*Omurice: Consiste de um omelete feito com arroz frito e normalmente coberto com ketchup.
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Com o tempo, Izuku começou a evitar a presença de Kirishima, muito por iniciativa de Katsuki, mas não é como se quisesse rever o ruivo após tudo o que lhe disse, apesar de que não podia evitar pensar no que ouviu.
Kirishima parecia insistente em empurrar Kacchan pro esverdeado; o motivo ainda era incerto, mas agora que já estavam em bons termos, por que era tão importante para que se estabilizassem num relacionamento? Mas não podia negar, às vezes se sentia meio culpado de fazer Kacchan esperar tanto, mesmo após tudo o que passaram; ele estava claramente se esforçando pela confiança de Izuku, o que já conseguiu pelo visto, ainda mais que chegou ao ponto de às vezes se deixar de lado para mimar o esverdeado. Talvez Kirishima tivesse razão em querer apressar um pouco as coisas, talvez Kacchan não merecesse esperar tanto.
- Uma moeda pelos seus pensamentos? - A voz grave do loiro o tirou de seus devaneios.
- Ah! N-não é nada demais... - Respondeu o esverdeado surpreso.
- Quer fazer outra coisa? Você nem está prestando atenção direito. - Sugeriu Katsuki.
- Desculpe! N-não é o filme, eu só...
- Hum...? - Kacchan resmungou quando Izuku não terminou a frase.
- Só estive pensando...
O loiro pausou o filme que passava na tela plana, deixando apenas a luz fraca da TV iluminando a sala de estar e se virou pro esverdeado preocupado.
- Quer me contar sobre isso?
Izuku hesitou; não sabia se devia, afinal não queria passar a impressão de que estava agindo sob influência.
- E-eu só queria dizer... como sou grato a você por fazer parte da minha vida. Você vem feito tudo e mais um pouco para se redimir e conseguiu.
- Eu sei... - Katsuki arqueou uma sobrancelha. - Por que está me contando tudo isso de novo?
- Eu só... - Izuku pausou para umedecer os lábios. - Acho que podemos ir um pouco mais adiante.
Katsuki arregalou os olhos surpreso, foi um momento antes de quebrar o silêncio.
- Você... não está fazendo isso porque se sente obrigado... certo?
- Não só por isso... afinal, se eu não sentisse atração por você, não deixaria ter me levado pra cama na primeira noite.
Aquele comentário fez o loiro gelar.
- Ah... bem-
- Desculpe por trazer isso de volta! Eu só... quero dizer que você me conquistou... de verdade, Kacchan, e o tempo que passamos juntos me fez perceber como é mais do que isso.
Katsuki pausou para digerir a informação, só não teve tempo de completar aquele pensamento antes de Izuku se agarrar no seu pescoço.
Foi repentino e deixou ambos surpresos, encarando o outro indecisos até Izuku começar a se aproximar, deixando Kacchan fechar o espaço entre eles.
Foi um beijo suave, seus lábios dançaram de um lado e pro outro enquanto Izuku se mantinha agarrado no pescoço de Katsuki e este retribuiu abraçando sua cintura, no entanto, a abstinência fez o corpo do íncubo reagir, logo estava se jogando sobre o esverdeado no sofá e intensificando o beijo.
- Kacchan...? - Izuku ofegou.
- Me desculpe, Izuku... - O loiro falou na boca do menor. - Eu não consigo me controlar.
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Por Obra do Destino
RomanceUniverso sobrenatural alternativo; eles não têm individualidades. Todos conhecemos aquela velha lenda do cupido: um anjo fofinho que faz casais se apaixonarem com tiros de suas flechas encantadas, mas a verdade é que a história pode ser um pouquinho...