Eu Quero Passar O Resto Dos Meus Dias Ao Seu Lado

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7 meses depois

Adora estacionou o carro na garagem, bem ao lado do carro de Catra, elas estavam morando juntas já faziam quase seis meses. Tinha conseguido alugar sua casa e havia mudado para a casa da morena de mala e cuia. Não cabia em si de felicidade em poder estar junto de suas garotas todos os dias.
Ao puxar o freio de mão ela suspirou tomando coragem para descer, tinha sido um dia muito exaustivo, ela estava se sentindo extremamente cansada, pegou o celular cogitando avisar a namorada que ficaria por ali até tomar coragem para entrar.
Mas antes mesmo de poder tomar alguma atitude a porta do passageiro se abre e Catra enfia a cabeça para dentro do carro com as sobrancelhas franzida – Hey, eu posso me sentar?
- É claro.
- Muito cansada? Vocês pelo menos conseguiram resolver tudo?
- Sim pras duas...
A morena concordou com a cabeça e deu um sorrisinho lateral, ela aparecia um pouco agitada – Que bom.
- O que aconteceu?
- Eu fiz algo. Eu acho que você vai aprovar.
- O que você aprontou, Catarina? – A loira levou as mãos até a cabeça e bagunçou os fios loiros.
- Eu parei os anticoncepcionais.
Adora arregalou os olhos – E??
- E é isso. Eu estou ovulando hoje – Ela mostrou um palitinho com dois risquinhos, parecia aqueles testes de gravidez.
- O que é isso?
- Um teste de ovulação. Ele deu positivo, então eu tô ovulando.
A mais velha engoliu em seco – Você tem certeza, quer realmente tentar engravidar?
A morena suspirou – A Alex é o amor da minha vida, eu não mudaria nada no passado porque eu sei que ela seria uma pessoa diferente no presente. Mas eu realmente quero fazer direito dessa vez, eu quero você do meu lado a cada momento.
- Eu também quero isso.
- Eu queria te contar quando fosse parar de usar a injeção, mas me disseram que poderia demorar meses até que eu ovulasse, então eu resolvi comprar os testes.
- Quando você parou?
- Eu não tomei a dose do mês passado e deste mês, então é recente.
- Tá, e como funciona agora?
- Bom, o ideal é a gente transar dia sim, dia não nos próximos cinco dias. Se não der certo, a gente tem que fazer o mesmo logo depois da minha menstruação acabar.
- Começando hoje?
- Seria o ideal, mas nós podemos tentar amanhã, ou só no mês que vem.
- Por que só no mês que vem?
- Não sei, você não parece tão animada com tudo isso.
A loira deu uma risadinha nasal, então puxou a alavanca que empurrava o banco para trás, deu duas batidinha nas pernas – Vem cá, vem...
- A, a gente não precisa...
- Eu sei que não – Interrompeu a mais nova – Mas eu quero, não tenha dúvidas, eu sempre vou querer – Ela esticou a mão ajudando a morena a se sentar em seu colo de frente a si – Eu estou bem animada com isso, só um pouco cansada – Então enfiou o rosto na curva do pescoço alheio entre os cachos marrons – Seu cabelo está crescendo.
- Você gosta?
- É melhor pra fazer isso – Adora enfiou a mão nos cabelos da nuca e puxou com um pouco de força liberando espaço para poder começar a sugar a região.
A morena gemeu imediatamente sentindo uma pontada gostosa em sua intimidade, logo começou a mexer o quadril aumentando ainda mais sua excitação – Eu amo quando você está com essa calça de brim.
A mais velha sorriu enquanto levava as mãos até a coxa alheia, afastou o rosto um pouco e ficou encarando a mulher acima de si se esfregando de olhos fechados – Tira sua camiseta – Foi atendida de modo imediato e sem esperar mais nada passou a sugar e lamber os seios com vontade. Sorriu ao sentir seu membro começar a endurecer – Eu não tava botando muita fé que ia rolar algo, mas pelo jeito você vai me deixar completamente dura.
Catra sorriu aumentando ainda mais a fricção entre seus quadris.
- Levanta – A loira exigiu e enquanto foi começando a abrir o zíper e os botões de sua calça com a mão direita, levou a esquerda para a intimidade da mais nova, gemeu de modo longo – Tão molhadinha...
- Você me enlouquece.
