Adiantando As Coisas

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Felizmente Alex melhorou da virose rapidamente, em dois dias já estava brincando sem sonecas durante o dia e no dia seguinte conseguiu ir para a escolinha normalmente. As duas semanas seguintes passaram rapidamente, As duas mais velhas conseguiram tirar um horário na agenda delas para comparecer no cartório e fazer a mudança do documento de nascimento da filha.
Depois elas tiveram que entrar em diversos aplicativos e sites para atualizar as mudanças nos documentos restantes de Alex, o que demandou praticamente o restante do tempo delas naquela semana.
E logo o aniversário de quatro anos na loirinha chegou.
Adora tinha ido dormir na casa delas na noite anterior para que as três pudessem tomar café da manhã juntas antes de suas obrigações.
Então antes mesmo de Alex acordar suas duas mães foram a tirar da cama ao som de parabéns a você e com um pacote grande nas mãos. A pequena se levantou de uma vez só, toda animada, pegou o presente e rasgou o embrulho ainda em pé.
Quando a loirinha deu de cara com um lego do star wars os olhos azuis chegaram a brilhar de animação. Ela já queria abrir a caixa e começar a brincar, mas Adora a interrompeu.
- Vamos deixar para mais tarde? Nós vamos tomar café da manhã juntas hoje, não se lembra?
- Tá bom mamãe – A menor não parecia muito conformada.
- Hey, não fica assim. Vamos deixar esse pacote no meu carro, depois da escola vocês vão lá pra casa para gente fazer os salgadinhos da festa. O vovô vai amar brincar com você.
A loirinha pareceu se animar mais uma vez – Eu vou comer um monte de coxinhas hoje.
- Hoje não – Catra puxou a pequena para seu colo já andando em direção do banheiro – Mas no sábado você vai poder se entupir dos salgadinhos da sua avó.
A loirinha olhou para trás buscando a outra com os olhos – Cadê a mamãe?
- Ela está arrumando sua malinha e depois vai se trocar para sairmos logo. Vamos tomar um café bem gostoso daqui a pouco.
- Ebaaaa.
Depois de um tempo, as três saíram em carros separados, mas logo se encontraram em uma padaria onde comeram um desjejum especial, até mesmo a pequena se acabou de comer.
Partiram relativamente atrasadas, mas felizes.

(=^.^=)

Mesmo estando agitada para começar os preparativos, Adora ainda foi na academia antes de ir para casa e para sua felicidade encontrou seus pais já entretidos na cozinha. Randor estava fazendo a massa dos salgados enquanto Malena temperava os recheios.
- Huuuum, o cheiro está maravilhoso – A loira deu um abraço por trás na mãe dando um cheiro nela – O seu também mamãe! Tô me sentindo criança de novo.
- O meu cheiro está adequado para um adulto após o trabalho, já o seu... Não podemos dizer o mesmo – A mais velha disse, mas estava com um sorriso gigantesco no rosto – Onde está a minha neta?
- Não faço ideia, elas já deveriam ter chegado.
Mas mal a loira tinha acabado de falar a loirinha entrou correndo para dentro de casa com o presente nas mãos, ela pulou no colo da mãe dando uma gargalhadinha feliz – Princesinha, por que vocês demoraram??
- Nós fomos comprar a janta...
Em seguida Catra veio com quatro embalagens de pizza nas mãos, A loira passou a filha para o colo da avó e foi ajudar a namorada, deu um selinho antes de se afastar – Que delicia, comprou de quais sabores?
- Sua mãe disse que eles gostavam dos clássicos então eu pedi uma Marguerita, uma baiana, uma portuguesa e uma de chocolate pra comer com sorvete.
- Você é tão perfeita que eu até me assusto. Mas espera, quando você falou com a minha mãe??
Catra deu um sorriso tímido – Agora de pouco.
- Como?
- Pelo celular, gênio – A mais velha se aproximou dando um abraço na nora.
- Espera, então vocês trocaram contato naquele dia? Nenhuma das duas me pensou em falar sobre isso por que mesmo?
- Algum problema? – Malena colocou as duas mãos na cintura e levantou a sobrancelha.
- Não, eu só fiquei surpresa.
