Paciência tem limite

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Pov. Camila

Chegamos na minha casa e Lauren entrou comigo para entregar os presentes que havia comprado pra minha mãe e Sofi.

Minha mãe ficou surpresa porque acho que não esperava que fosse ganhar algo da Lauren, mas ela gostou do celular, assim como Sofia que não desgrudou do seu iPad.

Fazem uns vinte minutos que estamos todos na sala conversando e confesso que está sendo divertido ver a insatisfação e raiva reprimida nos rostos das minhas primas vendo Lauren do meu lado, me abraçando de lado e fazendo carinho em meu braço enquanto ouvia meu tio falar empolgado sobre o trabalho dele.

Hoje mais cedo quando viram Lauren aqui em casa ficaram sem reação, mas depois agiram como se nada tivesse acontecido, trataram Lauren super bem e em momento nenhum fizeram piadinhas comigo ou provocações. Eu sabia que tudo não passava de fingimento da parte delas e depois Lauren soube também, porque comentei sobre os acontecimentos entre eu e elas.

- Entendi... Então agora o senhor é o gerente da concessionária? _ Lauren pergunta com interesse e meu tio assente com um sorriso orgulhoso.

- Sim. Felizmente depois de tanta dedicação consegui ser promovido. Pelo menos agora posso dar mais conforto pra minha esposa e minhas filhas.

- Isso é ótimo. Fico feliz pelo senhor.

- Obrigado. Mas ser gerente de uma loja de carros seminovos não é nada comparado a uma profissão como a sua... uma médica neurologista.

- Mas senhor, Cortez, nenhuma profissão desmerece a outra, todas são honradas e dignas. Não pense que eu sou melhor que o senhor porque sou médica, porque não é verdade. _ Quando Lauren termina de falar percebo minha tia olhando com uma certa admiração. Na verdade não só ela como meu tio e minha mãe também.

- Camila, sua namorada é encantadora.

- Eu concordo, tia. Por isso me apaixonei por ela. _ Digo sorrindo, levanto a cabeça para olhar pra Lauren e vejo que ela ficou um pouquinho sem jeito mas mesmo assim sorri e me dá um selinho rápido.

Olhei pra Mariele a tempo de vê-la rolar os olhos em reprovação, senti vontade de rir mas consegui me conter.

Conversamos por mais alguns minutos até que Lauren disse que precisava ir embora.

- Não quer ficar pro jantar, Lauren?

- Eu ficaria, dona Sinuh, mas minha mãe faz questão que eu esteja com ela essa noite. Vou precisar recusar o convite.

- Eu entendo. Não faz mal, fica pra outra oportunidade, então?

- Com certeza. _ Lauren sorri enquanto balança a cabeça em concordância antes de olhar pra mim. - Amor, você vai comigo até o carro?

- Claro que sim. _ Respondo soltando minha mão da dela e em seguida nos levantamos.

- Até mais, foi bom conhecer vocês, senhor e senhora Cortez. Espero revê-los em breve. _ Meus tios se levantam e se despedem dela com um abraço pra depois voltarem a se sentar. - Até mais, Dona Sinuh! _ Fala pra minha mãe, que estava sentada com Sofi em seu colo.

- Até, Lauren... Mais uma vez digo que não precisava ter se incomodado em nos dar esses presentes, mas, obrigada.

- Imagina. Eu fiz questão, espero que a senhora goste do celular.

- Eu gostei, mas não sei mexer nesses celulares cheios de tecnologia. _ Minha mãe fica um pouco envergonhada e eu sorrio pelo jeitinho dela.

- Eu ajudo a senhora, mama. Vai ver que não é difícil.

Paixão e Poder - Universos opostos (Camren - G!P)Onde histórias criam vida. Descubra agora