Diferente Como?

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- Nós podemos conversar sobre nós? – Adora fala sem encarar a outra mulher, havia uma distância considerável entre as duas, mas a loira estava tentando mudar isso mexendo na barra do short da morena – Eu acho que nós precisamos.
A morena suspirou – Adora, eu não sei se essa é uma boa ideia.
- Nós acabamos de transar.
- Eu sei, mas eu tenho medo.
- Medo de quê?
- Você gosta de futebol, sabe aquela história, em time que está ganhando a gente não mexe?? Então... Nós estamos nos dando super bem, melhor do que em qualquer momento do passado. E eu não digo isso só por nós duas, temos uma filha agora.
- Catra eu juro pra você que eu mudei, eu prometo que eu nunca mais faria nada para te magoar ou que pudesse prejudicar a Alex de qualquer forma que fosse – Ela encarava a mais nova.
- E se eu fizer isto agora? Se eu acabar te magoando tanto que nós poderíamos virar aqueles casais que se separaram e não tem a mínima condição de qualquer tipo de convivência? A ponto de não conseguirmos estar as duas juntas nos momentos mais importantes da nossa filha??
Adora puxou a mão da roupa da outra voltando a olhar para o nada, ela suspirou profundamente, abriu e fechou a boca algumas vezes sem conseguir decidir o que dizer em seguida.
- Eu só estou sendo precavida.
- Eu não diria precavida, diria pessimista, ao extremo total da possibilidade.
Adora eu...
A loira de virou ficando de pé – Você pode dizer que você não quer. Que o sexo é muito bom, mas você não acha legal nada além disso. Ou até que nem isso você quer. Eu posso respeitar sua decisão.
- Não foi isso que eu quis dizer.
- Tá... Acho que no fundo você tinha razão, era melhor se não tivesse acontecido nada.
- Hey, não diz isso.
Adora deu de ombros – Eu vou indo na frente, você prefere nos encontrar no salão ou na fazenda?
- Tá vendo só, você já tá estranha.
- Foi o que eu disse, melhor se nada tivesse acontecido. Vamos só passar uma borracha em tudo.
- Tá, você pode me esperar então? Eu só vou calçar um sapato.
Por fim a loira esperou a outra e elas foram caminhando em silêncio até a brinquedoteca. Assim que Alex foi chamada, ela veio correndo toda feliz pulando com tudo no colo da mais velha.
As três foram até a mini fazenda, a loirinha ficou completamente encantada com todos os animais, ela quis passar a mãozinha em todos e os que tinham autorização ela até pegou no colo, rendendo várias e várias fotos.
Depois fizeram um passeio de charrete e por fim foram até a área onde as crianças podiam montar em pôneis.
Só conseguiram sair dali já estava escurecendo e ainda assim com Alex abrindo um berreiro porque queria continuar lá.
Esta foi a primeira vez desde quando a viagem tinha começado em que a menor pediu o colo de Catra ao invés da outra mãe, ela soluçava enquanto lágrimas que pareciam maiores do que seus olhos escorriam pelo rostinho.
Adora vinha andando atrás carregando uma bolsinha com as coisas da filha, ela estava desesperada, sem saber como agir.
Mas em compensação a morena parecia tirar a situação de letra, antes mesmo de entrarem no salão a pequena já havia parado de chorar, apesar de estar mais quieta do que o normal. Escolheram uma mesa e a morena de virou para a filha – Você não quer ir para o colo da sua mãe enquanto eu vou buscar algo para comer?
Adora já tinha ficado em pé e esticado os braços, mas ela ficou sem saber como agir ao ver a filha se agarrando ainda mais na morena, então recolheu os braços e passou a coçar a nuca nervosa.
- Vai com ela, Alex. Eu só vou pegar a comida.
A loirinha então jogou o corpinho em direção de Adora que a pegou a tempo, ficando um pouco sem graça, ela então se sentou – Você está com fome?