Catra se aproximou da namorada depois da mais velha se afastar – Você tem algum problema com o fato de que eu falo com a sua mãe?
- Não... Eu realmente só fiquei surpresa. Vamos começar a ajudar aqueles dois antes que sobre para nós.
As três mulheres fizeram uma força tarefa para enrolar os salgados o mais rápido possível enquanto Randor estava distraindo a pequena com o lego, porém não demorou muito para que ela viesse para ajudar também.
Alex chegava a morder a língua se concentrando para fazer o formato correto da coxinha, mas a destreza ainda não era das melhores, o que chegou a frustrar a loirinha.
- Tudo bem, pequena. Sua mãe também não faz uma coxinha lá muito boa – Malena disse apontando para o prato em frente a Adora, recebendo uma careta como resposta – Mas amanhã a vovó vai fazer os saldados vegetarianos, então você pode enrolar as bolinhas de queijo.
- A senhora não vai fazer isso durante o dia? – A loira mais velha perguntou.
- Sim, tem algum problema ela faltar da escola amanhã para ficar conosco? Estamos com tanta saudades dela.
Catra deu um sorriso de lado – Você quer faltar da escola e ficar ajudando seus avós amanhã, Lelê?!
- Sim...
- Mas você tem que prometer se comportar... – A morena falou para a filha e então se voltou para os mais velhos – Ela costuma ser bem tranquila, mas se ela começar a chorar, vocês podem nos ligar.
- Nós demos conta da Adora e do Adam ao mesmo tempo, pode ter certeza que vamos conseguir com ela também – Randor falou fazendo um carinho nos fio loiros – Qualquer coisa eu dou uma volta com ela.
Logo depois eles conseguiram terminar de enrolar os salgados e os levaram para o freezer para fritarem só na hora da festa, então se sentaram para comer a pizza. Os dois mais velhos foram para a sala para assistir um filme com a neta enquanto as outras duas começaram a arrumar a bagunça da cozinha.
Adora ligou um radinho que ela tinha desde sua adolescência. Deixou sintonizada em uma rádio qualquer enquanto ia colocando as louças na máquina a outra estava limpando as bancadas e deixando tudo em ordem.
Mas então começou a tocar uma música que atraiu o olhar da mais velha, a loira foi até o rádio e aumentou um pouco o volume enquanto ia cantarolando a melodia – Parararara, parara – Ela então foi até a mais nova e a pegou pelas mãos a puxando já começando a mexer o corpo lentamente.
- O que você está fazendo??
- Dançando com a minha namorada.
- Eu não sei dançar...
- É só se mexer no ritmo, eu te conduzo.
Catra sorriu e resolveu se soltar curtindo a dança nos braços da loira, mas para o seu desespero a mais velha começou a rodar o corpo da morena a abraçando depois, levando a química a dar uma gargalhada um pouco mais escandalosa do que pretendia.
Adora voltou a cantarolar com o rosto apoiado de lado no rosto alheio. A mais nova deu uma risadinha nasal, levou os braços até a nuca da amada começando a cantarolar também – Essa música é linda. Como ela se chama?
- Moonlight Serenade.
- Ela é perfeita.
- Tão perfeita quanto você.
Catra sorriu de modo tímido e então apoiou o rosto do peito alheio, elas permaneceram se mexendo ao som da música até ela acabar, na verdade elas permaneceram abraçadas por um bom tempo.
Quando a pequena veio correndo com o avô atrás, ele logo sentiu o clima romântico e pegou a loirinha – O que você acha de tomar uma banho e dormir? Você bem poderia passar a noite conosco, estamos com tantas saudades de você.
Adora olhou o pai com um sorriso, seria ótimo poder ter um tempo a sós em casal.
Alex se voltou para as mães e coçou a nuca, ela tinha um pouco de ciúmes quando as mães ficavam no grude, mas ela estava realmente empolgada em passar mais tempo com os mais velhos – O vovô pode me dar banho, mamãe?
A morena saiu da posição também sorrindo – Pode sim filha. É melhor você aproveitar o tempo com seus avós. Logo eles voltam para São Paulo.
- Tá... Mas eu não preciso de outro banho, eu já tomei em casa e eu nem corri...
