Você não entende

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"Se doeu tem que falar. Se incomodou tem que explicar. Se tá ruim tem que ajeitar. Se estragou tem que consertar. Ou então jogar fora. Entende? Não dá pra passar a vida inteira com as coisas entaladas na garganta." - Clarissa Corrêa

Pov. Camila

Não só os nossos corpos se juntaram como os nossos lábios também.

Ela me beijava de forma rude, mas com desejo e luxúria.

Sua língua forçava passagem enquanto eu ainda tentava afastar minha cabeça, mas foi inútil, não levou muito tempo pra que eu me visse cedendo e me entregando por completo à ela.

Não conseguia assimilar muito bem o que estava acontecendo mas meu coração batia em descompasso dentro do meu peito, a sensação de estar nos braços dela novamente, sentindo o seu gosto maravilhoso... Tudo isso conseguia facilmente me deixar inebriada.

Foi impossível dizer por quanto tempo ficamos nos beijando, mas só nos separamos por conta da minha falta de ar.

Ainda me sentia tonta, perdida. Ela segurou meu rosto entre suas mãos me encarando fixamente.

- Vem comigo, por favor. Eu só quero que a gente possa conversar sem ninguém por perto pra nos atrapalhar. _ Continuei olhando pra ela, eu esperava ouvir pelo menos um pedido de desculpas por ter me tratado como um ninguém mas ela nem pareceu se dar conta disso. Fiz menção de nos separar e ela envolveu sua mão esquerda em minha cintura me segurando com mais firmeza.

- Eu sei que não estou podendo te pedir nada, mas... Me deixa te levar onde pretendo, juro que é importante o que tenho pra dizer. _ Consigo ver a sinceridade em seus olhos, mas ao mesmo tempo tinha outra coisa, outro sentimento, mas esse eu não conseguia definir. - Por favor, Camz. _ Pediu com carinho passando seu polegar em minhas bochechas.

Eu nunca consigo resistir as vontades dela quando usa esse tom, quando me trata dessa forma, e, as vezes me culpo por me deixar convencer a fazer coisas que não são o que quero no momento, as vezes não gosto de ser tão vulnerável à isso, à ela.

Suspirei pesado e respondi um "Tudo bem" tão baixo que soou como um sussurro, mas ela está perto o suficiente para ouvir e assentir com um sorriso aliviado.

Theodore se aproximou da gente e Lauren desfez nosso contato se abaixando pra pegar seu óculos que de alguma forma foi parar no chão.

Theodore trazia um cavalo preto lindo e chamativo, quanto mais chegavam perto, mais alto o animal parecia e não vou negar que me senti apreensiva, se eu caisse de cima desse bicho não sobraria nada de mim.

Por outro lado Lauren sorria abertamente como se tivesse reencontrado um amigo que não via à anos.

- Hey, garotão!!! _ Disse indo até ele, segurou sua cabeça e o cavalo deu um solavanco pra cima, desviando das mãos dela e relinchando. Se fosse comigo já estaria longe, mas ela não pareceu se assustar nem nada. - Calma, Zeus... Sou eu amigão... Agora não reconhece mais os amigos? _ Perguntou divertida me fazendo rir, ela é tão encantadora, são nesses momentos que eu me lembro o motivo de ser tão perdidamente apaixonada por ela.

Tudo o que eu mais queria era ter essa Lauren o tempo todo.

Mas durante o pouco tempo que estamos juntas, já deu pra perceber que ela é totalmente e indiscutívelmente imprevisível.

- Já tem um bom tempo que não vem aqui então naturalmente ele vai te estranhar.

- Sério? Engraçado... Eu não me lembro de ter pedido a sua opinião. _ Lauren deixou de fazer carinho na cabeça do cavalo e praticamente arrancou a corda da mão do rapaz que à encarava disfarçando a raiva. Lá estava ela mudando de humor mais uma vez.

Paixão e Poder - Universos opostos (Camren - G!P)Onde histórias criam vida. Descubra agora