A pequena fez um sinal confirmando com a cabeça, então a mais velha suspirou – Você se divertiu? – Mais uma vez Alex não disse nada, só balançou a cabeça.
No mesmo instante Adora começou a bater o pé no chão nervosa. Ela não conseguia entender o que estava acontecendo. De uma manhã muito boa ela foi para um sexo maravilhoso, uma briga, uma tarde divertida e agora a sua filha parecia estar incomodada com a presença dela. Sentiu um caroço na garganta, até mesmo respirar estava difícil. Ela olhou em volta procurando a morena desesperadamente.
Quando Catra finalmente chegou carregando dois pratos, a loira mal esperou que ela se acomodasse e ficou em pé passando a criança para a outra mãe – Eu vou indo direto para o chalé...
- Como assim? Você não vai jantar?
- Tô sem fome. Eu vou levando a bolsinha, tá?
- Tudo bem.
A loira nem esperou para ver se qualquer uma das duas iria dizer algo, ela simplesmente se virou de costas e foi praticamente correndo.
Deixou a bolsinha em cima da cama da morena e foi tomar mais um banho, ela vestiu um pijaminha e foi até o quarto que estava usando. Ela se deitou e começou a divagar imediatamente.
Uma coisa que ela não costuma dizer para os outros é que após o término do seu último relacionamento ela teve algumas crises de pânico motivadas por culpa e uma sensação de que ela nunca seria boa o suficiente para ter um relacionamento saudável com alguém que prestasse. Ela achava que realmente não merecia.
Toda aquela ansiedade veio com tudo. Era óbvio que a Catra não queria nada com ela além de sexo casual. A cena de Alex fugindo de si também estava pesando, ela provavelmente nunca seria uma boa mãe. O que ela estava fazendo aqui?
Adora teve que levantar e começar a andar em volta da cama, ela andou e andou sem parar até sentir uma mão em seu ombro. A loira deu um pulo de susto, caindo sentada no chão, logo em seguida ouviu o choro de Alex da porta de seu quarto.
A morena se virou para a menor primeiro – Alex, você não precisa chorar, está tudo bem. Sua mamãe só se assustou.
A pequena veio ainda suspirando e chorando ao mesmo tempo então ela se jogou no colo da loira e a abraçou pelo pescoço – Mamãe, te amo – Ela então deu um beijo todo babado no rosto da mais velha e começou a se afastar.
Mas Adora a apertou de leve e então enfiou o rosto na curva do pescoço da menor – Eu também te amo princesa – Permaneceu balançando o corpo para frente e para trás durante algum tempo.
- Eu vou só dar um banho nela e já volto, nós vamos dormir juntas. Será que dá pra arrastar a cama para a parede?
- Acho que sim.
- Arruma aqui então, já voltamos.
A loira permaneceu por um tempo ainda na mesma posição, depois se levantou e fez o que a morena havia pedido. Quando estava esticando os lençóis Alex apareceu chupando o dedo, Adora franziu a sobrancelha e deu um sorriso – Tá com muito soninho, né?
Colocou a pequena na cama que foi se arrastando para o cantinho – Vem aqui mamãe...
A mais velha abriu um sorriso ainda maior e foi até perto da filha que não se fez de rogada, rolando para perto da loira, foi levantando a blusa da mãe se agarrando mais uma vez nela e levando um dos seios a boca.
Adora suspirou enquanto fazia um carinho de leve nos fios loirinhos observando enquanto a menor ia caindo no sono. A morena nem tinha entrado no quarto ainda e Alex já tinha parado de sugar. Mas mesmo assim a engenheira permaneceu na mesma posição, era tão bom ter a filha desta forma, Catra tinha razão, era impossível não se sentir amada pela pequena naquele momento.
Demorou ainda um bom tempo até a morena entrar no quarto, ela subiu na cama e se colocou atrás da mais velha a abraçando enquanto encaixava o corpo para relaxar.
Adora ficou estática com essa reação da outra mulher, mas com o tempo acabou relaxando também.