O mais velho começou a voltar para a sala, mas ele aproveitou para dar um cheiro no pescoço da mais nova – Hum, sei não... Você está com um cheirinho de suor. Vamos ver o que a sua avô acha disso!
As duas dentro da cozinha voltaram a arrumação e depois foram até a frente da casa onde se sentaram e ficaram conversando enquanto tomavam uma latinha de cerveja. Logo em seguida a loirinha apareceu de banho tomado e com seu pijaminha do monstros s.a. Ela pediu colo para a morena e deitou a cabeça no ombro da mãe enquanto enfiava sua mãozinha por dentro da blusa que ela usava.
- O que foi? Você não quer dormir com seus vovós?? – A menor ficou quieta, então Catra voltou a falar – Se você não quiser está tudo bem, ninguém vai ficar bravo ou chateado, tá bom?!
- Eu quero.
- Então por que você está assim?
- Soninho.
- Sua professora disse que você não quis dormir a tarde. Estava muito ansiosa?
- Sim.
Adora resolveu se meter no diálogo – Eu sei bem como você está se sentindo. Eu também estou bem animada para sábado. Não vejo a hora de poder arrumar tudo.
A loirinha sorriu para a mãe e foi fechando os olhinhos, em seguida Malena apareceu – Mas que coisa, acho que tem alguém que vai capotar logo, logo. Você vai querer dormir conosco, princesa??
A menor se levantou de modo imediato – Sim vovó Lena, boa noite mamães – Ela nem ao menos se despediu direito e foi andando até o quarto com a mais velha.
Adora bufou – Caramba, fomos trocadas.
- Agora você sabe como eu me senti quando você apareceu – A morena falou rindo, virando o conteúdo da lata em sua boca.
A mais velha mostrou a língua e foi se levantando – Quer mais uma??
- Pode ser.
Adora voltou logo em seguida e foi entregando uma lata para a mais nova enquanto ia abrindo a sua – Amanhã vai ser um dia puxado no trabalho, eu queria poder sair mais cedo.
- Pra mim também, vamos ter uma reunião chata com o pessoal da Petrobras. Talvez eu também saia um pouco mais tarde.
- Huuuuuuum, reunião com a Petrobras... Como minha namorada é importante.
- Para de ser besta – Catra esticou a mão e jogou um pouco de água na loira.
Adora desviou da primeira tentativa, mas não conseguiu desviar da segunda vez então acabou com a blusa molhada, abriu a boca para a mais nova completamente indignada – Ahn, você vai se arrepender disto – Sem avisar ela simplesmente pegou a morena do colo e a jogou dentro da piscina.
- Adora!! – Catra ficou sentada secando o rosto também indignada o que arrancou uma gargalhada de outra.
- Você fica ainda mais sexy quando fica brava.
- Eu odeio você – Falou alcançando a lata e virando um gole generoso, ela então ficou em pé e retirou a sua blusa e a bermuda, voltou a se sentar somente de lingerie.
Adora engoliu em seco – É sério que você não vai sair?
- A água está tão quente. É relaxante ficar aqui dentro.
A loira ficou em pé, retirou também sua roupa e foi entrando somente de boxer e sutiã. Ela se sentou não muito perto da mais nova – Você tem razão, está água está uma delícia – Então virou o restante da cerveja e passou a observar a mais nova que ainda bebia e observava as estrelas.
A mais velha ficou por um bom tempo encarando a outra, até que a morena sorriu e sem se virar falou – Você vai ficar mesmo me encarando assim? Isso tá ficando estranho.
- Estranho por quê? Eu não posso ficar olhando a mulher mais linda do mundo.
- Adora... Você é muito piegas.
- Provavelmente.
Catra então finalmente resolveu se virar em direção da outra mulher – Em uma escala de zero a dez qual a possibilidade dos seus pais saírem do quarto neste momento?
A loira sentiu um arrepiou pelo corpo todo – Não sei, em que você está pensando?
- Sentar no seu colo e te beijar como se não houvesse amanhã.
- Se não vai haver amanhã então você não deveria se preocupar se eles vão sair do quarto ou não.
- Você tem razão – A mais nova se levantou, foi engatinhando até a outra e então se sentou no colo dela ficando com uma perna de cada lado. Levou as mãos até o rosto alheio onde iniciou um carinho.