A engenheira puxou sua calça e cueca até o meio das coxas e então fez com que a mais nova se sentasse novamente, desta vez deixou seu membro entre os pequenos lábios encharcados – Isso, rebola pra mim agora. Me deixa bem dura.
- Eu tô quase gozando...
- Então deixa vir, princesa.
A morena arqueou o corpo e gemeu alto enquanto sentia o corpo tremer em seus espasmos pós orgasmos. Sorrindo ela jogou o rosto pra frente apoiando no pescoço da mais velha tentando se recuperar.
A loira respirava profundamente enquanto sentia seu membro já totalmente ereto pulsar de antecipação. Ficou fazendo carinho nas costas alheias enquanto esperava que a outra conseguisse se recuperar do primeiro round. Mas depois de um tempo começou a mexer seu quadril necessitando de algum alívio – Linda, eu tô tentando te esperar, mas eu tô que não me aguento mais.
Catra afastou o rosto sorrindo de modo safado. Ela ergueu um pouco o quadril, afastou o shortinho de dormir para o lado, aproveitando que estava sem calcinha e levou a mão até suas intimidades encaixando o pênis em sua entrada. Então foi se agachando até estar totalmente preenchida – Melhor assim?
- Muito melhor, agora quica pra mim.
- Seu pedido é uma ordem – Já de cara começou subir e descer o mais rápido que a posição permitia, alternando com algumas reboladas – Você gosta assim??
- Sim amor, eu gosto... Você me enlouquece assim – A mais velha começou a mexer o quadril o mais rápido que conseguia, ela já estava sentido suas forças indo embora, mas queria terminar logo de uma vez com isso – Porra, eu não tenho mais forças, eu preciso gozar.
- Só mais um pouco amor...
- Não dá assim. Pula lá pra trás.
Catra não esperou por mais nada e se jogou para o banco traseiro, retirou a cadeirinha de Alex e em um movimento rápido, abriu a porta, deixou o objeto do lado de fora e voltou a fechar a porta se sentando escorada na porta enquanto observava a namorada terminado de retirar a calça e vindo para trás.
- Como você pode ter tanta energia?
- É o tesão.
Adora fez uma careta e apontou para sua ereção – Eu também tô com tesão, mas tô a um passo de arriar aqui dentro desse carro.
A morena sorriu de modo safado arrancando a última peça de roupa de seu corpo – Eu vou encher a banheira pra você, prometo... Agora vem cá – Fez um sinal com o dedo chamando a namorada para perto.
A loira se colocou entre as pernas dela iniciando um beijo libidinoso, ela estava para reiniciar a penetração, mas se afastou um pouco – Eu quero refazer as coisas como foram na concepção na Alex.
- Como assim?
- Fica de quatro pra mim.
- Você vai ter força pra isso?
- Ahn vou... Eu não sei como eu vou fazer pra sair desse carro depois, mas pra te dar um trato direito eu vou ter.
A mais nova ficou na posição solicitada empinando bem o quadril, a outra não esperou mais nada e a penetrou com tudo arrancando um gemido alto de ambas, logo elas estavam em um ritmo rápido e forte.
A engenheira ficou apoiando as mãos de modo firme no quadril da outra e quando usava todo o seu auto controle se segurando para não explodir de uma vez.
- Adora eu vou gozar de novo.
- Era isso que eu queria ouvir – Aumentou ainda mais a velocidade das estocadas levando as duas a orgasmos fortes e simultâneos.
A mais velha foi se ajeitar e recebeu um grito da outra – NÃO SE MEXE – A morena jogou seu quadril para trás mais duas vezes e voltou a tremer alcançando mais um ápice – PORRA!! – Ela então deixou seu corpo cair no banco enquanto lutava para respirar.
Adora não conseguia parar de sorrir, esse terceiro não estava nos planos, mas foi muito bem recebido. Ela então se jogou no banco ao lado da namorada a puxando para ficarem deitadas de conchinha enquanto se acalmavam.
O silêncio não estava incômodo, mas verdade ele funcionava como um catalisador para que as duas ficassem ainda mais relaxadas e grudadas.
Mas depois de um tempo a loira deu uma tossezinha – Eu amei sabe, a nossa transa na biblioteca... Sempre que eu lembrava de você, eu sentia uma bola na garganta, uma vontade de chorar pelo fim tão repentino, mas então eu lembrava daquela tarde. De como foi gostoso e perigoso, de quanto a gente se conectou. Eu quase te pedi em namoro naquele dia, mas eu não queria fazer isso correndo, queria fazer algo legal.