Por mais que fosse cedo não demorou muito e as três caíram em um sono pesado. Mas no meio da madrugada a loira acordou assustada, respirando como se tivesse acabado de correr uma maratona.
Ela tinha acabado de sonhar que Catra havia começado namorar uma mulher e estava se mudando para fora do país com a filha, então estava difícil manter a sanidade, conseguia sentir todo o desespero de se sentir abandonada mais uma vez. Então ela caiu no choro, lágrimas escorriam por seu rosto enquanto soluços estrangulados escapavam de seu peito.
A morena acordou sentindo uma movimentação e logo percebeu que vinha da loira a sua frente, ela ainda estava de costas, mas era possível ver seu corpo tremendo. Catra suspirou e se encostou novamente – Hey, tá tudo bem?
No mesmo instante a loira se virou entre os braços da mais nova e se aconchegou enfiando o rosto da curva do pescoço, onde deixou que as lágrimas lavassem toda a dor.
Catra ficou em silêncio deixando que a outra se acalmasse, fazendo um cafune como uma forma de dizer que estaria ali o quanto a outra precisasse. Quando sentiu que os soluços tinham passado ela virou o rosto, tentando olhar para a mais velha – Você está melhor?? – Recebeu um aceno com a cabeça – Quer ir no outro quarto conversar? – Desta vez nenhuma resposta – Vamos.
As duas saíram lentamente, a morena deixou a porta do quarto em que a mais nova estava dormindo aberta e fechou a do outro quarto, assim se a pequena acordasse ela conseguiria levantar e bateria na porta se precisasse delas.
Ela ficou observando a loira que tinha sentado encostada na cabeceira da cama, abraçando os seus joelhos e escondendo o rosto nos braços.
- A, o que aconteceu?? Você ficou estranha desde a hora do jantar...
A loira nem se mexeu, o que levou a outra se sentar também encostada na cabeceira, ela deu um tempo, mas parecia que a mais velha realmente não iria se manifestar – Vamos lá, você sabe que ficar guardando o que quer que seja só vai te fazer mal.
- Eu sonhei que você tinha arrumado alguém e ia se mudar pra longe com a Alex... – A loira falou sem levantar a cabeça.
- Adora, eu nunca faria uma coisa dessas nem com você e muito menos com a Alex – Catra falou revirando os olhos – Olha para mim... – Ela só voltou a falar ao ter os olhos azuis grudados nos seus – Eu não seria capaz de separar vocês duas, e outra pra fazer esse tipo de coisa só se meu novo affair fosse milionário, eu nunca sairia da Replan pra trabalhar em outro lugar, sempre foi meu sonho trabalhar em uma refinaria.
A loira deu um sorrisinho amarelo, mas pareceu ficar bem mais calma com a fala da outra mulher. Ela permaneceu com o rosto apoiado de lado sobre os joelhos, estava com o olhar longe.
Catra ficou alguns segundos observando a outra – Tá, esse sonho foi agora, e o que aconteceu mais cedo?
- Depois que eu terminei o meu... Namoro, se é que dá pra chamar aquilo de namoro, eu voltei a fazer terapia. Eu não estava me sentindo bem comigo mesma e foi uma das melhores coisas que eu fiz na vida. De verdade... Ela me ajudou, entre outras coisas, a enxergar que eu estava em um relacionamento tóxico, que aquilo só estava me fazendo mal. Então eu tive uma espécie de livramento.
- Outra coisa que eu acabei enxergando neste processo foi que na verdade todo o bullying que eu sofri na infância e adolescência me fez criar uma resistência contra relacionamentos, se eu não me entregasse não teria como me machucar.
- Então por isso você é uma putona e comeu metade da Universidade?
- Não, eu transei com a metade da Universidade por que eu enfiei na minha cabeça que quantidade era mais importante do que qualidade. Quando eu quis dizer sobre essa resistência ao relacionamentos eu estava falando de você.