Adora fechou os olhos curtindo o carinho por um tempo, mas então levou as mãos até as costas da morena e a puxou para mais perto – Eu estou esperando o beijo.
Catra deu uma risadinha nasal, deixou a mão esquerda descer até a nuca da outra puxando os fios com um pouco de força, arrancando um gemidinho como resposta. A mais nova abriu um sorriso ladino e inclinou a cabeça para frente.
Passou a língua levemente pelos lábios alheios enquanto mantinha a cabeça da loira no lugar. Adora tentava em vão aproximar mais seus rostos, o que levou a mais nova abrir um sorriso ainda maior, aproveitando para arfar e sugar com vontade o lábio inferior da loira.
A mais velha começou a forçar uma movimentação com o quadril alheio enquanto escorregava a mão direita até estar encima da calcinha rendada que a morena estava usando – Você me enlouquece.
- Vamos sair daqui?
- A gente precisa mesmo?
- Você não quer gozar dentro da piscina que sua filha usa...
- Puta merda, você tem razão.
Elas se levantaram e se secaram com as roupas da mais velha então entraram rapidamente, Adora foi ficando para trás para fechar a porta. Quando ela entrou no quarto sentiu um pontada forte em sua intimidade ao dar de cara com a mais nova parada de costas para a porta completamente nua. Não pensou nem duas vezes antes de se aproximar e encoxar a namorada.
Catra rebolou de modo provocativo – Você quer tomar banho?
- Mais tarde. Agora eu só quero o seu corpo grudado no meu.
- Nós já estamos bem grudadas.
Adora afastou o corpo um pouco e puxou sua cueca até o chão e voltou a se encostar na mais nova – Estamos grudadas, mas eu não acho que seja o suficiente.
- Como seria o suficiente?
A loira sorriu e deixou sua mão direita voltar a descer até encontrar a intimidade encharcada da morena, ficou passando os dedos pelo lugar, explorando com vontade cada dobrinha até se concentrar mais no clitóris – Fica de quatro pra mim?
- Adora, eu não posso, você sabe que eu sou escandalosa demais nessa posição.
- Você consegue ficar quietinha. Morde o travesseiro, sei lá... Você sabe que vai gostar.
- Puta merda. Tá bom – A morena simplesmente foi andando até chegar na cama. Lá ela se ajoelhou. Ela olhou para trás e abriu um sorriso safado para a mais velha, em seguida foi abaixando o tórax até encostar o rosto na cama enquanto empinava o quadril.
Adora soltou uma rosnadinha, foi se aproximado lentamente retirando a última peça de roupa enquanto se tocava lentamente. Ela se posicionou atrás de Catra e foi encostando seu membro na intimidade alheia, sem parar de se masturbar. A loira ficou por um tempo na mesma posição, mas logo em seguida penetrou a namorada de uma vez, arrancando um gemido mais alto da morena.
- Você vai chamar atenção – Adora falou aumentando a velocidade de suas penetrações.
- Ahn, eu te disse que essa posição é o meu ponto franco.
Para judiar ainda mais da mais nova, a engenheira aumentou ainda mais a velocidade de seu quadril enquanto escorregava a mão para, mais uma vez, voltar acariciar o clitóris alheio – Só deixa vir, amor... Goza bem gostoso comigo.
Catra estava mordendo o travesseiro para evitar qualquer som mais alto, mas mesmo assim soltava gemidos nasais, ela revirava o olho sentindo que chegaria rápido desta forma. Apertou suas paredes de modo firme arrancando um gemido longo da outra mulher.
A loira levou as mãos até o quadril da amada onde segurou de modo firme aumentando ainda mais a intensidade e a velocidade das estocadas, quando sentiu que não aguentaria mais, puxou o tronco da mais nova para que elas ficassem grudadas enquanto chegavam em seus ápices.
Elas permaneceram na mesma posição por um bom tempo. Catra foi a primeira a desabar na cama, rolou de lado dando espaço para que a mais velha pudesse fazer o mesmo – Caramba, você é maravilhosa.
- Você também não é nada mal.
A loira deu uma risada e se virou de lado, ficando de frente para a mais nova – De zero a dez o quanto você espera uma segunda rodada?
