Pov. Lauren
Confesso que acreditei que jamais me veria tão abalada sentimentalmente por causa de uma mulher, e muito menos que iria chorar por ela.
Mas acabo de comprovar o contrário, Camila quebrou todas as minhas barreiras e deixou totalmente entregue à ela.
Já estávamos à bons minutos abraçadas, uma apertava a outra como se dependessemos desse contato pra viver.
O diretor disse que iria nos esperar na sala dele e saiu do banheiro, esse homem não me parece nem um pouco interessado em saber o que realmente aconteceu aqui.
- Me desculpa, Lo... Eu devia ter te escutado. _ Diz sentida enquanto eu afagava seus cabelos.
"Sim, você devia mesmo."
Era o que queria dizer, mas não posso, então beijei sua cabeça.
- Eu vou levar você daqui, tá bom? _ Me afasto dela apenas o suficiente pra olhar em seus olhos. Camila assentiu enquanto eu passava a mão em seu rosto molhado pelas lágrimas, secando-o. - Vem, pequena. _ Me separo dela para ajudá-la a se levantar.
- A minha mão... tá doendo, Lo. _ Reclama com a voz falha me deixando preocupada, olho cautelosa pra Vero e ela se aproxima da gente.
- A mão machucada? _ Pergunta e Camila à encara pela primeira vez, diria até que se surpreendeu quando à viu mas assentiu em seguida.
- Não aconteceu nada com o gesso, Camz, então sua mão está protegida de qualquer nova fratura. _ Falo observando o gesso aparentemente intacto.
- Licença, Camila. _ Vero segura a outra mão dela, comparando as duas. - Está um pouco vermelha. _ Ela diz em alerta.
- Um entorse, talvez? _ Pergunto sugestiva.
- Pode ser. _ Me olha balançando a cabeça em concordância. - Ela pode não ter fraturado um osso mas isso significa início de luxação então um entorse é uma possibilidade.
- Tenta movimentar os seus dedos, princesa. _ Peço atenciosa e ela faz, solta um gemido mas consegue movê-los quase que normalmente. - Onde dói?
- Só o pulso... Está dando fisgadas.
- Como fez isso? Bateu em algum lugar ou caiu encima da mão? _ Pergunto soltando a mão dela.
- Foi quando a Becky me puxou pra trás pela camiseta e eu cai, nem pensei e usei minha mão como apoio. _ Fala secando o rosto, travei o maxilar enquanto ouvia a explicação dela, minha vontade é de acabar com a raça da infeliz que machucou ela.
- Okay... Tá tudo bem. Vamos pro hospital e lá vamos cuidar disso tá? _ Falo disfarçando minha raiva e ela assente.
- Tá bem.
- Camz, você acha que aguenta alguns minutos? Tenho que falar com o diretor, mas se estiver doendo muito deixo essa conversa pra depois.
- Não... tudo bem. Eu posso esperar.
- Certo! Prometo que vai ser rápido. Vero, me ajuda aqui. Pega esse celular do chão, vou precisar dele como prova pra denúncia que vamos fazer. _ Ela balança a cabeça e vai fazer o que pedi.
- Denúncia? Não! _ Camila me olha com a expressão apavorada, sua voz demonstrava medo e desespero. - Não quero fazer denúncia não, Lo.
- Mas é claro que você quer! Ou acha que vou deixar barato o que te fizeram?_ Falo abraçando ela pela cintura e começo a caminhar pra fora do banheiro.
(...)
- O senhor é diretor desse colégio, então me diga se eu estiver errada. Entre as suas funções aqui dentro não está garantir a segurança dos alunos?
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Paixão e Poder - Universos opostos (Camren - G!P)
FanfictionCamila Cabello, uma adolescente de 17 anos que para ajudar nas despesas de casa vende flores nas noites da cidade de Miami. Lauren Jauregui, uma jovem médica neurocirurgiã de 24 anos. Bem sucedida financeiramente e filha dos donos do Hospital Centra...