Catra se mexeu incomodada – Eu também não queria um relacionamento.
- Não, mas eu também nunca insisti. Como seria se eu tivesse te assumido como namorada? Eu já gostava de você desde a primeira vez que eu te levei pro meu quarto. Eu poderia muito bem ter te pedido em namoro naquela noite em que você ficou com a Lonnie na festa.
A morena mordeu o canto da boca tentando imaginar como ela agiria se isto tivesse acontecido.
- Quando nós nos encontramos, na minha cabeça você agiria de modo agressivo e distante de mim pra sempre. Mas então você foi mudando e voltando a ser a mesma de antigamente e eu fui dando abertura, você mexe comigo de uma forma que mais ninguém no mundo conseguiu sequer chegar aos pés.
- Eu realmente queria voltar a estar bem com você.
- Sim, eu sei. Mas a rejeição hoje... Ahn, droga. Eu não estava preparada para nada daquilo, nós duas transarmos, caramba. Eu sonhei com nós duas transando nestes últimos tempos com bastante frequência, mas eu não imaginava que iria acontecer.
- Sonhou foi? Você anda tendo sonhos molhados comigo, Adora?
- Eu sempre tive, até quando eu estava com a... Bom, eu sempre tive.
- OK!
- Quando você bateu na porta do banheiro eu achei que meu coração fosse parar, então aconteceu e foi tão bom... Porra, foi muito bom. Ahn, foi bom pra você também?
- Sim, A. Foi muito bom pra mim também.
Pela primeira vez desde algumas horas a loira abriu um sorriso satisfeito, chegando a ficar levemente corada – Que bom, mas então você me rejeitou. Tudo bem, eu entendo que você tem todo o direito do mundo de não gostar de mim, mas por alguns segundos eu tive a esperança que tudo ficaria bem.
- Então isso se juntou ao fato da Alex não ter querido ir pro meu colo que nem uma bola de neve, eu senti como se ninguém gostasse de mim, tipo... Eu nunca seria suficiente para ninguém, afinal de contas você pode arranjar alguém que não seja defeituosa e que não te magoe...
Catra interrompeu a mais nova se aproximando e juntando seus lábios em um beijo lento e carinhoso, elas ficaram por vários momentos de beijando.
- Catra, não faz isso...
- Tá tudo bem – A morena fez com que a outra abaixasse as pernas e se sentou no colo dela reiniciando o beijo na mesma intensidade.
A loira inicialmente correspondeu com um pouco de medo, mas ela logo se soltou, passou a mão pelas costas da mais nova a puxando para mais perto – Você não é defeituosa, nunca mais repita algo do tipo – A mais nova sussurrou com os seus lábios ainda em contato.
Catra separou suas boca para retirar a própria blusa, fazendo o mesmo com a loira e então juntou seus lábios mais uma vez.
Adora gemeu durante o beijo ao sentir a menor se mexendo em seu colo, ela então separou o rosto – Catra, eu preciso saber o que é isto.
- Você realmente quer conversar bem agora? – Perguntou jogando seu quadril pra frente com tudo.
- Porra... – A mais velha arfou revirando os olhos – Eu preciso entender.
- Isso não é um namoro. É o máximo que eu posso dizer no momento – Disse empurrando o quadril mais uma vez.
A loira sorriu começando a beijar o pescoço a sua frente, se segurando para não sugar com força o local – Isso vai acontecer mais vezes?
- Quantas vezes nós duas quisermos.
A engenheira levantou levemente o quadril e as virou ficando desta vez por cima e encaixada entre as pernas da outra mulher. Desta vez quem empurrou o quadril foi ela – Era isso que eu queria ouvir.
Reiniciaram um beijo que desta vez foi bem mais intenso e cheio de desejo. As mãos passeavam pelos corpos de modo voraz arranhando e apertando qualquer pedaço de carne que era possível alcançar.
- Eu quero te sentir dentro de mim.