- Zero.
- Que bom... Eu estou morta.
- Você tá ficando velha. A Adora de antigamente daria mais duas pelo menos.
- A Adora de antigamente não acordava cedo pra trabalhar, ela não tinha uma filha de quatro anos e ela não tinha ficado em pé enrolando salgadinho pra uma festinha de criança. Além do que eu bebi, só subiu porque eu fiquei realmente empolgada com o vale night que a gente ganhou...
- Adora você bebia mais do que o véio da cachaça.
Se antes a mais velha tinha rido, agora ela caiu em uma gargalhada alegre, ria tanto que até fungava  que nem um porquinho e lacrimejava neste meio tempo – Essa foi boa... Mas eu sou uma velha, veja só o meu gosto musical.
- Realmente, você não escuta nada que seja deste século.
- Isso é uma calúnia, eu gosto de Lady Gaga, Adele, Sia.
- Adora...
- O que foi??
- Nada, vamos tomar banho.

(=^.^=)

No dia seguinte as duas acordaram com o despertador da morena tocando, Catra foi se levantar, mas foi enlaçada pela mais velha que a puxou para perto – Eu preciso levantar...
- Tá cedo, vamos ficar assim só mais cinco minutos.
- Você parece um bebê – A morena falou franzindo a sobrancelha, mas foi se acomodando nos braços fortes de sua namorada. Ficaram em silêncio curtindo o calor mútuo, até que mais uma vez o barulho do celular se fez presente – Eu realmente preciso levantar. Amanhã é sábado, nós podemos aproveitar um pouco mais na cama.
- Você tem razão. Vamos.
- Você pode dormir mais um pouco.
- E perder a oportunidade de ficar mais um tempo com você? – A loira foi seguindo a mais nova até o banheiro, entrando dentro do boxe.
- Adora, nós vamos tomar um banho, só isso... – Catra entrou debaixo da água e logo se afastou para começar a se ensaboar, dando espaço para a loira que entrou com tudo embaixo do chuveiro.
Como a morena não lavou o cabelo terminou primeiro e foi indo até o quarto. Adora saiu se enxugando após terminar o banho, mas assim que ela pisou no quarto, paralisou e sentiu uma pontada forte em sua intimidade.
A mais nova estava já praticamente vestida, estava com uma calça social cinza chumbo e uma camisa social branca ainda aberta, era possível ver seu sutiã branco também. Estava em frente ao espelho terminado uma maquiagem básica quando viu a loira parada a olhando – Você sabe o quanto esses olhares que você me dá são desconcertantes?
- Ahn... – Adora teve que engolir em seco para tentar articular uma palavra, foi caminhando até a outra mulher – A culpa é toda sua, quem manda ser tão gostosa?!
- Nem pense em se aproximar de mim com essa ereção.
- Mas amor...
- Adora, minha manhã vai ser extremamente corrida, eu vou ter reunião atrás de reunião. Não posso me atrasar ou chegar no trabalho amassada – Ela soltou o cabelo e vestiu um salto preto enquanto ia fechando a camisa.
- Ahn porra... Eu vou tomar outro banho.
- Vai mesmo, eu vou fazer o café – A morena nem esperou que a outra fosse até o banheiro e foi se encaminhando até a cozinha. Colocou o café para fazer e foi colocando algumas fatias de pão na torradeira, enquanto ia colocando as coisas de café da manhã na mesa. Decidiu que queria tomar um pouco de sucrilhos com leite.
Quando já estava comendo os cereais e aguando o resto ficar pronto ouviu o barulho de descarga e em seguida uma voz a suas costas – Olha só quem já está acordada. A mamãe... – Marlene estava se aproximando com a neta no colo.
A pequena estava bem sonada – Tem alguém que vai ficar bem feliz em poder voltar pra cama logo-logo. Ela te acordou?
- Bom, ela pediu pra ir ao banheiro, mas eu já estava acordada fazendo minhas orações. Eu acordo cedo, minha querida.
As torradas pularam e Catra as pegou colocando em um prato – Tá com fome? – A mais nova concordou com a cabeça – É claro que você está... Vem sentar e comer sua torrada – A morena falou colocando uma xícara de leite para Alex.