- Eu não fiquei com a Lonnie naquele dia, eu nem ao menos almocei perto dela. Ela devia estar de olho porque me viu deixar o livro e foi correndo atrás de mim. Mas eu aproveitei pra terminar tudo com ela, eu disse que não iria rolar mais nada entre ela e eu. Não era só você que estava com intenções de iniciar um relacionamento sério.
Adora bufou frustrada – Eu não consigo me conformar.
- Eu sei, mas pensa que poderia ter sido mais tempo. Ainda bem que eu fui no mercado naquele dia.
- Será que nós iríamos nos reencontrar de nossas mães não esquecessem de comprar aqueles itens para a ceia de Natal?
- Eu acho que sim, poderia ter demorado mais tempo, mas nos duas acabaríamos juntas.
- Eu não quero nem pensar nisso, eu já perdi tanto da Alex, imagina ter perdido ela começando a falar direito, aprendendo a escrever, aprendendo a andar de bicicleta.
- Nem me fala nisso que eu ainda quero te matar. Ela só tem quatro anos, como você pôde retirar as rodinhas??
- Mas ela aprendeu, não foi?
- Sim, sua louca.
Adora sorriu enfiando o rosto no meio do cabelo alheio e inspirando profundamente – Eu amo vocês, e vou amar muito esse bebê.
- E se não der certo?
- Nós vamos fazer dia sim, dia não até dar certo.
- É sério, A. E se realmente não der certo??
- Então nós vamos ter só uma filha. Eu realmente queria mais um, mas se não acontecer não tem problema eu não vou te amar mais ou menos por conta disso.
Catra se aconchegou ainda mais no abraço da amada – O que você acha que a Alex vai dizer?
- Ahn, crianças sempre ficam empolgadas com a possibilidade de terem irmãozinhos, não acho que ela seja uma exceção. Mas eu poderia apostar que ela sentirá ciúmes de você quando o bebê nascer.
- Ciúmes de mim? Até parece, ela vai ficar louca ao ter que te dividir.
- Você não se lembra como foi quando começamos a demonstrar interesse uma na outra? Ela detestava nos ver grudadas.
- Sim, eu lembro. Mas é porque ela ainda estava confusa com o seu papel junto de nós. Agora ela definitivamente sente mais ciúmes de você.
- Bom, que seja.
- Sim, vamos entrar?
- Ahn não.
- Como não? Você quer ficar aqui a noite toda?
- Eu já estava cansada antes, agora eu consigo sentir que todas as minhas forças foram drenadas.
- Não faça drama – A morena começou a se vestir e foi abrindo a porta – Vamos, a Alex está muito tempo quieta, estou com medo que ela tenha acordado e esteja aprontando alguma coisa.
Adora vestiu sua cueca e saiu do carro, foi pegando suas coisas enquanto a morena deixou a cadeirinha no banco traseiro – Não esqueça de prender amanhã – Elas entraram na casa e mais uma vez, a mais nova se voltou para a outra – Por que você não sobe e toma um banho enquanto eu vou esquentando a comida?
Adora olhou em direção da escada e deu um chorinho de manhã – Eu realmente não queria subir mais de uma vez.
- Deixa de fazer drama e vai logo – Deu um tapa na bunda da loira apontando em  direção da escada.
Adora revirou os olhos, mas subiu pulando de dois em dois degraus, foi direto até o quarto delas e tomou um banho na velocidade da luz. Vestiu um shortinho de pijama e uma camiseta e passou no quarto da filha.
A loirinha estava dormindo profundamente de bruços, tinha até um círculo de baba no travesseiro, isso fez com que a mais velha soltasse um suspiro seguido de uma risadinha nasal. Pegou a pelúcia que estava caída no chão e botou ao alcance do bracinho. A mãe ainda ficou uns instantes velando o sono da menor, mas saiu logo em seguida tomando cuidado pra não fazer barulho.
Assim que adentrou a cozinha foi impossível não segurar um sorriso ao ver os pratos já postos e uma garrafa de vinho aberta – Me diga que eu não esqueci alguma data importante...
- Você não esqueceu – A morena respondeu já sentada em uma cadeira, em seguida apontou para a cadeira a sua frente – Eu só estava empolgada demais por conta da ovulação. Eu tentei uma receita nova de carne de panela, espero que você goste.
- O cheiro está maravilhoso amor, sem chance de eu não gostar.