- Primeiro eu quero te chupar – Adora falou já começando a descer, mas a morena a puxou novamente.
- Outra hora, agora já tá tarde. Daqui a pouco a sua filha acorda e já sabe como é!
- Você tem razão – A mais velha beijou a outra com muito desejo  então rolou para o lado para retirar o shortinho que estava usando, a morena fez o mesmo e em poucos segundos tinham voltado para a posição anterior.
Adora levou a mão encaixando o membro entre os lábios íntimos da outra e passou a se mexer lentamente – A gente pode brincar só um pouquinho antes né?!
- Ahan... – Catra respondeu mordendo os lábios.
- Então geme pra mim.
- Não quero correr o risco de acordar a Alex. Não antes de gozar, pelo menos.
- Esperta você – A loira disse dando mordidas pelo queixo alheio – Mas mesmo assim, me deixa te ouvir só um pouquinho – Ela levou a mão até embaixo e ficou segurando de uma forma que seu membro pressionasse o clitóris com mais intensidade.
- Aaaaaaa caramba!!
- Isso... – Adora ergueu o tronco ficando ajoelhada em frente a intimidade alheia, puxou a mulher para seu colo e sem mais avisos a penetrou – Puta merda, você é tão gostosa – Manteve um ritmo mais lento por mais algum tempo até aumentar tanto a velocidade quanto a intensidade das estocadas.
Em poucos minutos as duas estavam se mexendo em um ritmo alucinante enquanto mordiam os lábios para evitar que saísse um gemido mais alto. A loira então abaixou o tronco juntando seus lábios em um beijo bem libidinoso, os lábios eram mordidos e sugados enquanto a sensação de formigamento ia tomando conta dos corpo das duas mulheres cada vez mais. Em pouco tempo estavam jogadas na cama respirando com dificuldades, curtindo um pós-orgasmo fantástico.
A loira abriu os olhos e ficou olhando o teto por alguns segundos – Nós devemos conversar sobre o fato de que transamos duas vezes e que nestas duas ocasiões eu gozei dentro e nós não estávamos usando preservativos?
- Eu uso anticoncepcionais.
Adora se virou com tudo de lado, ficando de frente para a mais nova – Por que você usa anticoncepcionais?
- Por que você acha gênio?!
- Você tá transando com alguém? Alguém com pênis??
Catra abriu os olhos e acabou caindo na risada da cara da mais velha – Não A... Eu tenho ovário policistico e o tratamento é feito com pílulas.
- Ahn tá – Ela levou a mão até a nuca e coçou dando uma risadinha nervosa.
- Ciúmes??
- Sim!
A morena fez um sinal de negativo e foi se virando de lado – Só você mesma.
- Pra ter ciúmes de uma pessoa que só é minha amiga com benefícios?? Deve ser mesmo, se bem que teve alguém que me beijou ontem na piscina só para afastar uma mulher.
- Ela estava te comendo com os olhos. E eu já estava com muita vontade de ficar com você, não iria deixar ela passar na minha frente assim tão fácil.
- Ela nunca teve chances contra você.
- Fico feliz de ouvir isso, agora vai dormir.
- Tá bom.
Por mais excitadas que elas ainda estivessem o cansaço do dia bateu e rapidamente caíram no sono.

(=^.^=)

Catra acordou com um som de batidas na porta – Mamaaaaaaaaae!!
- Oi?! Onde??
Novamente o som na porta – Mamaaaaaaae!!
- Hey, eu já ouvi, calma.
- Abre a porta!
- To indo bebê.
Ela rapidamente se levantou e começou a vestir suas roupas, por sorte a mais velha também tinha ouvido e estava se vestindo também, o olhar da morena caiu sobre o corpo da outra – Adora!!
- Eu sei, é uma ereção matinal. Só ir ao banheiro que passa.
As duas foram até a porta, Catra estava com um sorriso de lado – Vai correndo então.
Assim que abriu a porta a loira colocou a mão na frente do shortinho e foi desembestada até o banheiro.