A mais velha sorriu ao ver a neta passando a manteiga na torrada – Você quer uma ajuda? – Recebeu um sinal de negação – Não?! Tudo bem.
Catra entregou uma xícara de café para a sogra sorrindo – Não liga, ela ama passar manteiga na torrada, é quase uma terapia. Eu até evito fazer torradas de manhã porque corremos o risco de nos atrasarmos.
- Ela é tão esperta, e também bem independente para a idade.
- Sim, e como... – Catra estava terminando e comer e colocando as loucas na pia quando Adora veio vindo do quarto, já pronta para o trabalho, ela chegou encarando o corpo da morena e para todos era perceptível que ela mancava um pouco – Hey, você pode lavar a louca que eu sujei?
- É claro, vida – Adora deu um selinho na namorada e depois um beijo no topo da cabeça das outras duas.
- Eu vou indo, até mais tarde.
A loira mais velha pegou uma xícara de café enquanto observava a morena se afastar de modo sedento, ela podia até ter conseguido abaixar sua ereção, mas o tesão ainda estava a flor da pele.
- Sossega o facho, garota!
- Oi?!
- Você entendeu muito bem o que eu quis dizer. Eu conheço muito bem os sinais de uma pessoa, com pênis, que está excitada.
- Mamãe! – Era o balde de água fria que ela precisava, falar sobre esse tipo de assuntos com a mãe ainda era um tabu muito grande para a loira.
- Eu espero que vocês estejam se protegendo.
- Ela toma anticoncepcional.
- Eu também tomava pílulas quando fiquei grávida do seu irmão...
- Ahn, na verdade ela usa a injeção. E já faz um bom tempo, é bem seguro.
- Por que você não usa preservativos? Aí sim seria realmente seguro.
- Eu acho que eu nunca usei preservativo com a Catra – A loira levou a mão até a nuca coçando o lugar de modo desajeitado, ela estava vermelha ao dizer isto.
- E nós podemos ver o que resultou disso.
- Se tem alguma coisa que eu não me arrependo do passado é disto. Se ela não existisse minha vida ainda estaria na mesma mesmice de sempre. Ela é a melhor coisa que já me aconteceu, além do que foi a forma de me reconectar com a... – Ela estava falando de forma que a mais nova não pescasse o assunto da conversa.
- Eu já entendi... E eu concordo, depois de você e do Adam, ela é a pessoa que eu mais amo no mundo.
- Depois de mim e do Adam??
- Talvez ela esteja um pouco na frente... – A mais velha falou com um sorriso lateral.
- Eu não te julgo, imagino que vou ser uma avó bem babona também.
- De qualquer forma, se proteja.
Adora tomou mais um gole do café e então foi passar manteiga em uma torrada que havia pulado da torradeira, ela estava pensando na vida quando se voltou para a mãe – E qual o problema?
- Do que você está falando?
- Qual o problema se ela engravidar de novo?
- Adora... Não é o momento. Eu sei que você gostaria de participar desde o início, mas apressar as coisas não é a solução.
- Eu não quero apressar, só estou dizendo que se acontecer não teria problema assim, nos já estamos namorando. Poderíamos sei lá... Nos casar!
- E o que ela pensa sobre isso?
- Ela acha que é muito cedo para abordar assuntos desse nível.
- Tá vendo? Ela concorda comigo.
Adora suspirou profundamente – Tá bom, eu vou conversar com ela sobre isso.
- Faça isso e aproveite para passar em uma farmácia e comprar preservativos.
- Tá bom, tá bom... Eu vou indo, qualquer coisa você pode me ligar. Eu vou com o carro de vocês, assim não precisamos trocar a cadeirinha de carro.
- Pra que isso? Eu poderia carregar a minha neta.
A loira arregalou os olhos para a mais velha, deu mais um beijo no topo da cabeça da filha e começou a se afastar – Eu vou fingir que não ouvi isso... Até mais tarde.

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Eu ouvi essa música no rádio uns dias atrás e achei que seri bem legal escrever esta cena, romântica com a Adora deve ser

https://youtu.be/rjq1aTLjrOE?si=pCP5IkLEWUXY0Mo1

Fantasma do Natal PassadoOnde histórias criam vida. Descubra agora