua comida é excelente! - O rei bebe o suco de uva, retribuindo o olhar de Alastor.
- Nunca achei que viveria momentos tão prazerosos com alguém... Saber que foi você quem mudou minha percepção me deixa tão contente...
Lúcifer não sabia o que responder. Suas bochechas adquirem um tom avermelhado enquanto sorria apaixonado. Seu olhar acompanhou as mãos de Alastor quando ele tocou seus bolsos, porém seus olhos se arregalaram ao ver a pequena caixa preta ser posta na mesa.
- Al...
- Agora que podemos estar juntos, quero saber se gostaria de oficializar nossa união.
O rei se manteve encarando a caixinha ainda fechada. Nunca pensou que seria proposto algo assim por outra pessoa, principalmente sendo Alastor. Seus hormônios estavam todos bagunçados e isso o fez lembrar da gravidez.
Todas as memórias de Lúcifer vieram à tona novamente. O casamento, onde ele que preparou tudo e, agora, estava sendo proposto a dividir o trabalho. A gestação, onde ele foi ignorado tantas vezes e, agora, sentia que não passava por aquilo sozinho. A criação da sua filha, onde foi privado de se manter perto dela, mas, quando estava com Alastor, ambos brincavam e faziam da infância de Charlie uma parte deles. O divórcio, onde seu relacionamento antigo se mostrou ser por puro interesse e, agora, se sentia em um romance verdadeiro...
- Luci... - Alastor se levantou, se pondo ao lado do amado. - Muito cedo? Eu deveria esperar mais? - Ele questiona preocupado, enxugando as lágrimas do rei com as próprias mãos.
- Não é isso... E-eu... - Ele tenta explicar, mas esquece das palavras. Contudo, ele não sente pressa alguma. - Porra, eu te amo tanto...
- Eu também te amo, Luci... - Alastor sorri, abraçando seu mais novo noivo.
Lúcifer sentia-se protegido nos braços de Alastor. Ele sentia que, alí, ele não precisava se justificar ou duvidar a respeito de algo. Ele se sentia em casa.
Quando Lúcifer finalmente se acalmou, ele pega a caixinha com as mãos trêmulas. Quando ele abre, vê-se um patinho dourado acomodado ali e ri.
- Por quê? - O rei questiona, observando o sorriso orgulhoso do radialista.
- Não queria que fosse tudo tão sério assim. Que chatice apenas entregar a aliança e comemorar como se mil e um casais nunca tivessem feito isso apenas naquele dia! Queria algo único de verdade. Algo que te fizesse rir cada vez que lembrasse. E, confie em mim, cogitei em me vestir de pato. Mas a ideia morreu no mesmo segundo.
- Aposto que você seria o pato mais fofinho do mundo! - Lúcifer ri ainda mais, pegando o patinho de dentro da caixa e ouvindo o barulho que fazia dentro dele. - Não brinque comigo... As alianças estão?...
- Dentro do patinho.
- É perfeito! - O rei diz alegre. Ele admira o patinho enquanto tentava entender por onde as alianças sairiam. Quando ele percebe a tampa na parte de baixo, ele abre e vê os dois anéis dourados com pedras vermelhas.
Lúcifer volta a chorar, levando o patinho até o peito.
- Oh, meu bem... - Alastor beija o topo da cabeça do rei, acariciando seus cabelos. - Está tudo bem...
- Como você consegue deixar tudo simplesmente impecável?...
- Quando você é minha razão, eu faço o impossível para te agradar...
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📻The Masochism Tango🍎 !¡Radioapple¡!
FanfictionPor três anos, Lúcifer e Alastor se tornaram amantes. Anos depois, após o reencontro proporcionado por Charlie, o amor e o fogo de antes se tornam ódio por conta de suposições passadas.