A pequena foi atrás – Mamãe, mamãe...
- Calma bebê, ela foi só fazer xixi.
- Eu quero fazer xixi também.
Aí meu Deus, Catra bateu na porta. Adora você vai demorar aí? A Alex também quer usar...
A loira abriu a porta em seguida e pegou na mãozinha da filha a conduzindo pra dentro do banheiro – Vem, a mamãe te ajuda.
Catra ficou encostada no batente olhando a cena, então as três foram até o quarto em que Alex tinha dormido, desta vez Catra ficou no meio, mas antes de se deitar ela se voltou para a mais velha, permanecendo sentada – Você não acha que nós deveríamos contar pra ela sobre a sua situação?
- O que? Não... Pra quê?
- Porque em algum momento ela vai acabar vendo e é melhor que você explique antes do que depois.
A loira abriu e fechou a boca algumas vezes – Tá, você pode contar.
A morena soltou uma risadinha nasal e tocou de leve no ombro da mais nova que estava vendo um vídeo no celular – Hey, Alex... Pausa só um pouquinho o vídeo que eu preciso conversar sobre algo com você.
A pequena permaneceu deitada olhando a mãe, prestando atenção sobre o que seria a tal conversa.
- Então, você se lembra que eu disse que a sua mamãe Adora era como se fosse os papais dos seus amiguinhos? – Alex concordou e a morena continuou – Então... A Adora não é igual nós duas.
A pequena se sentou e esticou o pescoço para olhar a mais velha e estranhou ao ver que Adora estava deitada de barriga pra cima com o braço cobrindo o rosto, ela voltou a olhar a morena – Como assim?
- A Adora tem pipi.
Desta vez Alex arregalou os olhos e voltou a olhar a loira, Catra também olhou para a mulher deitada, era possível ver que ela estava vermelha – Como assim??
- Quando ela estava na barriga da vovó Malena, aconteceram algumas coisas e ela acabou desenvolvendo um pipi ao invés de pepeca, como as outras mulheres. Mas ela não é menos mulher por causa disso.
A pequena estava olhando a morena ainda com os olhos arregalados, Catra deu uma risadinha – Você conseguiu entender?
- Eu não entendo como.
- Meu amor, você vai ter que ficar mais velha e estudar mais na escola pra poder entender completamente.
- É por isso que ela usa sunga e cueca?
- É...
- Mamãe – A pequena foi até a outra e bateu de leve nos braços – Mamãe...
Adora tirou o braço, ela estava com os rosto cheio de lágrimas, a pequena inclinou a cabeça para um lado, ela franziu a testa da mesma forma que Catra fazia – Por que a mamãe tá chorando?
- Eu estou nervosa de como vai ser sua reação com essa história de eu... Ahn, ter um pipi. Estou com medo de você não gostar mais de mim agora.
A loirinha sorriu – Eu amo a mamãe Adora, pra sempre.
- Pra sempre, é?
- Sim.
- Eu também te amo pra sempre, um tantão assim – Adora se sentou e abriu os braços o quanto conseguia.
A loirinha sorriu – Eu também mamãe, eu também...
- É sério? Você também ama esse tantão?? – A loira falou enxugando as lágrimas e fungando um pouco
- Sim...
A pequena se jogou no braço da loira a abraçando com a maior força que conseguia, Adora deu um cheiro e um beijo no topo dos fios loiros e abraçou a pequena de volta. Se jogou para trás trazendo a filha junto – O que você acha da gente dormir mais um pouco? Então podemos tomar café da manhã, ir na piscina e depois ir na tirolesa.
- Tá bom.
Catra não tinha perdido nem mesmo um segundo desta interação entre suas loiras favoritas, ela sorriu e se aproximou deitando encostada na filha e esticando o braço acabou enlaçando Adora junto – Alex, você se lembra quando eu te disse que coisas pessoais não são para serem contadas para os outros? Essa situação da sua mãe é uma dessas coisas tá bom??
