O amanhã é sempre incerto

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"A incerteza dos acontecimentos, sempre foi mais difícil de suportar do que o próprio acontecimento." - Jean Massillon

Pov. Lucy

Seu corpo totalmente desprendido de qualquer ligação com sua alma... Como se você não pudesse mais controlar seus próprios passos, ações...

Tudo o que você enxerga e sente é uma dor absurda, medo, angústia e um grau elevado de aflição.

É exatamente assim que me sinto enquanto espero notícias da Verônica.

Minha última lembrança com sã consciência foi quando liguei pra emergência assim que Vero fechou os olhos em meus braços.

Me lembro também que me disseram que uma ambulância já havia sido solicitada pro meu endereço e eu não sei como ou quem fez isso, mas depois de jogar meu celular em qualquer canto daquele chão ensanguentado, eu me deixei levar por algo desconhecido que de alguma forma apagou toda a minha memória e me devolveu a razão depois do que me pareceu muito tempo, quando minha casa foi invadida por pessoas desconhecidas que me tiraram de perto da Vero e começaram a cuidar dela, eles diziam coisas rápidas, muitas delas eu não conseguia entender por serem termos usados pelos médicos. Mas eu sabia que era grave, sabia que ela estava respirando, mas era minimamente. Puseram ela às pressas em uma maca e eu à acompanhei na ambulância até a entrada do hospital, depois disso não me deixaram participar de mais nada.

A sensação de ver a pessoa que você ama praticamente morta na sua frente, a sensação de ver a vida dela escapar por entre suas mãos e você não poder fazer nada para impedir é tão devastadora.

- Lucy! _ Olhei pro lado e me levantei rapidamente do sofá da sala de espera quando vi Lauren, ela vinha em minha direção.

- Laur... _ Alcancei seu corpo e envolvi minhas mãos em seu pescoço, à abraçando apertado. Eu precisava disso, de alguém que me transmitisse segurança, e Lauren era essa pessoa.

- O quê houve? _ Pergunta com a voz embargada. - Como isso foi acontecer?

- E- ela... Um homem chegou lá em casa acusando ela de ter matado a mulher dele durante a cirurgia e atirou nela. _ Respondo e ela nos separa. - Era pra pegar em mim mas a Vero entrou na minha frente e foi pra cima dele pra me proteger e acabou levando dois tiros por minha culpa. _ Falo com a voz trêmula e Lauren segura meu rosto entre suas mãos enquanto nega com a cabeça.
- É minha culpa...

- Não é! Não se culpe, Lu. _ Lauren tinha seu rosto molhado pelas lágrimas. - Vero fez isso porque ama você. _ Diz acariciando meu rosto e eu começo a chorar compulsivamente, instantes depois sinto Lauren me puxar pra entre seus braços.

- Ela n-ão vai mo-rrer, não é? Ela n-ão pode! _ À aperto ainda mais e Lauren corresponde na mesma intensidade.

- Ela não vai! _ Responde depois de um tempo, eu sei que ela está prestes a desabar, mas está se mantendo forte por mim. - Vero é teimosa... Ouviu? _ Funga e se afasta um pouco apenas para olhar em meus olhos. - Ela não vai se deixar vencer por isso. _ Ela sorri quando eu assinto em concordância. - Eu já fui procurar saber informações dela, estão à operando nesse instante, o meu pai está comandado a equipe e ele é o melhor cirurgião geral do país, vão retirar os projéteis e ela vai ficar bem, okay? Ela vai voltar pra gente.

- Você promete?

- Eu juro. _ Sorri de leve e beija minha testa.
- Agora eu vou lá, quero estar presente durante a cirúrgia. Você vai ficar bem aqui? _ Me olha preocupada.

- Lauren? _ Seguro sua mão quando ela ia se afastar. - Salva a vida dela, por favor.

- Vero é a minha irmã. Se for preciso eu dou minha vida pela dela. _ Diz com firmeza e no instante seguinte solta a minha mão e sai apressada da sala de espera.

Paixão e Poder - Universos opostos (Camren - G!P)Onde histórias criam vida. Descubra agora