- Vai cominho...
- É sério? – A loira perguntou inconformada com o garfo a meio caminho de sua boca.
- Não, eu estou brincando.
A mais velha olhou a comida e cheirou, mas logo levou a boca e fez uma cara de satisfação gigantesca – Isso está divino. Sem exagero algum.
- A Alex também gostou bastante, ela comeu dois pratos.
- É a minha garota...
Começaram a comer em silêncio, o exercício dentro do carro tinha demandado muita energia e elas estavam bem famintas naquele instante, mas em determinado momento a engenheira limpou a garganta chamando a atenção da outra mulher – O que foi, bebê??
- Cat... Como você consegue? Eu quero dizer, como você consegue ver o tempo passar tão rápido e não surtar?
- Exatamente do que você está falando?
- Da Alex, eu fui no quarto dela para checar se estava tudo bem, a pelúcia da supergirl estava no chão, você se lembra de como ela ficou nos primeiros dias que eu vim pra cá de vez? Ela estava tão manhosa. Só sossegou depois que eu dei aquele bichinho pra ela com o meu perfume. Ela dormia todas as noites agarrada com ele.
- Ela ainda fica com a Kara para baixo e para cima, ela deve estar dormindo muito perto da borda e acabou chutando pra fora.
- Eu sei, mas é que parece que foi ontem aquela noite em que nós conversamos a primeira vez, ela estava tão empolgada, mas ao mesmo tempo envergonhada, Deuses, eu me apaixonei perdidamente por ela. Agora... Você acredita que esses dias atrás eu fui chamar ela toda empolgada, Hey, vamos no Paice?? – Adora estava com um olhar de indignação muito grande – E sabe o que ela teve a audácia de me responder??
- Não, o que foi?
- Mamãe, não é Paice que fala. É Magic Place. Catarina, como eu lido com isso??
A morena precisou morder a boca para evitar dar risada, mas foi inevitável que seus cantos da boca não subissem em um sorriso.
- Você ainda dá risada de mim, poxa vida.
- Eu não tô rindo de você, é só que isso foi tão incrivelmente fofo. Você parece uma criança que está vendo o melhor amigo conhecendo um amiguinho novo.
Adora bufou frustrada – Eu não sei o que fazer.
- Você não pode fazer nada, ela está crescendo. Ela não é mais um bebê, agora é uma garotinha esperta que cada vez mais vai dar um baile danado na gente. Não fique assim, ao invés de se frustrar com ela crescendo você tem que aproveitar cada fase dela. Imagine que daqui alguns anos ela vai se tornar uma pré-adolescente, depois uma adolescente e então uma mulher. Ela vai ter a própria família, ou não...  Mas vão se passar anos e anos até isso acontecer.
- Eu sei.
- Imagine ela grande, fazendo aquelas merdas que adolescentes fazem e nós duas querendo estrangular ela...
A loira soltou uma risada pegando a mão da outra nas suas – Tá, você me convenceu... Vamos aproveitar enquanto a Fiona é uma princesa e não uma ogra!
- Pelo jeito dessa criança ela vai estar mais perto de ser a Rainha de Copas – A morena tomou um gole de vinho fazendo uma pausa dramática – Cortem as cabeças!!
As duas acabaram caindo na risada, a mais velha limpou uma lágrima e acabou falando – Por tudo que é mais sagrado, eu espero que ela não me puxe neste sentido.
- Eu já espero que ela seja igualzinha!
A mais velha ficou corada e acabou soltando uma risadinha sem graça – Você...
- Eu quero passar o resto dos meus dias ao seu lado – A mais nova interrompeu a outra.
Inicialmente Adora ficou sem saber o que falar, mas logo seu rosto se iluminou em um sorriso gigantesco – Você está me pedindo em casamento?
- Não, eu só estou te dando o toque que você pode fazer isso. Espero uma daquela cenas bonitas, alguma surpresa bacana. Me surpreenda ou você vai ouvir um não.
- Não vou ouvir não...
- É, você não vai.

Fim.

Gente é isso, assim eu chego no final de mais um fic, essa até que foi maior do que eu imaginava no princípio, minha ideia era uma short de meia dúzia de capítulos, mas as ideias foram vindo e eu fui alongando. Apesar d tudo gostei demais de escrever esta estória, agradeço demais por todos que a acompanharam.

Fantasma do Natal PassadoOnde histórias criam vida. Descubra agora