- Tá bom mamãe, eu não vou contar.
As três ficaram deitadas quietinhas e logo acabaram caindo no sono mais uma vez, depois de um bom tempo o despertador tocou e as três se prepararam para aproveitar o último dia no hotel, Adora tinha feito planos tão legais para o dia delas que a morena simplesmente os seguiu.
Depois da tirolesa e do arvorismo, voltaram para curtir um pouco mais da piscina. Em seguida almoçaram e voltaram para o quarto. Catra encheu a banheira e chamou as outras duas para dividirem um banho juntas.
A loira tentou fugir da situação, mas acabou aceitando depois da filha fazer biquinho. Elas não se arrependeu ao passar mais de uma hora dentro daquela banheira aprontando enquanto Catra tentava relaxar.
Logo depois elas juntaram suas coisas e partiram de volta para casa.
Alex dormiu rapidamente e Catra a seguiu momentos depois. A loira deu uma risada nasal, se suas garotas precisavam do descanso ela não iria reclamar.
A morena acordou quando já estavam quase chegando. Ela olhou em volta enquanto coçava o olho – Caramba, a gente já tá chegando. Por que você não me acordou? Você ficou dirigindo sozinha todo esse tempo.
- Poxa, eu fiquei dirigindo sozinha por toda essa uma hora e meia. Nem sei como eu posso ter suportado.
- Idiota.
- Tá tudo bem Cat... Eu percebi que você estava bem cansada, então te deixei.
- E você? Isso não é justo.
- Eu estou cansadinha, mas não estou com sono. Então fiquei de boa.
- Jura?
- Sim, eu juro.
Logo depois elas chegaram em frente da casa da morena, Adora desceu para ajudar a descarregar as malas. Alex ainda estava com sono então começou a chorar logo depois da mais velha vir dar um beijo de boa noite.
- Hey, tá tudo bem bebê. Eu vou para a minha casa, também preciso desfazer a minha mala e descansar.
- Eu não quero que a mamãe vá embora, a loirinha estava se debulhando em lágrimas no colo de Adora, esta última olhou para a morena desesperada – Cat, me ajuda...
- Fica mais um pouco, nós podemos pedir uma pizza, dá tempo dela ficar mais desperta e aceitar que você vai embora hoje.
- Tudo bem.
As duas mais velhas desfizeram as malas enquanto a filha ficava deitada assistindo desenho, depois escolheram a pizza, comeram e quando Adora estava novamente se preparando para ir, a filha mais uma vez não deixou.
Pediu que fosse a loira a colocar para dormir.
Então a engenheira subiu resignada e cerca de meia hora depois conseguiu descer após a pequena finalmente cair no sono, encontrou a morena esparramada no sofá – Pronto, missão cumprida, por sorte ela ainda estava com bastante sono, então capotou mais rápido do que eu imaginava.
- Eu também imaginei que você fosse demorar um pouco mais, estava quase subindo para tomar banho.
- Você deveria ter ido, eu poderia te esperar pra ir embora depois.
- E quem disse que você vai embora hoje?
- Ahn, eu não vou??
Catra se sentou no sofá, ela fez um sinal com o dedo pra que a loira se aproximasse. Esta engoliu em seco antes de chegar perto.
- Você pode vir mais perto, eu não mordo. Pelo menos não de uma forma que você não goste.
A mais velha sorriu e se aproximou mais, ela estava a dois passos da morena que sorrindo esticou a mão puxando a outra para ainda mais perto pelo passador. Então foi abrindo de modo lento botão por botão da bermuda jeans que a loira estava vestindo até que a peça fosse parar no chão.
Catra encarou por vários segundos a ereção a sua frente, então desviou os olhos para cima e sorriu de um modo diabólico – Bom, você não é obrigada a ficar, sabe?!
- Que bom que eu tenho escolhas. Agora no momento eu gostaria que você retirasse minha cueca.
- Com todo o prazer.

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